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Fecho dos mercados: Itália foi a excepção à acalmia nas bolsas e na dívida. Petróleo recupera

As bolsas tiveram uma sessão calma e sem grandes oscilações num dia marcado pelo feriado nos EUA e no Reino Unido. Mas o risco de eleições antecipadas colocou os activos italianos sob pressão.

Reuters
29 de Maio de 2017 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 inalterado em 5.226,48 pontos

Stoxx 600 recuou 0,02% para 391,25 pontos

S&P 500 esteve encerrado devido a feriado

Juros da dívida a dez anos subiram 0,9 pontos base para 3,153%

Euro cai 0,04% para 1,1179 dólares

Brent sobe 0,69% para 52,51 dólares por barril

Bolsas estáveis. Itália sob pressão

A sessão nas bolsas foi morna, devido aos feriados no Reino Unido e nos EUA. Ainda assim, apesar de desempenhos praticamente inalterados nos principais índices, a bolsa italiana não resistiu às análises a apontarem para eleições antecipadas este Outono. A bolsa de Milão desceu 1,94%, com bancos como o Unicredit e o UBI a cederem mais de 4%.

Apesar dessa pressão, o índice europeu Stoxx 600 terminou a sessão praticamente inalterado, com uma descida ligeira de 0,02%. As maiores descidas vieram dos sectores automóvel e da banca, com os respectivos índices a perderem mais de 0,30%. Já as seguradoras e as mineiras tiveram o melhor desempenho do dia.

O PSI-20 seguiu o mesmo guião de poucas oscilações. O índice nacional permaneceu em 5.226,48 pontos, com a Corticeira Amorim, a Sonae, a Ibersol, os CTT, a Altri, a Navigator e a Nos a subirem mais de 1%. Ajudaram a compensar a descida de 5,53% da REN, que começou a negociar sem direito ao dividendo. Sem esse efeito teria subido 0,21%. As quedas de 0,54% da Galp e de cerca de 0,30% da Jerónimo Martins e da EDP também impediram ganhos.

Juros estáveis em Portugal. Sobem em Itália.
A taxa portuguesa a dez anos teve comportamento estável, numa altura em que o Commerzbank lança a hipótese do Estado avançara para uma nova emissão sindicada. A "yield" portuguesa subiu 0,9 pontos base para 3,153%. Já a taxa germânica baixou 3,3 pontos base para 0,298%, o que levou o prémio de risco da dívida nacional a agravar para 285,5 pontos base.

As maiores oscilações da sessão ocorreram nas obrigações italianas, com a "yield" a dez anos a aumentar 8,2 pontos base para 2,182%, devido aos receios de eleições antecipadas. Em Espanha, a taxa a dez anos subiu 1,2 pontos base para 1,555%.

 

Euribor desce a 12 meses

As Euribor tiveram comportamentos distintos. O indexante a 12 meses desceu 0,1 pontos base para -0,131%, um novo mínimo histórico. Também a Euribor a seis permanece em mínimos, mantendo-se em -0,254%, enquanto a taxa a três meses voltou a ser fixada em -0,329%, segundo dados da agência Lusa.

Euro praticamente inalterado em dia de discurso de Draghi

O dólar até mostrou sinais de força depois de John Williams, presidente da Fed de São Francisco, ter sinalizado mais duas subidas de juros nos EUA até final do ano e uma redução significativa do balanço da Reserva Federal. Mas a moeda única aguentou firme, mesmo com Draghi a defender, no Parlamento Europeu, que ainda é muito cedo para ponderar a alteração do rumo da política monetária devido aos dados que considera ainda não serem convincentes do lado da inflação. Ainda assim, reiterou o optimismo sobre a recuperação da economia. O euro seguia praticamente inalterado face à nota verde, registando uma queda ligeira de 0,04% para 1,1179 dólares.

Petróleo sobe com voto de confiança dos "hedge funds"

Os preços do petróleo aumentaram após os gestores de activos terem aumentado a aposta na valorização da matéria-prima. Apesar do mercado ter reagido negativamente ao anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de estender os cortes por mais nove meses, os "hedge funds" aproveitaram a semana passada para o maior aumento do ano de contratos abertos para lucrar com futuras subidas. O Brent valoriza 0,69% para 52,51 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 0,74% para 50,17 dólares.

Ouro em máximos de Maio

Numa sessão tranquila, o ouro segue com uma valorização ligeira de 0,05% para 1.267,34 dólares. Apesar da subida ligeira, o metal amarelo negoceia no valor mais elevado de Maio. Isto numa altura em que cresce a incerteza sobre o desfecho das eleições antecipadas no Reino Unido e sobre o ritmo da Reserva Federal dos EUA na normalização das taxas de juro. 

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