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Fecho dos mercados: Bolsas resistem a descidas na banca, juros descem

As bolsas europeias registaram ganhos ligeiros na última sessão da semana. Isto apesar das descidas no sector da banca e das mineiras. Já o dólar australiano caiu para o valor mais baixo dos últimos sete meses, pressionado pela China.

Reuters
23 de Dezembro de 2016 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,50% para 4.635,73 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,04% para 359,97 pontos

S&P 500 desliza 0,02% para 2.260,53 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 5,3 pontos base para 3,75%

Euro valoriza 0,12% para 1,045 dólares

Petróleo avança 0,25% para 55,19 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias com ganhos modestos

As bolsas do Velho Continente tiveram ganhos ligeiros antes do fim-de-semana prolongado. O Stoxx 600 teve uma subida ligeira de 0,04%, com a maioria dos sectores a encerrarem no verde. Os maiores ganhos foram conseguidos pelos índices das tecnológicas (0,70%), imobiliário (0,68%) e das "utilities" (0,67%). Já a descida dos preços das matérias-primas industriais, após os alertas vindos da China sobre o crescimento, levaram a descidas de 0,52% do índice das mineiras.

A banca também impediu ganhos de maior dimensão do Stoxx 600, com o índice do sector a perder 0,49%. Isto no dia em que o estado italiano foi forçado a um resgate ao Monte dei Paschi e em que o Deutsche Bank e o Credit Suisse chegaram a um princípio de acordo para encerrar as investigações de que são alvo nos EUA, em troca de coimas multimilionárias. As acções do Monte dei Paschi estiveram suspensas. Já o Deutsche Bank avançou 0,34% enquanto o Credit Suisse perdeu 0,91%.

O PSI-20 conseguiu uma subida acima do Stoxx 600. O índice da bolsa nacional avançou 0,50%, impulsionado pelos ganhos de 1,25% da EDP e de 0,70% da EDP. A maior subida da sessão pertenceu à Altri, que ganhou 2,09%. Já a Sonae, a Jerónimo Martins e a REN foram as únicas a descer com perdas de entre 0,69% e 0,19%.

Juros da dívida europeia descem

As taxas das obrigações soberanas do euro tiveram descidas generalizadas. No caso das obrigações portuguesas a dez anos, a "yield" baixou 5,3 pontos base para 3,75%. Isto no dia em que foram divulgados os dados do défice até Setembro (que se situou em 2,5%) e da execução orçamental em Novembro, que mostrou uma melhoria do défice de caixa. As taxas das obrigações espanholas e italianas também baixaram 2,4 pontos base e 3 pontos base, respectivamente para 1,377% e 1,822%. Já a "yield" alemã caiu 3,9 pontos base para 0,221%. Como a descida dos juros portugueses foi mais pronunciada, o prémio de risco da dívida nacional caiu para 353 pontos base.

Euribor descem a três e seis meses

As taxas Euribor caíram a três e a seis meses e ficaram inalteradas a 12 meses. O indexante a três meses baixou 0,1 pontos base para -0,317%, perto do mínimo histórico de -0,318%, segundo dados da agência Lusa. Também a taxa a seis meses desceu 0,1 pontos base, neste caso para -0,217%. Já a Euribor a 12 meses ficou inalterada em -0,082%, o actual mínimo histórico, segundo a Lusa.

China pressiona dólar australiano

As notícias a indicar que o primeiro-ministro chinês, Xi Jinping, admite um crescimento abaixo da meta de 6,5%, para travar o endividamento no país, penalizaram as divisas de países ligados à produção de matérias-primas e mais sensíveis à economia chinesa. Entre as maiores moedas, uma das mais prejudicadas é o dólar australiano que cede 0,57% contra a nota verde para o valor mais baixo dos últimos sete meses. Um dólar dos EUA vale 1,39353 dólares australianos. Já a moeda única avança 0,12% contra a divisa americana, a terceira sessão de ganhos, para 1,045 dólares.

Brent defende marca dos 55 dólares

Apesar de ter negociado no vermelho durante quase toda a sessão, o petróleo recuperou. O preço do barril de Brent avança 0,25% para 55,19 dólares depois de ter chegado a perder 1,44% para 54,26 dólares. Isto depois de o maior terminal na Líbia ter abastecido pela primeira vez em dois anos o primeiro navio-petroleiro, um sinal de que o país está a recuperar a produção. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, avança 0,08% para 52,99 dólares.

Ouro sobe, mas tendência é negativa

O ouro valorizou esta sexta-feira, mas prepara-se para registar mais uma perda semanal. Apesar do metal amarelo subir 0,42% para 1.133,12 dólares esta sessão perde 0,16% desde o início da semana. Prepara-se para a sétima quebra semanal consecutiva, a pior sequência em 12 anos, segundo dados coligidos pela Bloomberg. "A perspectiva de um cenário de subida das taxas de juro irá conferir valor ao dólar e isso coloca uma tremenda pressão no ouro", considerou Erik Tatje, estratego da RJO Futures, à Bloomberg.

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