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Fecho dos mercados: China dá força à Europa no arranque do ano. Petróleo cai

Os principais mercados europeus terminaram o dia a subir, apoiados pela decisão do banco central da China, que decidiu reduzir as exigências em relação ao rácio de capital dos bancos. O preço do petróleo cai e os juros assumem uma tendência mista.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,99% para 5.265,78 pontos

Stoxx ganhou 0,93% para 419,72 pontos

S&P500 avança 0,27% para 3.239,50 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,8 pontos base para 0,407%

Euro recua 0,41% para 1,116 dólares

Petróleo em Londres cai 0,15% para 65,90 dólares por barril

 

Europa recomeça com pé direito 

As principais praças europeias terminaram a primeira sessão do ano a somar. Atenas, Amesterdão, Paris, Frankfurt e Madrid, todas valorizaram acima de 1%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, avançou 0,93% para os 419,72 pontos, a maior subida desde 16 de dezembro. As cotadas do setor bancário foram as que viram o maior salto, contando o melhor arranque do ano desde 2013.

 

A banca beneficia do impulso dos bancos ingleses, que reagiram em alta, ao longo do final de dezembro, à eleição de Boris Johnson como primeiro-ministro e à perspetiva de que este agilize a saída da União Europeia, quebrando o insistente arrastar do processo.

 

A Europa segue ainda inundada de entusiasmo depois de a China ter revelado que o banco central decidiu reduzir as exigências em relação ao rácio de capital dos bancos, o que funciona como estímulo à economia já que permite maior liquidez ao sistema. Por outro lado, mantém-se o otimismo em relação às relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, após Donald Trump ter revelado a data de assinatura do acordo parcial entre as duas nações. Um anúncio que teve o condão de reforçar o otimismo não só no setor financeiro mas no geral dos mercados acionistas.

 

Em Lisboa, o BCP deu força ao índice nacional, com uma valorização de mais de 5%. O PSI-20 apreciou-se em 0,99% para os 5.265,78 pontos.

 

Juros portugueses vão de máximos a quedas 

Após um ano histórico em que a redução dos juros diretores pelos bancos centrais levou os juros das dívidas soberanas para mínimos históricos, o mercado secundário abriu o novo ano com uma subida das "yields" a dez anos na Zona Euro. No entanto, essa subida foi-se desvanecendo e parte dos juros da dívida dos países estão agora a cair. 

Os juros da dívida portuguesa a dez anos, que hoje tocaram em máximos de julho de 2019, seguem agora a cair 1,8 pontos base para os 0,407%.  

Os juros da dívida alemã a dez anos, que servem de referência para o bloco, estão a conhecer uma queda ainda maior: perdem 3,7 pontos base para os -0,228%. 

 

Libra começa o ano com o pé esquerdo 
A libra deslizou face ao dólar no início deste novo ano e pôs fim a um ciclo vitorioso. A moeda britânica, que hoje perde 0,98% para os 1,312 dólares, derrapa pela primeira vez em seis sessões que lhe permitiram valorizar cerca de 2,5% nesse período antes da passagem de ano. 

O euro acompanha a tendência e perde 0,41% para os 1,116 dólares. 

 

Petróleo cai com tensão no Médio Oriente 
Os preços do petróleo assumem uma tendência negativa na sessão de hoje, depois de terem terminado 2019 com o maior ganho dos últimos três anos. O preço do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, perde 0,15% para os 65,90 dólares por barril e o norte-americano WTI cai 0,29% para os 60,88 dólares por barril. 

A pressionar os preços da matéria-prima está o agudizar de tensões no Médio Oriente, isto depois de o secretário norte-americano da Defesa, Mark Esper, ter dito que os EUA estão preparados para enviar mais tropas para o Iraque. 

No entanto, a evitar maiores quedas estão os dados do Instituto Americano do Petróleo, que mostraram que os inventários nos Estados Unidos podem ter caído 7,8 milhões de barris por dia na semana passada. Se os dados forem confirmados pelo Governo dos Estados Unidos, na próxima sexta-feira, esta será a maior queda semanal desde agosto. 
 

Ouro toca em máximos de três meses
O ouro tocou em máximos de três meses durante esta sessão, nos 1.531,20 dólares por onça, devido aos receios em torno do agudizar de tensões no Médio Oriente e depois dos comentários do líder da Coreia do Norte, que ajudaram a aumentar a procura pelo metal precioso. No entanto, os ganhos foram arrefecendo e o ouro segue agora a subir 0,5% para os 1.525,55 dólares por onça. 

O norte-coreano Kim Jong Un disse que não era mais obrigado a deixar de testar os mísseis e avançou com a notícia de que estaria a preparar uma "nova arma estratégica". 

 

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