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Fecho dos mercados: Perspectivas mais optimistas de Draghi suportam bolsas. Juros sobem

As bolsas europeias encerraram a negociar em terreno positivo, depois de Mario Draghi ter traçado perspectivas mais optimistas para a economia na Zona Euro. Já os juros agravaram-se, com a "yield" a dez anos acima de 4%.

Miguel Baltazar
09 de Março de 2017 às 17:19
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,23% para 4.640,76 pontos

Stoxx 600 somou 0,08% para 372,89 pontos

S&P 500 ganha 0,18% para 2.367,15 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos sobem 4,2 pontos base para 4,028%

Euro avança 0,34% para 1,0577 dólares

Petróleo desce 2,07% para 52,01 dólares por barril, em Londres

Banca suporta ganhos nas bolsas

As principais praças europeias estiveram a recuperar esta quinta-feira, 9 de Março, a reagirem às indicações mais optimistas de Mario Draghi para a economia europeia. O Stoxx 600 avançou 0,08%, suportado pelas subidas dos títulos do sector financeiro. O presidente do BCE mostrou-se mais optimista sobre a evolução da actividade económica na Zona Euro, e embora tenha também revisto em alta a inflação para 2017 e 2018, continua a esperar falhar a sua meta de inflação no médio prazo (próximo mas abaixo dos 2%).

Ainda assim, Draghi sinalizou que os estímulos são para manter, depois da reunião em que anunciou a manutenção das taxas de juro em 0% e manteve inalterado o seu programa de compra de activos.

Em Lisboa, o PSI-20 subiu 0,23% para 4.640,76 pontos, numa sessão marcada pelos ganhos acentuados da Sonae. As acções da empresa valorizaram 5,10% para 0,866 euros, beneficiando dos comentários positivos dos analistas à combinação de negócios entre a Sport Zone e as unidades da JD Sports Fashion Plc na Península Ibérica (JD Group e JD Sprinter). Uma nota positiva ainda para o BCP, que acompanhou os ganhos do sector na Europa. Os títulos da instituição liderada por Nuno Amado ganharam 2,19% para 0,1585 euros.

Juros de novo acima de 4%

Foi uma sessão marcada pelo agravamento dos juros cobrados pelos investidores para comprar títulos de dívida europeia no mercado secundário. A "yield" a dez anos de Portugal agravou-se 4,2 pontos base para 4,028%, a acompanhar a subida dos juros em Itália e Espanha, depois de o presidente do BCE ter aumentado as suas expectativas para a inflação no euro. Apesar da subida dos juros, o prémio de risco do país face à Alemanha baixou para 360 pontos, uma vez que as "bunds" subiram em maior escala - 5,6 pontos base para 0,426%.

Euribor estáveis em dia de BCE

As taxas Euribor desceram hoje a nove meses e mantiveram-se a três, seis e 12 meses em relação a quarta-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se hoje em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,330%. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, foi fixada em -0,241%. A 12 meses, a Euribor manteve-se em -0,111%.

Euro recupera após BCE

A moeda única da Zona Euro avançou 0,34% para 1,0577 dólares, depois de ter chegado a negociar acima de 1,06 dólares, em máximos de uma semana. O euro está a reagir às palavras de Mario Draghi, na conferência de imprensa após a reunião de política monetária do banco central. O presidente do BCE realçou que "a urgência colocada pelos riscos de deflação não existe mais", pelo que a ênfase está agora na implementação total das actuais políticas, e não na possibilidade de as reforçar. 

Petróleo em mínimos de três meses

Os preços do petróleo estão a prolongar as quedas registadas na sessão anterior, tendo a matéria-prima já baixado a barreira dos 50 dólares em Nova Iorque, pela primeira vez desde Dezembro. A penalizar as cotações continua a forte subida das reservas de crude nos Estados Unidos. Ontem, a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos revelou que as reservas de crude do país aumentaram em 8,21 milhões de barris na semana passada para um total de 528,4 milhões de barris, o nível mais elevado desde 1982.

A subida foi muito superior ao esperado, na medida em que os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam um acréscimo de apenas 2 milhões. O Brent, transaccionado em Londres, desce 2,07% para 52,01 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 2,31% para 49,12 dólares. Em ambos os casos, são os valores mais baixos desde o dia 1 de Dezembro do ano passado.

Ouro com maior série de quedas desde Outubro

Os preços do metal precioso estão a viver mais uma sessão negativa. O ouro segue a desvalorizar pelo quarto dia, ao deslizar 0,1% para 1.206,87 dólares por onça. Trata-se da maior série de descidas desde Outubro, com a matéria-prima a continuar a ser pressionada pela subida quase certa dos juros nos EUA, na próxima semana. O mercado atribui agora uma probabilidade de subida da taxa de referência por parte da Reserva Federal superior a 90%.

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