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Fecho dos mercados: Europa respira e anula ciclo negativo. Petróleo cai
O cenário na Europa foi misto, com alguns índices a terminarem o dia a valorizar e outros em quedas. O Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas da região, conseguiu terminar de forma estável.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,63% para 5.110,34 pontos
Stoxx 600 termina estável nos 404,62 pontos
S&P500 avança 0,80% para 3.153,34 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,5 pontos base para 0,264%
Euro ganha 0,08% para 1,0891 dólares
Petróleo em Londres cai 1,78% para 53,97 dólares o barril
Europa anula ciclo de quedas
Os principais mercados europeus terminaram o dia a negociar de forma mista e o Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa - fechou estável nos 404,62 pontos, com a propagação do coronavírus ainda a travar o ímpeto dos investidores.
No entanto, as perdas foram atenuando após a abertura em força de Wall Street, que conseguiu recuperar das quedas recentes. Hoje, os investidores estarão atentos à conferência de imprensa marcada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no final do dia, sobre o impacto do coronavírus na economia global.
O anúncio da conferência pelo líder da Casa Branca causou algum bem-estar nos mercados, uma vez que Donald Trump tem-se mostrado otimista com a contenção do surto Covid-19.
Por cá, o índice PSI-20 subiu 0,63% para 5.110,34 pontos, com dez cotadas no vermelho, uma inalterada e sete em alta. Apesar do fecho positivo, a praça lisboeta tocou mínimos de 14 de outubro durante a negociação, quando chegou a perder 2,27%.
Juros de Portugal em máximos de uma semana
Os juros da dívida da Zona Euro assumem hoje uma tendência ascendente, com os de Portugal - com maturidade a dez anos - a subirem 3,5 pontos base para os 0,264%. Na maioria dos restantes países da região do euro a tendência é semelhante, com os juros italianos a subirem 0,6 pontos base para os 0,989% e os da Alemanha a subirem 0,8 pontos base para os -0,508%.
Euro ganha terreno face ao dólar
A moeda única da Zona Euro vai galgando terreno face ao dólar norte-americano - que tem beneficiado com a sua posição de refúgio aos investidores em alturas de maior incerteza. O euro ganha 0,08% para os 1,0891 dólares. No entanto, os ganhos estão a ser travados pelos receios sobre o impacto do vírus.
O vice-presidente da Fed, Richard Clarida, disse que, embora o banco central esteja atento ao impacto da epidemia na economia dos EUA, ainda é muito cedo para avaliar se exigiria uma mudança na política monetária. As expectativas de um corte na taxa de juro diretora por parte da Fed caíram de 80,8% para 79,2%, segundo a Reuters.
Petróleo prolonga quedas
O preço do petróleo mantém a má prestação, com o Brent a registar a quarta queda seguida. O ativo negociado em Londres e que serve de referência para Portugal cai 1,78% para 53,97 dólares o barril. O norte-americano WTI acompanha também esta tendência e desvaloriza 1,18% para os 49,31 dólares por barril.
Hoje, a Agência Internacional de Energia registou um aumento de inventários de petróleo nos Estados Unidos para os 452 mil barris por dia, o que pressiona os preços e os leva de novo para perto de mínimos de dezembro de 2018.
Também no radar dos investidores está a situação na Líbia, num dia em que a produção do país registou uma queda de 90,59% desde o final de janeiro deste ano, altura em que o general Khalifa Haftar impôs o bloqueio do oleoduto que liga os principais campos de petróleo ao porto de Zawiya, na costa noroeste da Líbia, e encerrou os campos de produção no leste do país.
Ouro volta a aproximar-se de máximos
Depois de uma correção na sessão de ontem, o ouro voltou a negociar em alta nesta quarta-feira, aproximando-se de máximos de mais de sete anos. O metal precioso aprecia 0,40% para os 1.6441,60 dólares por onça.
A aposta no ouro tem atraído os investidores nas últimas sessões, dados os receios com a propagação do coronavírus por mais países. O valor investido em EFTs de ouro aumentou pelo vigésimo quinto dia para as 2.624,7 toneladas, na sessão desta quarta-feira, 26 de fevereiro, o que representa um máximo histórico quer em termos de ciclo de ganhos, quer em termos de volume total.