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Fecho dos mercados: Crise na Casa Branca provoca a maior queda das bolsas desde Setembro

Os principais índices europeus caíram mais de 1%, penalizados pela instabilidade em torno da administração de Trump. O dólar segue em mínimos de Novembro e o petróleo em alta com a descida das reservas nos EUA.

Reuters
17 de Maio de 2017 às 17:24
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,5% para 5.117,64 pontos

Stoxx 600 cedeu 1,20% para 391,14 pontos

S&P 500 recua 1,11% para 2.374,00 pontos

Juros da dívida a dez anos desceram 8,9 pontos para 3,211%

Euro sobe 0,47% para 1,1135 dólares

Brent ganha 1,51% para 52,43 dólares por barril

Bolsas caem mais de 1% com instabilidade em torno de Trump

As bolsas europeias encerraram no vermelho esta quarta-feira, 17 de Maio, penalizadas pela instabilidade em torno da administração de Donald Trump, que se agravou depois de terem surgido notícias que sugerem que o presidente norte-americano terá despedido James B. Comey da direcção do FBI por este se recusar a fechar a investigação ao ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cedeu 1,20% para 391,14 pontos, registando a maior queda desde 26 de Setembro.

 

Do outro lado do Atlântico, os principais índices também seguem no vermelho, com o S&P 500 a recuar 1,11% para 2.374,00 pontos, o Nasdaq a perder 1,57% para 6.072,78 pontos e o Dow Jones a desvalorizar 1,19% para 20.729,26 pontos.

 

Em Lisboa, o PSI-20 caiu 1,5% para 5.117,64 pontos, penalizado sobretudo pelos CTT, que negociaram em ex-dividendo. Os títulos desceram 6,78% para 5,32 euros. Sem este ajuste técnico teriam subido 1,6%.

 

Juros da dívida portuguesa em mínimos de Novembro

Os juros da dívida portuguesa atingiram um novo mínimo de Novembro, nos 3,193%, no dia em que o Tesouro português colocou 1,5 mil milhões de euros com juros ainda mais negativos.

 

A "yield" associada às obrigações a dez anos recuou 8,9 pontos para 3,211%, levando o spread face à dívida alemã a cair para os 279,1 pontos, atingindo um mínimo de Agosto.

 

Em Espanha, os juros desceram 6,5 pontos para 1,563%, em Itália aliviaram 8,3 pontos para 2,155% e na Alemanha recuaram 5,7 pontos para 0,378%.

 

Taxas Euribor mantêm-se a 3 meses e descem a 6, 9 e 12 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses e desceram a seis, nove e 12 meses em relação a terça-feira. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação fixou-se em -0,251%, menos 0,001 pontos do que na sessão anterior.

 

No prazo de nove meses, a Euribor também desceu 0,001 pontos para -0,180%, enquanto a taxa a 12 meses caiu para -0,129%, menos 0,001 pontos do que na terça-feira e novo mínimo de sempre.

 

Já a Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou hoje a ser fixada em -0,331%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%.

 

Euro em máximos de seis meses face ao dólar

A moeda única europeia está a negociar no valor mais alto face ao dólar desde 9 de Novembro de 2016, um dia depois de Donald Trump ter vencido as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

 

Isto porque as notícias de que o presidente norte-americano tentou acabar com a investigação ao ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn estão a penalizar a moeda dos Estados Unidos que desvaloriza pela quinta sessão consecutiva face às principais congéneres mundiais, para o nível mais baixo desde Novembro.

 

O euro ganha 0,47% para 1,1135 dólares.

 

Petróleo sobe com descida das reservas nos EUA

O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, impulsionado pelos dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos que mostram que as reservas de crude diminuíram pela sexta semana consecutiva.

 

A descida foi de 1,75 milhões para 520,8 milhões, ainda assim inferior ao decréscimo esperado pelos analistas, que apontavam para 2,67 milhões.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,29% para 49,29 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 1,51% para 52,43 dólares.

 

Ouro com maior série de ganhos em um mês

A beneficiar do clima de instabilidade e desconfiança que rodeia a administração de Donald Trump está o ouro. O metal amarelo está em alta pela quinta sessão consecutiva, a mais longa série de valorizações em um mês.

 

Contrariando a evolução da moeda norte-americano, o ouro ganha 1,80% para 1.259,46 dólares, enquanto a prata sobe 0,97% para 17,0190 dólares. 

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