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Fecho dos mercados: Incerteza em Itália eleva juros. Dólar atinge novo máximo

Os juros dos países periféricos atingiram máximos de Março, arrastados pela incerteza política em Itália. O dólar tocou no valor mais alto desde Dezembro e o petróleo está a cair à espera da decisão de Trump sobre o acordo nuclear com o Irão.

Reuters
08 de Maio de 2018 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,21% para 5.539,56 pontos

Stoxx600 avançou 0,13% para 390,00 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,12% para os 2.669,33 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 6,1 pontos para 1,735%

Euro recua 0,48% para 1,1865 dólares

Petróleo desce 1,73% para 74,85 dólares em Londres

  

Incerteza em Itália penaliza acções

As bolsas europeias encerraram sem uma tendência definida, com os principais índices divididos entre ganhos e perdas.

 

A sessão ficou marcada pela forte descida da bolsa italiana (-1,64%), que condicionou a negociação no Velho Continente, devido ao agravamento da incerteza política no país, numa altura em que ganha força a possibilidade de haver novas eleições.  

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, avançou 0,13% para 390,00 pontos. Na bolsa nacional, o PSI-20 ganhou 0,21% para 5.539,56 pontos, impulsionado sobretudo pelo BCP, que valorizou 4,89% para 29,19 cêntimos.  

 

Juros em máximos de Março na Europa

A incerteza política em Itália teve reflexos também no mercado de dívida. Os juros associados às obrigações italianas a dez anos dispararam 10,6 pontos base para 1,866% - o valor mais elevado desde 28 de Março – e marcaram a tendência na Europa, elevando as yields na generalidade dos países do euro.

 

Em Portugal, os juros no prazo de referência subiram 6,1 pontos para 1,741%, enquanto em Espanha o agravamento foi de 4,5 pontos para 1,320%. Em ambos os casos os juros tocaram em máximos: de 26 e 23 de Março, respectivamente.

 

Na Alemanha, a "yield" associada às obrigações a dez anos subiu 2,9 pontos para 0,561%.  

 

Dólar atinge máximos de Dezembro

O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a subir pela terceira sessão consecutiva, fixando-se no valor mais alto desde 27 de Dezembro.

 

A contribuir para esta valorização está a fraqueza do euro - em mínimos de mais de quatro meses – e os comentários do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, que coincidem com um aumento do risco geopolítico.

Jay Powell avisou que os mercados não devem ficar surpreendidos se a Reserva Federal acelerar a normalização da política monetária num discurso em Zurique.

 

Taxas Euribor mantêm-se em todos os prazos

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis, nove e 12 meses, face a segunda-feira.      

 

No prazo a três meses, a taxa manteve-se em -0,328%, enquanto a seis meses – a taxa mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação – voltou a fixar-se em -0,269% pela oitava sessão consecutiva.

 

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,219%, e no prazo de 12 meses em -0,189%.

 

Petróleo recua de máximos à espera de Trump

O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais, numa altura em que se aguarda pela decisão de Donald Trump sobre o acordo nuclear com o Irão.

Às 19:00 de Lisboa, o presidente norte-americano vai anunciar se os Estados Unidos abandonam ou não o acordo com Teerão sobre o programa nuclear iraniano – uma decisão que terá impacto na matéria-prima, porque poderá significar a reintrodução de sanções sobre o Irão, uma dos maiores produtores da OPEP.

"As consequências geopolíticas de um possível desmantelamento do acordo nuclear do Irão desempenhariam provavelmente um papel maior e mais duradouro na subida dos preços do petróleo do que a incerteza política de curto prazo", afirmou Michael Cohen, do Barclays’ Commodities Research, citado pelo Financial Times.

Depois de ter atingido ontem o valor mais elevado desde Novembro de 2014, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 2,29% para 69,11 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, desvaloriza 1,73% para 74,85 dólares.

Ouro contraria evolução do dólar

O ouro está a contrariar a evolução do dólar, seguindo em terreno negativo pela segunda sessão consecutiva.

O metal amarelo desce 0,24% para 1.311,09 dólares, enquanto a prata desvaloriza 0,39% para 16,4096 dólares.

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