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Fecho dos mercados: Contração da atividade industrial nos EUA arrasa Europa. Juros em mínimos históricos

Depois dos dados da atividade industrial nos EUA terem mostrado uma contração, os mercados europeus e Wall Street alargaram as quedas com os receios da recessão mais presentes. Juros na Zona Euro em mínimos históricos e euro toca em valores de 2017.

reuters
03 de Setembro de 2019 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,74% para 4.885,41 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,23% para 379,81 pontos

S&P500 cai 0,7% para 2.905 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,9 pontos base para 0,119%

Euro recua 0,04% para 1,096 dólares

Petróleo em Londres cede 1,36% para 57,86 dólares por barril

 

Dados da atividade industrial nos EUA pressionam Europa

Os dados sobre a atividade da indústria norte-americana mostraram uma contração em agosto, algo que não acontecia desde janeiro de 2016, e pressionaram os principais mercados europeus. O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região, caiu 0,23% para 379,81 pontos.

O índice que mede a evolução da atividade industrial dos EUA registou uma queda para 49,1 pontos, maior do que o esperado, e seguiu a tendência das restantes grandes economias do mundo, incluindo China, Japão, Reino Unido e Alemanha, abaixo da marca dos 50 pontos, o que significa contração.

Por cá, o PSI-20 acompanhou esta tendência negativa e fechou o dia a cair 0,74% para os 4.885,41 pontos, com praticamente todas as cotadas no vermelho. 

A Galp Energia e a Nos foram as cotadas que mais penalizaram o PSI-20. A operadora liderada por Miguel Almeida desvalorizou 1,86% para 5,265 euros enquanto a Galp caiu 1,85% para 12,765 euros, acompanhando a forte descida do petróleo nos mercados internacionais.

  

Juros na Zona Euro renovam mínimos históricos. Portugal aproxima-se

As taxas de juro da dívida soberana nos maiores países da Zona Euro renovaram mínimos históricos, que têm vindo a ser testados nos últimos tempos. Exemplo disso foi a "yield" a 10 anos de Itália, que caiu 9,2 pontos base para os 0,870%, numa altura em que a coligação entre o PD e o 5 Estrelas parece estar a ganhar contornos mais firmes.

Também o "benchmark" alemão fez novos mínimos históricos, ao cair 0,4 pontos base para os -0,710%. Em Portugal, a taxa com a mesma maturidade perdeu 0,9 pontos base para os 0,119%, aproximando-se do seu mínimo histórico que se fixa nos 0,065%.

Libra recupera após Boris falar ao Parlamento. Euro em mínimos de 2017

A libra esterlina começou o dia a depreciar-se para valores abaixo dos 1,20 dólares, mas a partir do meio-dia deu os primeiros sinais de recuperação, que foi evidenciada alguns minutos antes das 15:00, altura em que a sessão parlamentar começou na Câmara dos Comuns. A moeda fechou o dia a apreciar-se em 0,16% para os 1,208 dólares.

O euro, por seu lado, desliza 0,04% para os 1,096 dólares, tendo mesmo tocado em mínimos de maio de 2017 ao fixar-se na marca dos 1,092 dólares, com a próxima reunião do Banco Central Europeu a aproximar-se.

Os investidores estão já a prever que Mario Draghi lance um pacote de estímulos extraordinário, na reunião do dia 12 de setembro, que prevê um corte da taxa de juro, a manutenção dos juros em mínimos e uma compensação aos bancos pelos danos que as taxas de juro negativas estão a causar, segundo a Reuters. 

Petróleo em queda com dados insdustriais 

Também à boleia dos dececionantes dados sobre a atividade industrial dos EUA está o preço do petróleo, que acentua as quedas. O "ouro negro" segue a negociar em mínimos de três semanas, pressionado igualmente pela incapacidade dos EUA e da China de definirem um calendário para as conversações comerciais, o que pode ter mais implicações negativas na procura desta desta matéria-prima.


O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para Portugal, afunda 1,36% para os 57,86 dólares por barril. Já o crude norte-americano WTI segue a perder mais força, com uma queda de 2,67% para os 53,63 dólares por barril.

Ouro valoriza com aumento de turbulência

O ouro – usado como refúgio em tempos de maior instabilidade externa, dada a sua posição de ativo seguro – segue a valorizar 1,26% para os 1.548,68 dólares por onça.

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