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Fecho dos mercados: Europa treme após demissão de Conte. Juros voltam a cair

A demissão do primeiro-ministro italiano fez abanar os mercados europeus que terminaram o dia em queda. A divulgação das minutas da Fed, na quarta-feira, e o encontro em Jackson Hole, na sexta-feira, prende a atenção.

Reuters
20 de Agosto de 2019 às 17:38
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,63% para 4.820,95 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,68% para 371,30 pontos

S&P500 cai 0,3% para 2.914,83 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3,6 pontos base para 0,113%

Euro avança 0,1% para 1,109 dólares

Petróleo em Londres cai 0,4% para 59,44 dólares o barril

 

Demissão de Conte faz tremer Europa  

A demissão do primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte fez agitar as águas nos mercados bolsistas com um novo foco de instabilidade política num horizonte a curto-prazo. O Stoxx 600, o índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa, iniciou o dia em alta mas as novidades de Roma provocaram a inversão de tendência, tendo fechado a cair 0,68% para 371,30 pontos.

A crise política em Itália gerou nervosismo no mercado de ações interno que perdeu 1,1% para 20.485,43 pontos. O ‘benchmark’ europeu DAX, de Frankfurt, encerrou a cair 0,55% para 11.651,18 pontos.

Por cá, o índice PSI-20 desceu 0,63% para 4.820,95 pontos, com destaque para a Pharol, que recuou 3,33% para 0,116 euros para mínimos de mais de três anos. A GoldenTree Asset Management, maior acionista da Oi, pediu a demissão do atual CEO, e mostrou preocupação quanto à atual situação financeira da operadora de telecomunicações brasileira. De realçar que a Pharol detém cerca de 5% da Oi. 

Nos EUA, os principais índices pairam sobre a linha de água, numa altura em que os investidores se vão pondo à margem da negociação a aguardarem pela divulgação das minutas da Reserva Federal (Fed) dos EUA, na próxima quarta-feira, e pelo encontro dos principais líderes de bancos centrais do mundo, em Jackson Hole, na sexta-feira.

A contribuir para a queda das bolsas continua a guerra comercial, com os investidores expectantes sobre os desenvolvimentos, depois de Michael Pompeo, secretário de Estado americano, ter revelado à CNBC que a Huawei não é a única empresa chinesa a representar riscos. 

Juros na Europa voltam a cair

Depois de ontem, os juros das dívidas soberanas na Europa terem saltado de mínimos históricos, hoje voltam a recuar ligeiramente com Itália a encabeçar o movimento de quedas. Os juros transalpinos a dez anos caíram 6,4 pontos base para 1,367%, uma queda que está a ser baseada na especulação sobre um potencial acordo político em Itália que permita manter uma governação. Em Portugal, a "yield" com a mesma maturidade seguiu a batuta dos pares europeus e perdeu 3,6 pontos base para 0,113%.       

Os juros do Tesouro dos EUA a 10 anos perdem 5,4% para os 1,552%. 

 

Instabilidade em Itália não trava recuperação do euro 
Apesar do cenário externo controverso, o euro manteve o clima de recuperação de ontem e apreciou 0,1% para 1,1091 dólares. Apesar da leve subida a moeda única da Zona Euro mantém-se perto de mínimos de duas semanas.

Quanto ao dólar, os investidores aguardam pela divulgação das minutas da reunião do banco central, na quarta-feira, onde a Fed desceu os juros pela primeira vez em dez anos. Além disso, na sexta-feira, o presidente da Fed, Jerome Powell, vai discursar em Jackson Hole, um dos eventos sobre política monetária mais importantes.  
 

Petróleo corrige dos ganhos de ontem 
Depois do "ouro negro" ter valorizado no dia de ontem, hoje segue em clima de correção, com o Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, a desvalorizar 041% para 59,49 dólares por barril. Ontem, os preços do petróleo valorizaram mais de 1%, depois de os Estados Unidos terem anunciado que vão atrasar as sanções impostas à Huawei por mais 90 dias, dando um sinal de ligeira melhoria nas relações entre Washington e Pequim. 


 

Ouro beneficia com novos riscos no horizonte
O ouro ganhou força nesta terça-feira, com novos riscos para os mercados internacionais em perspectiva. Sendo este um ativo considerado mais seguro, serve de refúgio aos investidores que se querem proteger do risco. O metal precioso sobe 0,58% para 1.504 dólares por onça. 

 

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