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Fecho dos mercados: Otimismo comercial dá força à Europa. Petróleo cai e euro toca em mínimos

Os comentários positivos do ministro chinês do Comércio sobre as negociações com os EUA deram força às bolsas europeias. Já a demissão de Sabine Lautenschlaeger do BCE fez cair o euro e subir os juros na Zona Euro.

As bolsas mundiais viveram um período dourado de ganhos. Mas a chegada de 2018 inverteu a tendência de ganhos nos mercados financeiros globais. Após anos de máximos e com um nível de volatilidade crescente nos mercados, os especialistas recomendam maior cautela na hora de investir. A aposta recai em empresas de qualidade. 

'O foco continua a estar no crescimento do lucro por acção e nos nomes que podem entregar este crescimento a médio prazo', refere a Amundi. A gestora alerta para uma rotação no mercado para empresas de maior qualidade e realça que prefere empresas norte-americanas, devido ao ambiente de forte subida dos lucros e 'ao facto de os riscos relacionados com a regulação terem sido identificados e descontados [no valor das cotações]. A Pictet também aponta uma estratégia mais defensiva, identificando oportunidades no sector do consumo e da saúde, ao mesmo tempo que passou a assumir uma posição 'neutral' no sector financeiro, face aos riscos actuais.

'No bloco europeu, os sectores de telecoms e 'utilities' continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, sendo penalizados pela superior
alavancagem dos seus balanços', nota o BiG, no seu 'outlook' para o terceiro trimestre. O sector industrial, de cuidados de saúde e consumo são outros em que o banco vê oportunidades na Europa.
Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,64% para 4.906,45 pontos

Stoxx 600 avançou 0,61% para 384,95 pontos

S&P500 cai 0,6% para 2.966,72 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,5 pontos base para 0,166%

Euro recua 0,06% para 1,093 dólares

Petróleo em Londres cai 0,56% para 62,04 dólares por barril

 

Otimismo de Pequim para negociação com EUA anima bolsas

Esta quinta-feira foi um dia de ganhos na generalidade das bolsas europeias. Numa tarde em que Wall Street segue no vermelho, na Europa predominou o verde, sobretudo devido ao otimismo demonstrado por Pequim relativamente às negociações com os Estados Unidos.

O ministro chinês do Comércio afirmou hoje que ambas as partes estão convictas de que serão alcançados "progressos positivos" na próxima ronda negocial que tiver lugar entre Pequim e Washington. A China e os EUA continuam em busca de um acordo comercial capaz de equilibrar a relação bilateral entre as duas maiores economias do mundo, para poderem assim pôr fim à espiral protecionista iniciada no ano passado.

O índice de referência europeu Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a subir 0,61% para 389,95 pontos, apoiado em especial pela valorização conseguida pelo setor imobiliário.

Já o lisboeta PSI-20 somou 0,64% para 4.906,45 pontos, o que lhe permitiu recuperar do mínimo de 30 de agosto registado na quarta-feira. Com uma subida de 4%, o BCP foi a estrela da sessão bolsista em Lisboa.

Euro em mínimos de mais de dois anos

A moeda única da Zona Euro segue a depreciar-se face ao dólar, para mínimos de maio de 2017, pressionada pela demissão da alemã Sabine Lautenschlaeger dos cargos de membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) e de vice-presidente do conselho de supervisão do Mecanismo Único de Supervisão.

A alemã, que vai abandonar o cargo no BCE a 31 de outubro, o último dia de Draghi à frente da autoridade monetária europeia, era uma forte crítica do recente pacote de estímulos anunciados pelo ainda presidente do BCE.

O euro caiu 0,06% para 1,093 dólares.

 

Juros da Zona Euro caem. Portugal contraria tendência

Os juros das obrigações das maiores economias da Zona Euro seguem a aliviar na sua generalidade. A ter peso também na negociação está a renúncia de Lautenschlaeger do conselho executivo do BCE.

Lautenschlaeger estava entre os decisores políticos que mais se opuseram à retoma da compra de ativos anunciada na reunião do banco central no dia 12 de setembro.

A "yield" da dívida alemã a 10 anos segue a cair 0,8 pontos base para -0,586% e a taxa remuneratória italiana com a mesma maturidade acompanha a tendência ao ceder 1,9 pontos base para os 0,820%.

No entanto, Portugal contraria este sentimento, e a "yield" das obrigações a 10 anos sobe 1,5 pontos base para os 0,166%.

Petróleo acumula perdas com recuperação da Arábia Saudita

O preço do petróleo caiu pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que a Arábia Saudita reúne esforços para recuperar a produção, após os ataques às instalações da Saudi Aramco. Agora, quando o número de barris por dia parece estar quase a ser reposto, os preços ressentem-se.

O Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, segue a cair 0,56% para os 62,04 dólares por barril. O WTI, dos EUA, mantém a tendência do seu par europeu e perde 0,96% para os 55,96 dólares por barril.

Ouro continua a escalar

A valorizar continua o ouro. O metal precioso mantém-se acima da barreira dos 1.500 dólares por onça, devido à instabilidade que o "impeachement" ao presidente dos EUA, Donald Trump, trouxe aos mercados. Hoje, o metal amarelo segue a somar 0,24% para os 1.5077,64 dólares por onça, perto do seu máximo de mais de seis anos atingido no início deste mês, nos 1.557 dólares por onça.

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