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Fecho dos mercados: Expectativa de acordo EUA-China leva ações para máximo de três semanas. Petróleo dispara

Os investidores estão cada vez mais otimistas de que os EUA e a China vão alcançar um acordo comercial. Esta perspetiva levou as ações mundiais para máximos de três semanas e o petróleo a disparar mais de 3%.

Reuters
09 de Janeiro de 2019 às 17:12
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,29% para 4.923,97 pontos

Stoxx 600 subiu 0,53% para 347,70 pontos

S&P 500 valoriza 0,38% para 2.584,31 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal alivia 4,8 pontos base para 1,774%

Euro sobe 0,81% para 1,1533 dólares

Petróleo dispara 3,15% para 60,57 dólares por barril, em Londres

 

Acordo China-EUA levam ações para máximo de três semanas

As ações na Europa tocaram um novo máximo de três semanas, com os investidores cada vez mais confiantes de que os EUA e a China vão alcançar um acordo comercial. Isto depois de uma negociação que acabou por durar três dias, em vez dos dois dias que estavam previstos.

 

O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou 0,53% para 347,70 pontos, apoiando-se nas nas subidas dos setores automóvel e tecnológico. Estes foram os setores europeus que mais beneficiaram das notícias que apontam para um desfecho positivo das negociações entre os dois países. Nos EUA, as bolsas estão a acompanhar este sentimento positivo, seguindo igualmente em máximos de três semanas.

 

Por cá, o PSI-20 somou 0,29% para 4.923,97 pontos na sessão desta quarta-feira, voltando a negociar em máximos de 4 de dezembro. Destaque para a Pharol, que disparou 8,57% para 0,1926 euros, depois de a cotada ter chegado a acordo com a operadora brasileira Oi para porem fim a todos os litígios entre as duas companhias. Já a Ibersol subiu 3,19% para 8,42 euros, tendo mesmo negociado em máximos de 29 de outubro.

 

Juros recuam na Europa

Os juros dos países europeus estão a recuar. Em Portugal, a taxa a dez anos está a aliviar 4,8 pontos base para 1,774%. O país foi hoje ao mercado para emitir 4 mil milhões de euros em dívida a dez anos, com uma taxa de juro abaixo de 2%.

 

Também em Itália e Espanha, a tendência é de alívio. Os juros no mesmo prazo recuam 5,8 pontos base para 2,896% e 2,1 pontos base para 1,492%, respetivamente. Já a Alemanha está a registar um agravamento de 4,8 pontos base para 0,275%.

 

Dólar afunda para mínimo de três meses

O aumento do apetite pelo risco no mercado, graças ao otimismo em torno de um acordo comercial entre os EUA e a China, deu um novo impulso ao euro e à libra. E atirou o dólar para o valor mais baixo desde outubro face ao euro.

 

A moeda única está a avançar 0,81% para 1,1533 dólares, isto depois de os dois países terem prolongado as negociações sobre as tarifas por mais um dia. "Desde que não fiquemos perante uma situação na qual há uma inversão negativa como aquela que aconteceu no último trimestre, os mercados deverão olhar para qualquer progresso comercial (…) com um otimismo modesto", nota Mazen Issa, estratega cambial sénior da TD Securities, à CNBC.

 

Petróleo sobe mais de 3%

A expectativa de acordo entre os EUA e a China também está a animar o petróleo. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 3,78% para os 51,66 dólares, acima do patamar dos 50 dólares.

 

Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, avança 3,15% para os 60,57 dólares. Ambos acumulam oito sessões de subidas consecutivas, o maior ciclo de ganhos em ano e meio. Tanto o crude como o Brent estão em máximos de três semanas.

Há, contudo, fatores que mantêm as cotações do "ouro negro" sob pressão. Esta quarta-feira foram divulgados dados que mostram que as reservas de petróleo nos EUA recuaram menos do que o esperado, na semana passada, o que alimenta os receios em torno de um excesso de matéria-prima no mercado.

 

Apetite pelo risco mantém ouro sob pressão

O metal amarelo está a subir, mas muito ligeiramente. Isto numa sessão durante a qual o apetite pelo risco voltou a aumentar, graças à expectativa de que os EUA e a China vão conseguir chegar a um acordo comercial.

 

Os preços do ouro estão a subir 0,35% para 1.289,91 dólares por onça, enquanto a prata avança 0,03% para 15,6585 dólares. "Desde que o ouro esteve perto de alcançar a marca dos 1.300 dólares, assistirmos a uma recuperação no mercado acionista", afirma Carsten Menke, analista da Julius Baer, à CNBC. "Isto significa que a procura por ativos considerados seguros já não é tão forte", acrescenta.

 

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