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Fecho dos mercados: Euro valoriza há três sessões consecutivas. Juros dos periféricos sobem com BCE
O euro valorizou esta quarta-feira, pela terceira sessão consecutiva, num dia em que houve sinais de que o BCE está pronto para a retirada dos estímulos. O efeito nos juros foi de agravamento nos países periféricos.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,52% para 5.613,46 pontos
Stoxx 600 ficou inalterado em 386,88 pontos
S&P 500 valoriza 0,44% para 2760,72 pontos
Yield 10 anos de Portugal sobe 9 pontos base para 1,945%
Euro sobe 0,51% para 1,1777 dólares
Petróleo desvaloriza 0,12% para 75,29 dólares por barril em Londres
Bolsas italianas e espanholas recuperam
As bolsas europeias fecharam mistas esta quarta-feira. O Stoxx 600, o principal índice europeu, encerrou inalterado nos 386,88 pontos, após ter estado a desvalorizar durante a sessão. As boas notícias vieram das bolsas dos países periféricos, que recuperaram. Tanto a bolsa italiana como a espanhola valorizaram nesta sessão, assim como a bolsa portuguesa que subiu 0,52%.
O PSI-20 está a ganhar terreno há seis sessões consecutivas. A sustentar a subida da bolsa nacional esteve a Galp Energia ao avançar 1,47% para os 16,175 euros. Também a impulsionar o fecho da praça lisboeta esteve o sector do papel, que continua a brilhar, renovando máximos históricos.
Juros dos periféricos sobem. Portugal próximo de 2%
Os juros a dez anos dos países periféricos estão a aumentar esta quarta-feira. Itália volta a ser a mais penalizada, com uma subida de 14,9 pontos base para 2,939%, um número próximo de 3% que tinha sido ultrapassado na semana passada por causa da crise política. Ontem foi o discurso populista do novo primeiro-ministro, Giuseppe Conte, a contribuir para o agravamento dos juros italianos.
A sofrer também está Portugal, cuja taxa de juro a dez anos volta a aproximar-se dos 2%. Os juros a esse prazo estão a subir 9 pontos base para 1,945%. No mesmo sentido estão os juros a dez anos de Espanha que aumentam 10,5 pontos base para 1,501%.
Em causa estão as declarações do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE) que indicam uma decisão sobre o fim dos estímulos na reunião da próxima semana. Peter Praet disse que o BCE já vê a inflação perto da meta, assim como a robustez do crescimento da Zona Euro e da subida dos salários.
Acredita-se que a instituição liderada por Mario Draghi dará indicações mais precisas quanto ao momento escolhido para pôr fim ao programa mensal de compra de activos em vigor. Os sinais deixaram os mercados ainda mais sensíveis, depois da turbulência em Itália.
Euribor sobe a 3, 9 e 12 meses
A Euribor a três meses está em máximos do início de 2017 esta quarta-feira ao ter valorizado 0,001 pontos para os -0,321%. Já a nove meses, a Euribor subiu para -0,210%, um novo máximo desde Setembro. Um marco também conseguido pela Euribor a 12 meses que se fixou nos -0,180%. Por outro lado, a Euribor a seis meses manteve-se inalterada.
Euro sobe há três sessões consecutivas
A divisa europeia está a valorizar 0,51% para os 1,1777 dólares esta quarta-feira, um máximo de duas semanas e meia. Se mantiver a tendência esta semana - o euro sobe há três sessões consecutivas -, a divisa subirá pela segundo semana consecutiva, depois de seis a cair face ao dólar.
A dar apoio a esta subida estão também as expectativas de que o Banco Central Europeu poderá dar um sinal mais forte aos mercados na próxima semana. Os investidores estão na expectativa de que possa existir alguma indicação sobre uma eventual subida da taxa de juro.
Petróleo cai com aumento dos inventários nos EUA
As cotações do crude seguem a ceder terreno nos principais mercados internacionais, penalizadas sobretudo pelo aumento inesperado das reservas norte-americanas de crude na semana passada.
As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a ceder 0,36% para 75,11 dólares por barril. Também o contrato de Julho do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue em baixa, com os preços a recuarem 0,99% para 64,87 dólares.
Ouro poderá usar blockchain
O mercado do ouro poderá vir a usar a blockchain, a tecnologia por detrás das criptomoedas e que é vista como uma forma mais transparente de operar nos mercados. A expectativa é que isso possa passar à realidade em 2019.
Neste momento o metal precioso valoriza 0,27% para 1.299,96 dólares por onça, um máximo de semana e meia.