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Fecho dos mercados: Europa em máximos. Juros portugueses e petróleo com maior queda semanal em vários meses

As bolsas europeias fecharam em alta, tendo tocado em máximos históricos durante a sessão. Já os juros portugueses e o petróleo continuam em queda, caminhando para a maior queda semanal em vários meses.

Reuters
Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 24 de Janeiro de 2020 às 17:22
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,99% para os 5.286,48 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,86% para os 423,64 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,45% para os 3.310,46 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,4 pontos base para os 0,373%
Euro desvaloriza 0,26% para os 1,1026 dólares
Petróleo em Londres cede 2,39% para 60,59 dólares por barril

Bolsas europeias em máximos com dados económicos positivos
A melhoria dos indicadores PMI para a economia alemã deu ânimo aos investidores, tendo as bolsas europeias fechado em alta e tocado durante a sessão em máximos históricos apesar dos receios relacionados com o coronavírus chinês. Segundo a IHS Markit, o PMI alemão aumentou para um máximo de cinco meses, superando as expectativas.

Esses dados económicos serviram para melhorar o sentimento dos investidores europeus. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,86% para os 423,64 pontos, tendo negociado em máximos históricos após quatro sessões de quedas ligeiras. 

Entre as cotadas, o destaque vai para a francesa Carrefour que valorizou quase 5% após ter revelado melhores perspetivas para os lucros. Já a alemã Bayer avançou mais de 1,5% após a empresa ter anunciado que está a negociar o pagamento de uma multa de 10 mil milhões de dólares relativa ao herbicida à base de glifosato Roundup, o qual "herdou" quando comprou a norte-americana Monsanto.

As principais praças europeias também fecharam em alta, como foi o caso do PSI-20. A bolsa nacional valorizou 0,99% para os 5.286,48 pontos, após também ter caído durante quatro sessões.

Juros portugueses com maior queda semanal desde agosto
No mercado secundário, os juros associados às obrigações portuguesas a dez anos estão a cair pela sexta sessão consecutiva. A yield alivia 2,4 pontos base para os 0,373%, um mínimo de 7 de janeiro. No acumular desta semana, os juros registam a maior queda semanal desde agosto, de acordo com os dados da Bloomberg. 

A queda dos juros das obrigações soberanas é transversal à maioria dos países europeus, incluindo a Itália. Os juros italianos tinham subido significativamente perante o risco de instabilidade por causa da demissão de Luigi Di Maio de líder do partido de coligação do Governo, mas as garantias de estabilidade política acalmaram os investidores e a yield a dez anos voltou a aliviar. 

Esta queda dos juros deverá estar relacionado com os receios dos investidores relativos aos coronavírus chinês cuja propagação e respetivo impacto ainda estão por determinar.

Iene sobe após mais um caso de vírus nos EUA
O segundo caso relacionado com o coronavírus nos EUA, identificado em Chicago, provocou uma subida do iene, um ativo de refúgio. 

Já o euro está a ceder face ao dólar um dia após o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter os juros em mínimos históricos. Houve alguns sinais de que o PIB e a inflação estão a melhorar, mas o tom principal é de não haverá mudanças em breve na posição da política monetária.

A divisa europeia perde 0,26% para os 1,1026 dólares, caminhando para a quarta semana com um saldo negativo. Este é o maior ciclo de perdas semanais do euro desde novembro de 2018.

Petróleo a caminho da maior queda semanal desde 2018
O coronavírus chinês ainda não se propagou de forma generalizada - a Organização Mundial da Saúde disse que ainda não é uma emergência pública mundial -, mas já se instalou completamente no mercado dos futuros do petróleo.

O barril está a registar perdas superiores a 2% tanto em Londres como em Nova Iorque, caminhando para a maior queda semanal em seis meses. Além disso, o petróleo vai completar a maior série de perdas semanais desde maio. 

Os investidores teme que a potencial epidemia do coronavírus possa ter um impacto relevante na procura por petróleo no futuro. Apesar de os efeitos do vírus até ao momento continuarem a ser limitados, a procura por petróleo pode diminuir, provocando uma queda de 2,9 dólares no barril se houver uma epidemia semelhante à de 2003, a qual vitimou mais de 700 pessoas, segundo uma estimativa do Goldman Sachs desta semana. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, perde 2,59% para os 54,14 dólares por barril - acumulando uma queda semanal de 7,52%, a maior desde julho de 2019 -, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desvaloriza 2,39% para 60,59 dólares por barril, acumulando uma queda semanal de 6,63%, a maior desde dezembro de 2018. 

Ouro sobe há três sessões
Ao contrário do petróleo, o ouro "beneficia" ligeiramente da ameaça do vírus uma vez que é visto como um ativo de refúgio. O metal precioso está a subir 0,61% para os 1.572,5 dólares por onça, acumulando três sessões de subidas consecutivas.
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