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Fecho dos mercados: Investigação a Flynn derruba bolsas. Petróleo e ouro em alta

Os relatos de que Donald Trump poderá ser implicado pelo seu antigo conselheiro no caso de alegado conluio entre a campanha presidencial e agentes russos precipitaram as acções dos EUA para quedas, o que beneficia o ouro. Já o petróleo continua a navegar a onda da OPEP.

Reuters
01 de Dezembro de 2017 às 17:15
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Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,23% para 5.350,84 pontos
Stoxx 600 caiu 0,50% para 384,76 pontos
S&P500 recua 0,97% para 2.621,90 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,1 pontos base para 1,883%
Euro soma 0,03% para 1,1908 dólares
Petróleo valoriza 1,90% para 63,82 dólares por barril, em Londres

Bolsas em queda apesar de dados positivos na Europa
Os mercados accionistas acumulam prestação negativa na última sessão da semana e primeira do mês. No caso do Velho Continente, as perdas intensificaram-se na fase final das negociações, a acompanhar também um agravamento das descidas em Wall Street.

Lisboa não fugiu ao tom de perdas da Europa e terminou a descer 0,23%, ainda assim fechando a melhor semana em dois meses. A penalizar a sessão estiveram as descidas da Jerónimo Martins, da EDP e da Nos.

Nas pares europeias, a descida no principal índice de acções aconteceu apesar de conhecidos dados positivos na indústria da Zona Euro, cujo índice atingiu máximos de 17 anos em Novembro.

Os índices nova-iorquinos, que abriram a sessão sem sinal definido, seguem com perdas na ordem de 1%. Além da preocupação com a votação da reforma fiscal (adiada de ontem para hoje), surgem também sinais de incerteza política.

As quedas em Nova Iorque intensificaram-se depois de notícias que referem que, no âmbito da investigação ao alegado conluio entre a equipa de Trump e a Rússia, o antigo conselheiro presidencial Michael Flynn terá dito às autoridades que foi a campanha do presidente a pedir-lhe que fizesse os contactos com responsáveis russos.

Juros próximos de mínimos de mais de dois anos e meio
O dia foi de evolução mista para as 'yields' exigidas pelos investidores para trocarem entre si os títulos de dívida soberana portuguesa em mercado secundário. No prazo de referência, a dez anos, os juros de Portugal afastam-se demínimos de Abril de 2015, com uma subida de 0,1 pontos base.

Já o prémio de risco - a diferença entre as 'yields' da dívida portuguesa e da alemã no prazo a dez anos - descola dos mínimos de Abril de 2015 registados ontem e sobe para 157,76 pontos, duas semanas antes de a Fitch se pronunciar sobre o "rating" de Portugal.

Euribor sobem a três, seis e nove meses
As taxas interbancárias Euribor subiram hoje em três dos quatro principais prazos. A taxa a três meses subiu para -0,326%, interrompendo 22 sessões consecutivas em que estava fixada em -0,329%, enquanto a seis meses avançou para -0,271% e a nove meses subiu para -0,218%. Só o prazo a 12 meses se manteve inalterado, pela segunda sessão, em -0,188%.

Nota ainda para a subida acentuada na taxa diária que mede os juros que os bancos da Zona Euro cobram nos empréstimos entre si (Eonia), que surge numa altura em que não existem sinais de stress no acesso a financiamento.

Dólar reflecte incerteza no plano fiscal dos EUA
A moeda norte-americana oscila entre recuos e avanços ligeiros face à contraparte europeia, perante o adiamento da votação da proposta de reforma fiscal, que esta tarde estará a ser retomada no Senado norte-americano. Ainda assim, face à maioria das pares, o movimento é de ganhos, depois de o número dois dos republicanos naquela câmara do Congresso, John Cornyn, ter dito que estão reunidos os votos suficientes para aprovar a proposta.

Barril de petróleo avança à boleia da OPEP
O preço do barril de ouro negro prolonga os ganhos da sessão de ontem, ainda a reflectir o acordo a que a OPEP e países terceiros (incluindo a Rússia) chegaram para estender por mais nove meses, até ao final de 2018, os cortes de produção mundial. Sobe mais de 2% em Nova Iorque.

"Não há razão para pensar que os produtores não vão cumprir. O mercado deve estar preparado para ver alguma contenção durante 2018," disse à Bloomberg Bart Melek, da TD Securities.

Ouro avança mais de 1% com investigações nos EUA
O preço da onça de metal amarelo beneficia da aversão ao risco desencadeada pelos novos desenvolvimentos em torno das alegadas ligações de Moscovo à campanha de Donald Trump. Soma 1,07% para 1.288,68 dólares, afastando-se de mínimos de quase um mês.

Já o cobre encaminhava-se para a maior queda semanal desde Agosto do ano passado, depois de pressões recentes sobre os preços relacionados com sinais de abrandamento da procura por parte da segunda maior economia do mundo, a China.
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