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Fecho dos mercados: Bolsas indefinidas com os olhos na Catalunha, petróleo em alta

As bolsas europeias terminaram a sessão sem uma tendência definida, numa altura em que se aguarda para perceber se a Catalunha vai declarar unilateralmente a sua independência. Já os preços do petróleo estão em alta.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 0,05% para 5.408,81 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,01% para 390,16 pontos

S&P 500 valoriza 0,11% para 2.547,52 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,0 pontos-base para os 2,394%

Euro sobe 0,54% para 1,1804 dólares

Petróleo sobe 1,85% para 56,82 dólares por barril em Londres

  

Bolsas sem tendência à espera da Catalunha

Numa altura em que as atenções dos investidores continuam voltadas para a Catalunha, as principais bolsas europeias fecharam sem uma tendência definida. Os mercados aguardam para perceber se será ou não declarada unilateralmente a independência da Catalunha e as consequências que isso terá. Além disso, aguarda-se também a publicação das minutas da última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, onde foi determinado o início da redução do balanço do banco central. Este documento será conhecido esta quarta-feira. O índice europeu de referência, o Stoxx600, cedeu 0,01% para os 390,16 pontos.

 

A bolsa nacional fechou com uma queda ligeira de 0,05% para os 5.408,81 pontos. O Banco Comercial Português (BCP) foi o principal responsável por este saldo negativo. Cedeu 2,58% para os 0,2415 euros. Também a Galp Energia se destacou pela negativa. Cedeu 0,4% para os 15,025 euros. O sector da pasta e papel voltou a brilhar. A Semapa somou 3,14% para os 16,82 cêntimos, no dia em que passou a fazer parte das balas de prata do Haitong.

 

Juros da dívida a 10 anos abaixo dos 2,4%

Os juros da dívida portuguesa registaram desempenhos diferentes nos distintos prazos. Na maturidade de referência, a 10 anos, os juros desceram 1,0 pontos-base para os 2,394%. Já no prazo a dois anos, subiram 2,8 pontos-base para os -0,003%. Um desempenho que ocorreu num dia em que todas as atenções estão voltadas para a Catalunha. A dívida alemã a 10 anos também aliviou, mas menos, o que levou o prémio de risco da dívida portuguesa a descer para 195,25 pontos.

 

Euribor voltam a manter-se a três e seis meses

As taxas Euribor voltaram a registar desempenhos diferentes nos distintos prazos. A taxa a três meses, que está em valores negativos desde Abril de 2015, voltou a ficar inalterada pela quinta sessão nos -0,329%, ligeiramente acima do mínimo histórico de -0,332%. Já a Euribor a seis meses, que serve de indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, também ficou estável nos -0,274%. A taxa a nove meses subiu para -0,221%, enquanto a Euribor de mais longo prazo, a 12 meses, caiu para um novo mínimo histórico nos -0,181%.

 

Euro acima de 1,18 dólares

A moeda única europeia segue a valorizar face ao dólar, a negociar acima da barreira de 1,18 dólares. O euro avança 0,54% para 1,1804 dólares, numa semana marcada por discursos de vários responsáveis dos principais bancos centrais mundiais e pela divulgação das minutas da Reserva Federal dos EUA. A expectativa é que o Banco Central Europeu anuncie no encontro de Outubro a redução do seu programa de compra de activos, a partir de 2018. Já nos EUA, a Fed deverá indicar mais uma subida de juros, este ano.


Petróleo dispara à espera de maiores cortes

A expectativa que os maiores produtores de petróleo do mundo deverão estender os cortes de produção está a suportar as cotações do petróleo. O WTI, negociado no mercado de Nova Iorque, segue a valorizar 2,6% para 50,87 dólares por barril, enquanto o Brent, em Londres, escala 1,85% para 56,82 dólares. Estas fortes subidas estão a ser suportadas pelas declarações do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo, que adiantou que mais países poderão juntar-se ao acordo de redução de produção assinado pela OPEP com outros grandes produtores, como a Rússia.

Além disso, há a expectativa que a OPEP vá acordar, em Novembro, a extensão dos cortes além de Março de 2018, com vista a reduzir o nível de oferta no mercado.


Ouro em máximos de duas semanas

A instabilidade que se vive na Catalunha está a reflectir-se numa procura por activos de refúgio. No dia em que se espera que o presidente do governo autonómico da Catalunha (Generalitat), Carles Puigdemont, vá ao parlamento catalão para uma sessão plenária na qual se espera a aprovação, pela maioria parlamentar nacionalista, de uma declaração unilateral de independência, os preços do ouro seguem a negociar em máximos de duas semanas. O metal precioso sobe 0,8% para 1.295,60 dólares por onça, com os investidores a aguardarem por novos desenvolvimentos em Espanha.

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