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Fecho dos mercados: Juros de Portugal reforçam mínimos de Maio. Petróleo recupera

Portugal continua a beneficiar de um alívio na tensão entre o vizinho do sul, Itália, e a Comissão Europeia, com os juros a reforçarem mínimos de Maio. No mercado de petróleo, os receios quanto à insuficiência dos cortes são deixados para trás com notícias de uma quebra de produção nos EUA.

13 de Dezembro de 2018 às 17:32
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,40% para 4.823,06 pontos

Stoxx 600 desceu 0,17% para 349,42 pontos

S&P 500 valoriza 0,15% para 2.654,93 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 4,6 pontos base para 1,676%

Euro desce 0,11% para 1,1356 dólares

Petróleo sobe 0,71% para os 60,61 dólares por barril em Londres

 

Europa mais um dia no vermelho

As principais bolsas europeias ficaram pelo terreno negativo, num dia de influências opostas. A política europeia deu razões de optimismo, com May a ganhar o voto de confiança do partido e a evitar maior instabilidade no Governo do Reino Unido e, por outro lado, Itália a ceder a Bruxelas nas exigências quanto à meta do défice a orçamentar. Contudo, a incerteza quanto à guerra comercial continua a travar os investidores, e as cotadas do retalho também pesaram no desempenho dos índices, face aos dados pessimistas quanto à evolução do consumo. O Stoxx 600 desceu 0,17% para 349,42 pontos.

 

Em Lisboa, o PSI-20 fechou a cair 0,40% para 4.823,06 pontos, com Galp Energia e EDP a penalizarem.

Juros de Portugal em mínimos de Maio

Os juros da dívida portuguesa com maturidade de dez anos fecharam com uma quebra de 4,6 pontos base para 1,676%, e chegaram mesmo a descer 5,4 pontos base para 1,669%, um mínimo de 7 de Maio, após a quinta sessão consecutiva de quebras. As obrigações nacionais beneficiam após Itália ter cedido às exigências de Bruxelas quanto ao défice, e se ter comprometido a baixar a meta para 2,04% do PIB. Já os juros a dez anos da economia transalpina chegaram a aliviar 11,7 pontos base para os 2,883%, um mínimo de final de Setembro.

 

Euribor em máximos de seis meses

As taxas Euribor subiram hoje para novos máximos desde Junho a três, seis e 12 meses. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, subiu hoje para -0,311%, um novo máximo de seis meses, mais 0,001 pontos. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação também subiu hoje, para -0,239%, novo máximo dos últimos seis meses, mais 0,002 pontos. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor foi hoje fixada em -0,129%, novo máximo de seis meses, mais 0,002 pontos.                               

 

Euro escorrega com empurrão de Draghi

A moeda única europeia desvaloriza para dólares, no dia em que o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, apresentou perspectivas de crescimento mais modestas para o Velho Continente.  

 

Cortes "pouco profundos" ferem petróleo, mas pouco

O barril de Brent, referência para a Europa, está a subir 0,71% para os 60,61 dólares, sendo que em Nova Iorque as subidas já ultrapassam 1%. Os investidores retomam o sentimento positivo depois de um relatório da Genscape ter revelado uma quebra nas reservas dos Estados Unidos. As subidas marcam uma inversão de uma sessão essencialmente no vermelho, no dia em que a Agência Internacional de Energia (AIE) lançou um relatório no qual defende que é "demasiado cedo" para avaliar se os cortes na produção, acordados pela OPEP e respectivos aliados na semana passada, serão suficientes para inverter os desequilíbrios entre procura e oferta e estimular uma recuperação nos preços.

 

China compra soja mas não alimenta cotações

Os contractos de soja mais activos – com maturidade até Março – caíram 1,6% para 9,18 dólares por alqueire, a maior queda diária da última semana. A compra de 1,5 milhões a dois milhões de toneladas de rebentos provenientes dos Estados Unidos, executada em apenas 24 horas pela China, e que deverá chegar ao oriente durante o primeiro trimestre do próximo ano, não está a ser suficiente para convencer os mercados, que temem ainda para o excesso de oferta.

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