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Fecho dos mercados: Europa em mínimos de mais de dois anos e petróleo cede acima de 3%

As principais praças europeias fecharam com quebras acima de 1%, com as cotadas a arrastarem o agregador de referência para um mínimo de Novembro de 2016. Paralelamente, o petróleo também afunda.

Reuters
27 de Dezembro de 2018 às 17:38
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Os mercados em números

PSI-20 perdeu 1,14% para 4.587,45 pontos

Stoxx 600 recuou 1,69% para os 329,58 pontos

S&P 500 desliza 1,49% para os 2431,01 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desce 0,4 pontos base para 1,684%

Euro valoriza 0,56% para os 1,1417 dólares

Petróleo desvaloriza 3,18% para os 52,74 dólares por barril em Londres


Europa recua mais de 1%

O principal agregador europeu, Stoxx600, fechou a sessão com uma quebra de 1,69% para os 329,58 pontos, ilustrando o cenário de perdas generalizadas nas bolsas do Velho Continente. Todas as praças cederam acima do 1%, e o alemão Dax deslizou mesmo 2,37% para os 10.381,51 pontos.

A Europa é pressionada pela acumulação de indicadores que apontam para um abrandamento da economia mundial, aos quais se somou um novo esta quinta-feira: os lucros da indústria na China registaram uma queda homóloga de 1,8%, em Novembro, o que representa o primeiro registo negativo desde 2015. Paralelamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, estará a a considerar avançar com uma ordem executiva para impedir as empresas norte-americanas de usarem equipamento fabricado pelas chinesas Huawei e ZTE, acrescentando um novo motivo de atrito com a China e reavivando os receios em relação à guerra comercial entre os dois gigantes, a qual ainda se encontra em fase de negociações.

O português PSI-20 desceu 1,14% para 4.587,45 pontos, o que representa um mínimo de Fevereiro de 2017 e alimenta uma queda superior a 21% face ao máximo do ano, fixado em Maio, pelo que tal como uma outra série de índices mundiais também já está em "bear market". Entre as irmãs europeias, foram a praça alemã, a italiana e a espanhola a também já foram "apanhadas pelos ursos". 

Juros de Itália não largam mínimo de Julho

Os juros da dívida italiana a dez anos aliviaram 8,6 pontos base para os 2,745%, mantendo-se perto do mínimo de Julho a que desceram após a aprovação de Bruxelas do respectivo orçamento. Já as obrigações portuguesas para a mesma maturidade cedem 0,4 pontos base para 1,684%, o que coloca nos 145,3 pontos base o prémio face à dívida alemã, que desce 1,9 pontos base para os 0,231%.

Euro ganha ao dólar

A moeda única europeia segue a valorizar 0,56% face ao dólar, depois de já ter estado a ganhar 0,73% para os 1,1436 dólares. A nota verde sai abalada pelos novos dados económicos, desta vez da China, que reafirmam o cenário de desaceleração mundial.

Petróleo cede mais de 3%

As elevadas subidas da última sessão, na qual o "ouro negro" chegou a valorizar quase 10%, deram lugar quebras acima de 2% esta quinta-feira. O barril de Brent, referência para a Europa, segue a perder 3,18% para os 52,74 dólares, contagiado pelos receios de abrandamento económico global - o que tende a reduzir a procura de combustível.

Ouro mantém-se perto de pico de seis meses

O metal amarelo segue a somar 0,58% para os 1.274,44 dólares por onça, mantendo a cotação perto do máximo de seis meses que atingiu na última sessão. As cotações do ouro são sustentadas pela crescente procura por activos refúgio, como é o caso deste metal, numa altura de grande volatilidade nos mercados accionistas.

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