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Receios políticos ditam queda superior a 1,5% da bolsa italiana

As cotadas do sector financeiro são as mais penalizadas pelos receios dos investidores de que o país realize eleições antecipadas.

Staton R Winter/Bloomberg
29 de Maio de 2017 às 13:43
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A bolsa italiana está a descer 1,75% para 20.843,19 pontos, penalizada pelos crescentes receios de que o país seja empurrado para eleições antecipadas.

 

Os riscos políticos estão a pesar sobretudo no desempenho das cotadas do sector financeiro, com os bancos italianos a determinarem a descida do europeu Stoxx600. O Banco BPM cai 4,28%, o UBI Banca desliza 3,54% e o Unicredit 2,77%.

 

Esta evolução acontece numa altura em que os principais índices do Velho Continente registam perdas inferiores a 0,5%, numa sessão em que a liquidez é reduzida, devido ao encerramento das bolsas do Reino Unido e Estados Unidos.

 

Segundo a Reuters, o Movimento 5 Estrelas votou, este fim-de-semana, a favor de um sistema eleitoral proporcional, segundo o qual os partidos devem obter pelo menos 5% dos votos nacionais para assegurar lugar no parlamento.  

 

A vontade demostrada pelos principais partidos de votar uma nova lei eleitoral "torna a realização de eleições no outono mais provável", disse uma fonte do governo à agência noticiosa.

 

A Reuters diz ainda que as sondagens mostram que um sistema de representação proporcional não resultaria num vencedor claro, ao mesmo tempo que as alianças pós-votação parecem "complicadas".

 

Numa entrevista, este domingo, o antigo primeiro-ministro Matteo Renzi afirmou que um acordo em torno de um sistema de votação proporcional é "possível", embora possa resultar num governo de coligação que pode ter problemas em manter-se unido.

 

"O risco de eleições antecipadas subiu de repente para 60%", afirmou Lorenzo Codogno, fundador da LC Macro Advisers, citado pela Reuters. 

Em Itália, as próxima eleições legislativas só estão marcadas para Maio do próximo ano. No entanto, são cada vez mais as pressões para que sejam antecipadas, apesar de poderem resultar num Parlamento sem maioria e, eventualmente, na progressão dos partidos anti-sistema.

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