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Fecho dos mercados: Periféricos contrariam subida do resto da Europa. Euro e juros descem

As bolsas europeias fecharam a sessão a subir, com excepção dos periféricos. As taxas de juro voltaram a descer e o euro está a cair, penalizado sobretudo pela expectativa de mais subidas de juros nos EUA e pela incerteza em torno da Catalunha.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
23 de Outubro de 2017 às 17:09
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,29% para 5.436,28 pontos

Stoxx 600 subiu 0,16% para 390,74 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,07% para 2.573,45 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 0,2 pontos base para 2,288%

Euro cede 0,20% para 1,1761 dólares

Petróleo cai 0,47% para 57,48 dólares por barril em Londres

 

Madrid, Lisboa e Atena contrariam subidas no resto da Europa

O dia foi positivo para a maior parte das bolsas europeias, num período que continua a ser marcado pela apresentação de resultados das cotadas e num dia em que os índices reflectiram também os resultados eleitorais no Japão, com o actual primeiro-ministro a reforçar a maioria absoluta. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias europeias, subiu 0,16%.

Mas houve bolsas a cair. O índice espanhol perdeu 0,60% para 12.161,40 pontos, numa altura em que continua a ser incerto o futuro da Catalunha, sendo já garantido que no próximo ano haverá eleições. O PSI-20 também cedeu 0,29%, pressionado pelas quedas do BCP e da Galp. A contrariar o tom verde esteve também o índice grego, numa altura em que o debate sobre a saída do programa de resgate começa a ganhar mais fôlego. 

 

Juros renovam mínimos de 2015

As taxas de juro de Portugal voltaram a tocar em mínimos de Dezembro de 2015, bem como o prémio de risco face à dívida alemã. A taxa de juro a 10 anos recuou 0,2 pontos para 2,288% e o prémio de risco chegou a descer aos 186 pontos base. A descida dos juros foi transversal aos principais países europeus. Mesmo os juros de Espanha desceram, apesar da situação da Catalunha levantar muitas dúvidas, numa altura em que já é certo que a Generalitat vai a eleições.  

 

Taxas Euribor mantêm-se a 3, 6 e 12 meses e caem a 9 meses

As taxas Euribor estabilizaram em quase todos os prazos. A excepção foi a taxa a nove meses, que recuou para 0,221%. Já a taxa a três meses fixou-se nos -0,329%, pelo quarto dia consecutivo. A Euribor a seis meses, a mais usada em Portugal nos contratos de crédito à habitação, estabilizou nos -0,274% e a taxa a 12 meses manteve-se nos -0,183%.

 

Dólar fortalece-se à espera do próximo líder da Fed

A especulação em torno do líder da Reserva Federal (Fed) dos EUA a partir de Fevereiro de 2018 tem condicionado a negociação do dólar. E esta segunda-feira não é excepção. A moeda americana está a subir contra as principais moedas mundiais, precisamente porque tem aumentado a especulação de que Donald Trump vai escolher um presidente da Fed que defenda uma política com juros mais elevados. Um cenário que torna mais atractivo o investimento em dólares.

 

A contribuir para a queda do euro está também a situação na Catalunha, depois de o Governo de Madrid ter confirmado a suspensão do actual Executivo da Catalunha e de ter anunciado que quer eleições num período inferior a seis meses.

 

Petróleo 

Os preços do petróleo continuam condicionados pela interrupção de fornecimento do Iraque e pela queda na exploração dos EUA. A contribuir para a evolução dos preços do petróleo está também o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de que os seus membros e parceiros alcançaram níveis recordes de cortes de produção em Setembro.

 

Ouro perde atractividade com subida do dólar

O ouro tem vindo a aliviar dos máximos recentes, devido essencialmente à valorização do dólar. Os investidores tendem em abandonar os activos considerados de refugio, como o caso do ouro, e a investirem directamente na moeda.

 

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