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Fecho dos mercados: Bolsas sobem e juros descem com alívio perante Itália e Espanha

As bolsas europeias negociaram no verde e os juros dos países periféricos da Zona Euro aliviaram, num contexto de acalmia da instabilidade política que se viveu em Itália e Espanha.

Reuters
01 de Junho de 2018 às 17:32
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Os mercados em números

PSI-20 somou 0,89% para 5.517,49 pontos

Stoxx 600 avançou 1,02% para 386,96 pontos

S&P 500 ganha 0,93% para 2.730,49 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 10,1 pontos base para 1,880%

Euro desvaloriza 0,20% para 1,1670 dólares

Petróleo cai 1,34% para 76,52 dólares por barril em Londres

 

Acalmia em Itália e Espanha anima bolsas

As bolsas do Velho Continente encerraram em alta, animadas pelo dissipar da instabilidade política em Itália e Espanha. O sector da banca, que foi um dos mais fustigados durante este período de perturbação do cenário político, especialmente em Itália, foi hoje o que mais subiu e ajudou ao movimento positivo na Europa. O índice europeu de referência Stoxx 600 fechou a somar 0,14%para 391,08 pontos.

Por cá, o PSI-20 acompanhou a tendência das restantes congéneres europeias e fechou a ganhar 0,91% para 5.610,46 pontos, com 13 cotadas em alta e 5 em alta. A impulsionar o índice de referência nacional esteve sobretudo o BCP, que disparou 4,94% na terceira sessão consecutiva a recuperar das fortes perdas acumuladas durante o auge da crise política em Itália e a beneficiar também com a promessa reiterada do seu CEO, Miguel Maya, de pagar dividendos no próximo ano, referente ao exercício de 2018. Também a Jerónimo Martins contribuiu para o bom desempenho da praça lisboeta, com uma subida de 0,63%. A travar maiores ganhos estiveram a EDP Renováveis e a REN.

 

Juros aliviam nos periféricos
A reviravolta em Itália com o acordo entre o 5 Estrelas e a Liga para a formação de um governo político (que toma posse esta sexta-feira) gerou acalmia nos mercados, com os juros dos países periféricos do euro a cederem terreno. Até em Espanha o mercado reagiu de forma favorável à queda do Governo espanhol, com Mariano Rajoy a ser derrubado pela moção de censura apresentada por Pedro Sánchez, que assim assume o cargo de chefe de Governo.

A yield das obrigações portuguesas a 10 anos desce 10,1 pontos base para os 1,880%. O mesmo acontece aos juros italianos e espanhóis.  Os juros italianos a 10 anos cedem 10,5pontos base para 2,689% e os espanhóis recuam 6,2 pontos base para 1,441%. Em contrapartida, os juros alemães seguem a subir 4,4 pontos para 0,386%.

 

Euribor mantêm-se em todos os prazos

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se pela quarta sessão consecutiva em 0,321%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, permaneceu em -0,269 pela quinta sessão consecutiva.    

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,213% e no prazo a 12 meses permaneceu em -0,184%.

 

Dólar sustentado pela queda do desemprego nos EUA

Os ganhos de hoje nas bolsas e a queda dos juros, face à redução do risco associado ao futuro da Zona Euro, estiveram a contribuir para a valorização da moeda única europeia face à nota verde nas primeiras horas de negociação. No entanto, os bons resultados do mercado de trabalho nos EUA, que deram conta de uma descida da taxa de desemprego em Maio para mínimos de 18 anos, acabaram por dar ímpeto à divisa norte-americana.

Assim, o euro segue nesta altura a negociar em baixa de 0,20% para 1,1670 dólares.

 

Petróleo cai com perspectiva de mais oferta

As cotações do crude seguem a ceder terreno nos principais mercados internacionais, com o volume da produção americana a ofuscar o anúncio de uma queda das reservas de crude no país.

As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a ceder 1,34% para 76,52 dólares por barril. O contrato de Julho do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue também em baixa, com os preços a recuarem 0,89% para 66,44 dólares.

 

Níquel continua a subir com reservas em mínimos de 3 anos

Os preços do níquel continuam a ganhar terreno, sustentados pela queda dos inventários deste metal industrial no mercado londrino de metais (LME), para mínimos de três anos, o que deixa recear uma escassez no seu fornecimento.

Na sessão desta sexta-feira, os preços seguem a negociar em torno dos 15.190 dólares por tonelada em Londres, a caminho de um ganho semanal de 2,8% - naquela que será a quinta valorização semanal consecutiva e a mais longa série de subidas desde Setembro.

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