Notícia
Fecho dos mercados: Europa renova máximos de seis meses. Juros portugueses namoram mínimos com S&P à porta
As bolsas europeias registaram a maior subida semanal em um mês, beneficiando do adiamento do Brexit. Os juros portugueses estiveram muito perto de atingir mínimos históricos no dia em que a Standard & Poor's pronuncia-se sobre o rating da República.
Os mercados em números
PSI-20 desvalorizou 0,60% para 5.240,0 pontos
Stoxx600 avançou 0,68% para os 381,1 pontos
S&P 500 valoriza 0,7% para 2.828,97 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,4 pontos base para os 1,308%
Euro sobe 0,11% para os 1,1316 dólares
Petróleo recua 0,33% para os 67,01 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias renovam máximos de seis meses
As bolsas europeias subiram pela terceira sessão consecutiva nesta sexta-feira, 15 de março, e renovaram máximos de seis meses que foram atingidos na sessão de ontem. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, subiu 0,68% para os 381,1 pontos, registando um saldo semanal positivo (2,8%) - esta foi a maior subida semanal em um mês. A Europa foi impulsionada por todos os setores, especialmente o da tecnologia e o das telecomunicações.
A beneficiar a negociação bolsista está o adiamento do Brexit decidido ontem pelos deputados britânicos, depois de terem rejeitado o acordo do Governo com a União Europeia e de terem afastado o cenário de não acordo. O adiamento prolonga a incerteza sobre a saída, mas também aumenta a expectativa de poder ser alcançado um acordo mais favorável com as autoridades europeias.
Além disso, os investidores começaram o dia com o anúncio de mais estímulos vindos da China numa altura em que a economia mundial está em travagem. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, falou em "medidas fortes", sugerindo reformas orientadas para o mercado.
As principais praças europeias fecharam em alta com a exceção do PSI-20. A bolsa nacional desvalorizou 0,6% para 5.240,0 pontos, depois de ter registado a maior subida em um mês na sessão anterior. Ainda assim, o saldo semanal do índice lisboeta foi positivo.
Juros portugueses namoram mínimos com S&P à porta
Hoje a Standard and Poor's - que foi a primeira das três grandes agências de rating a retirar Portugal do "lixo" - deverá pronunciar-se sobre o rating da República. O outlook "positivo" indica que poderá haver uma melhoria da notação financeira no médio prazo e, segundo os analistas internacionais, há a expectativa de que possa haver uma melhoria já hoje. Ao Negócios, os especialistas afirmaram acreditar numa subida de um nível, principalmente pela estabilidade em Portugal que contrasta com a incerteza em Espanha (eleições) e em Itália (contas públicas).
Neste contexto, antes da decisão, os juros portugueses a dez anos estão a aliviar 2,4 pontos base para os 1,308%, negociando perto de mínimos históricos. Os juros da República têm tido um melhor desempenho do que outros países da periferia no mercado secundário. Na segunda-feira tocaram em 1,304%, o nível mais baixo de sempre, e na sessão de hoje aproximaram-se ao tocar nos 1,306%.
Euro segue em alta com dólar a enfraquecer. Libra com melhor semana desde janeiro
A divisa britânica está a subir, caminhando para a melhor semana desde janeiro. A libra está a ser animada pelo adiamento do Brexit que está oficialmente marcado para dia 29 de março. Esta semana a divisa subiu 1,7% face ao dólar, beneficiando da rejeição do cenário de não acordo, o que poderia ter consequências sérias para a economia do Reino Unido. Neste momento, a libra sobe 0,4% para os 1,3294 dólares.
Já a divisa europeia está a subir 0,11% para os 1,1316 dólares. A moeda norte-americana está a desvalorizar com os investidores a incorporarem as mais recentes expectativas em relação à atuação da Fed. Um inquérito da Reuters divulgado hoje mostra que o mercado espera um aumento dos juros no terceiro trimestre deste mês, seguido de um período de paragem.
Petróleo desliza, mas arrecada melhor semana em um mês
A cotação do barril está a desvalorizar na sessão de hoje, mas o saldo semanal é positivo, sendo o melhor em um mês. Ontem o petróleo tinha atingido máximos de quatro meses. No entanto, hoje está a ser pressionado pelos atrasos no acordo comercial entre os EUA e a China, que deverá resvalar para abril.
"A preocupação de que ou o adiamento das negociações comerciais ou os sinais preocupantes da travagem económica vão ter impacto na procura por energia [petróleo] está a limitar o movimento ascendente nos mercados", resume Gene McGillian, analista da Tradition Energy, à Bloomberg.
Para este fim de semana está agendada uma reunião em que deverá ser discutida a proposta da Arábia Saudita de prolongar os cortes na produção na segunda metade do ano, o que, a verificar-se, deverá impulsionar ainda mais as cotações. Acresce que a International Energy Agency (IEA) disse acreditar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem capacidade para compensar qualquer impacto da paralisação na Venezuela.
O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma queda de 0,07% para os 58,58 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desvaloriza 0,33% para os 67,01 dólares.
Investidores acreditam na subida do ouro. "Metal precioso" ultrapassa 1.300 dólares
Os analistas e os investidores que negoceiam ouro estão confiantes de que a cotação do "metal precioso" vai valorizar este ano, segundo um inquérito da Bloomberg. Em causa está a expectativa de que a pausa na normalização monetária por parte da Fed e do BCE e a incerteza nos mercados leve à procura de um "porto seguro" que, neste caso, será o ouro.
Além disso, a procura pelo "metal precioso" pode aumentar uma vez que se espera um reforço das reservas de ouro por parte dos bancos centrais. Segundo a Bloomberg, há até quem veja o ouro a alcançar os 1.500 dólares no final deste ano.
Para já, na sessão de hoje, o ouro sobe 0,5% para os 1.302,6 dólares por onça, acumulando duas semanas consecutivas positivas.
PSI-20 desvalorizou 0,60% para 5.240,0 pontos
Stoxx600 avançou 0,68% para os 381,1 pontos
S&P 500 valoriza 0,7% para 2.828,97 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,4 pontos base para os 1,308%
Euro sobe 0,11% para os 1,1316 dólares
Petróleo recua 0,33% para os 67,01 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias renovam máximos de seis meses
As bolsas europeias subiram pela terceira sessão consecutiva nesta sexta-feira, 15 de março, e renovaram máximos de seis meses que foram atingidos na sessão de ontem. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, subiu 0,68% para os 381,1 pontos, registando um saldo semanal positivo (2,8%) - esta foi a maior subida semanal em um mês. A Europa foi impulsionada por todos os setores, especialmente o da tecnologia e o das telecomunicações.
Além disso, os investidores começaram o dia com o anúncio de mais estímulos vindos da China numa altura em que a economia mundial está em travagem. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, falou em "medidas fortes", sugerindo reformas orientadas para o mercado.
As principais praças europeias fecharam em alta com a exceção do PSI-20. A bolsa nacional desvalorizou 0,6% para 5.240,0 pontos, depois de ter registado a maior subida em um mês na sessão anterior. Ainda assim, o saldo semanal do índice lisboeta foi positivo.
Juros portugueses namoram mínimos com S&P à porta
Hoje a Standard and Poor's - que foi a primeira das três grandes agências de rating a retirar Portugal do "lixo" - deverá pronunciar-se sobre o rating da República. O outlook "positivo" indica que poderá haver uma melhoria da notação financeira no médio prazo e, segundo os analistas internacionais, há a expectativa de que possa haver uma melhoria já hoje. Ao Negócios, os especialistas afirmaram acreditar numa subida de um nível, principalmente pela estabilidade em Portugal que contrasta com a incerteza em Espanha (eleições) e em Itália (contas públicas).
Neste contexto, antes da decisão, os juros portugueses a dez anos estão a aliviar 2,4 pontos base para os 1,308%, negociando perto de mínimos históricos. Os juros da República têm tido um melhor desempenho do que outros países da periferia no mercado secundário. Na segunda-feira tocaram em 1,304%, o nível mais baixo de sempre, e na sessão de hoje aproximaram-se ao tocar nos 1,306%.
Euro segue em alta com dólar a enfraquecer. Libra com melhor semana desde janeiro
A divisa britânica está a subir, caminhando para a melhor semana desde janeiro. A libra está a ser animada pelo adiamento do Brexit que está oficialmente marcado para dia 29 de março. Esta semana a divisa subiu 1,7% face ao dólar, beneficiando da rejeição do cenário de não acordo, o que poderia ter consequências sérias para a economia do Reino Unido. Neste momento, a libra sobe 0,4% para os 1,3294 dólares.
Já a divisa europeia está a subir 0,11% para os 1,1316 dólares. A moeda norte-americana está a desvalorizar com os investidores a incorporarem as mais recentes expectativas em relação à atuação da Fed. Um inquérito da Reuters divulgado hoje mostra que o mercado espera um aumento dos juros no terceiro trimestre deste mês, seguido de um período de paragem.
Petróleo desliza, mas arrecada melhor semana em um mês
A cotação do barril está a desvalorizar na sessão de hoje, mas o saldo semanal é positivo, sendo o melhor em um mês. Ontem o petróleo tinha atingido máximos de quatro meses. No entanto, hoje está a ser pressionado pelos atrasos no acordo comercial entre os EUA e a China, que deverá resvalar para abril.
"A preocupação de que ou o adiamento das negociações comerciais ou os sinais preocupantes da travagem económica vão ter impacto na procura por energia [petróleo] está a limitar o movimento ascendente nos mercados", resume Gene McGillian, analista da Tradition Energy, à Bloomberg.
Para este fim de semana está agendada uma reunião em que deverá ser discutida a proposta da Arábia Saudita de prolongar os cortes na produção na segunda metade do ano, o que, a verificar-se, deverá impulsionar ainda mais as cotações. Acresce que a International Energy Agency (IEA) disse acreditar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem capacidade para compensar qualquer impacto da paralisação na Venezuela.
O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma queda de 0,07% para os 58,58 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desvaloriza 0,33% para os 67,01 dólares.
Investidores acreditam na subida do ouro. "Metal precioso" ultrapassa 1.300 dólares
Os analistas e os investidores que negoceiam ouro estão confiantes de que a cotação do "metal precioso" vai valorizar este ano, segundo um inquérito da Bloomberg. Em causa está a expectativa de que a pausa na normalização monetária por parte da Fed e do BCE e a incerteza nos mercados leve à procura de um "porto seguro" que, neste caso, será o ouro.
Além disso, a procura pelo "metal precioso" pode aumentar uma vez que se espera um reforço das reservas de ouro por parte dos bancos centrais. Segundo a Bloomberg, há até quem veja o ouro a alcançar os 1.500 dólares no final deste ano.
Para já, na sessão de hoje, o ouro sobe 0,5% para os 1.302,6 dólares por onça, acumulando duas semanas consecutivas positivas.