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Fecho dos mercados: Mineiras puxam pelas bolsas. Juros interrompem descidas. Dólar ganha força

Depois de vários dias de cautelas, os investidores deram sinais de uma maior apetência pelo risco. Isso levou a uma inversão na evolução de quase todos os activos. As bolsas abandonaram o vermelho, o dólar voltou a ganhar valor, os juros interromperam as quedas e o ouro perdeu brilho.

22 de Agosto de 2017 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,47% para 5.191,24 pontos

Stoxx 600 subiu 0,83% para 375,80 pontos

S&P 500 ganha 0,79% para 2.447,51 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal subiu três pontos base para 2,777%

Euro desce 0,41% para 1,1767 dólares

Petróleo sobe 0,29% para 51,81 dólares, em Londres

Mineiras puxam pelas bolsas

O índice que mede a pulsação das bolsas europeias subiu pela primeira vez em quatro sessões. O Stoxx 600 avançou 0,83%, impulsionado principalmente pelas mineiras e pela indústria química. Os índices destes sectores avançaram mais de 1,7%, com os resultados acima do esperado de algumas cotadas como a BHP Billiton e a Antofagasta a darem força às bolsas.

Nos EUA, o S&P 500 ganha 0,79% para 2.447,51 pontos, beneficiado pela recuperação das tecnológicas. O PSI-20 aproveitou a menor aversão ao risco nos mercados. Subiu 0,47%, beneficiando das subidas superiores a 1% da Jerónimo Martins e da EDP, que mais que compensaram a descida de 0,66% do BCP.

Fim da sequência de descidas nos juros

As taxas de juro da dívida portuguesa e de outros países do Sul da Europa inverteram a tendência de queda das últimas sessões. A "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subiu três pontos base para 2,777%. A taxa italiana teve um aumento ainda mais expressivo, agravando-se em 6,9 pontos base para 2,102%. Em Espanha, a taxa a dez anos subiu 2,5 pontos base para 1,572%. Isto numa altura em que o mercado aguarda por possíveis indicações de Mario Draghi, na conferência de Jackson Hole, sobre a estratégia de retirada dos estímulos.

O prémio de risco da dívida portuguesa face à alemã, a referência na Zona Euro, subiu para 237 pontos base. A taxa germânica a dez anos ficou inalterada em 0,40%.

Euribor com direcções opostas

As Euribor tiveram evoluções distintas esta terça-feira. A taxa a três meses subiu 0,1 pontos base para -0,328%. Já o indexante a seis meses desceu 0,2 pontos base para -0,273%. E a Euribor a 12 meses não sofreu alterações, voltando a ser fixada em -0,158%, segundo dados da agência Lusa.

Dólar ganha força antes de Jackson Hole

O índice que mede a força do dólar face às outras dez principais divisas mundiais ganha 0,23%.Os investidores refrearam as apostas na perda de valor da divisa americana após a nota verde ter atingido um mínimo de três semanas. E também para se posicionarem para potenciais pistas deixadas por Janet Yellen sobre a evolução da política monetária. A presidente da Reserva Federal dos EUA deverá discursar na conferência de Jackson Hole esta quinta-feira. A moeda única também não resiste à recuperação do dólar esta sessão. O euro desce 0,41% para 1,1767 dólares.

Líbia puxa pelo petróleo

Os preços do petróleo valorizam, após o maior campo petrolífero da Líbia ter encerrado novamente. Os analistas defendem que se os problemas na produção neste país continuarem, o excesso de oferta no mercado irá reduzir-se mais rapidamente, apoiando o valor do ouro negro. Além deste factor, as estimativas apontam para que esta quarta-feira os dados semanais das reservas de petróleo nos EUA mostrem uma nova descida. O Brent valoriza 0,29% para 51,81 dólares. Já o West Texas Intermediate avança 0,34% para 47,53 dólares.

Ouro corrige

O preço do ouro desce 0,33% para 1.287,63 dólares. O mercado está a jogar à defesa e espera para ver quais serão as pistas deixadas por Janet Yellen e Mario Draghi, no simpósio de Jackson Hole, em relação à evolução futura da política monetária. "Há bastantes acontecimentos esta semana que podem levar o ouro ou a passar uma resistência importante ou a fazer os preços recuar do topo", disse Ryan McKay, estratego da TD Securities, citado pela Bloomberg. Apesar da descida, o ouro negoceia perto de máximos de nove meses e os analistas têm apontado a fasquia de 1.300 dólares como uma resistência importante para a cotação.

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