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Fecho dos mercados: Bons dados económicos dos EUA derrubam mercados. E a culpa é da Fed

As bolsas europeias fecharam em queda, os juros dispararam e o euro e ouro afundaram. E tudo porque os dados económicos divulgados nos EUA apontam para que a economia esteja robusta, o que diminui a expectativa de cortes de juros da Fed. E os investidores não receberam bem este sinal.

EPA
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,33% para 5.192,74 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,72% para 390,11 pontos

S&P500 cai 0,63% para 2.976,85 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 10,1 pontos base para 0,425%

Euro recua 0,66% para 1,1211 dólares

Petróleo em Londres sobe 1,36% para 64,15 dólares o barril

 

Bolsas europeias caem com receios de menores corte de juros nos EUA 

As bolsas europeias fecharam em queda, numa altura em que estão a reduzir-se as apostas de descidas de juros nos EUA, depois de terem sido divulgados dados económicos que apontam para que a maior economia do mundo esteja robusta, pelo que poderá ser necessário um menor "esforço" da Reserva Federal (Fed) dos EUA.

 

Esta perspetiva, de um corte menor de juros do outro lado do Atlântico foi um dos principais responsáveis pela queda das bolsas esta sexta-feira, isto depois de os últimos dias terem sido positivos. Aliás, a semana foi positiva, com o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, a subir mais de 1%, naquela que foi a quinta semana consecutiva de bolsa para as bolsas europeias, o que corresponde ao maior ciclo de ganhos semanais desde o início de fevereiro.

 

Na bolsa nacional, o desfecho foi semelhante. O PSI-20 fechou a sessão a perder 0,33% para 5.192,74, pressionado pelos setores de energia e do papel. Mas a semana foi positiva, com o índice a subir mais de 1%, com o BCP a ser a estrela da semana, com um ganho superior a 5%.

 

Juros disparam mais de 10 pontos

As taxas de juro estão a subir um pouco por todo o mundo, precisamente numa altura em que os investidores estão a descontar uma redução de juros nos EUA inferior à esperada, após os dados económicos.

 

A taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Portugal disparou 10,1 pontos base para 0,425%, numa semana marcada por novos mínimos históricos (abaixo dos 0,28%). E Portugal não é o único a sentir este "abalo", ainda que seja um dos que maior subida está a sentir, já que foi, também, um dos que mais beneficiou da descida recente. A "yield" associada à dívida alemã a 10 anos está a subir 3,8 pontos para -0,364%.

 

Dólar ganha força

A moeda única europeia está a cair mais de 0,5% contra o dólar, a refletir a perceção de menores cortes de juros nos EUA, o que está a fortalecer a moeda americana contra as principais divisas mundiais. O euro cede assim 0,66% para 1,1211 euros.

 

Petróleo sobe em Londres e desce em Nova Iorque

Os preços do petróleo seguem a registar uma tendência mista nos principais mercados internacionais, a subirem em Londres e a perderem terreno em Nova Iorque. Na semana, ambos os crudes de referência registam um saldo acumulado negativo, sobretudo devido aos receios em torno de uma menor procura, num contexto de desaceleração económica mundial.

 

O West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA que é negociado em Nova Iorque, cai 0,65% para 56,95 dólares por barril, a ser pressionado sobretudo pela valorização do dólar depois do anúncio dos bons resultados do emprego em junho. Além disso, ontem os mercados norte-americanos estiveram encerrados, para comemoração do Dia da Independência, pelo que hoje estão a contabilizar as ordens que foram dadas ontem e que estavam no sistema. Em contrapartida, no mercado de Londres, o Brent do Mar do Norte sobe 1,36% para 64,15 dólares, ainda sustentado pelo acordo do grupo OPEP+ de prolongar o corte de produção por mais nove meses, mas a marcar um saldo semanal no vermelho pelo facto de o acordo do cartel e dos seus aliados ter sido ligeiramente ofuscado por maus dados económicos da China.

 

Juros mais alto fragilizam ouro

O ouro tem estado a beneficiar da especulação de um corte de juros de 50 pontos base nos EUA. Um cenário que levou o metal precioso a valer mais de 1.400 dólares por onça, o que aconteceu pela primeira vez em seis anos. Com a mudança da previsão de corte de juros, o ouro está a ser um dos mais afetados, descendo 1,31% para 1.397,53 dólares por onça. 

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