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Fecho dos mercados: Bolsas europeias e petróleo somam na sessão mas perdem na semana

A semana acabou com uma nota positiva para os mercados acionistas e de petróleo. Contudo, o panorama semanal não é tão risonho: a matéria-prima teve mesmo a semana com as maiores quebras desde julho.

Europa em queda apesar do aumento da confiança dos empresários alemães
04 de Outubro de 2019 às 17:35
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Os mercados em números

PSI-20 somou 0,34% para 4.865,83 pontos

Stoxx 600 avançou 0,73% para os 380,22 pontos

S&P500 sobe 0,88% para 2.936,32 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 0,5 pontos base para os 0,136%

Euro valoriza 0,10% para os 1,0976 dólares

Petróleo em Londres avança 1,37% para os 58,50 dólares por barril


Bolsas europeias recuperam mas perdem na semana

As principais praças europeias fecharam a semana alinhadas no verde. O índice que agrega as 600 maiores cotadas, o Stoxx600, subiu 0,73% para os 380,22 pontos. As cotadas do setor das tecnológicas foram as que mais ganharam, somando mais de 1%.

O bom momento vive-se na Europa num dia em que a hipótese de uma saída sem acordo do Reino Unido parece menos provável. Depois de o primeiro-ministro ter apresentado um plano alternativo para o Brexit, circula a informação de que Boris Johnson  pretende remeter uma carta para Bruxelas a solicitar aos líderes europeus um novo adiamento da data para o Brexit caso o seu plano não mereça a aprovação de Bruxelas. Também os dados positivos relativos ao mercado laboral norte-americano reforça o otimismo dos investidores quanto à robustez da maior economia mundial.

O PSI-20 somou 0,86% para 4.907,87 pontos, impulsionado sobretudo pelas cotadas do setor energético.

 

Juros de Portugal aliviam pela terceira semana

Em Portugal os juros da dívida a dez anos recuaram 0,5 pontos base para os 0,136%, no dia em que a agência de notação financeira canadiana Dominion Bond Rating Service (DBRS) poderá pronunciar-se sobre a classificação da dívida de Portugal. É a terceira semana consecutiva de alívio para os juros nacionais.

Neste momento, a DBRS tem a dívida de longo prazo de Portugal no penúltimo nível da categoria de investimento de qualidade (BBB), ou seja, dois graus acima de "junk" (categoria de investimento especulativo), tal como a S&P e a Fitch. Já a Moody’s coloca Portugal no último nível de investimento de qualidade, mas poderá colocar a dívida soberana no mesmo patamar que as restantes agências já na próxima reunião, agendada para 22 de novembro.

Zigue-zague da economia nos EUA tira força ao dólar

A moeda única europeia valoriza 0,10% para os 1,0976 dólares, num dia em que foi divulgado que a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para mínimos de 50 anos, cifrando-se nos 3,5%, em setembro. Já no setor privado o número de postos de trabalho criados ficou aquém do esperado, somando-se a outros dados económicos desfavoráveis que têm vindo a ser conhecidos nos últimos dias. A agravar os receios quanto à pujança da economia norte-americana está a recém-lançada disputa comercial com a Europa.

Os números levam os investidores a acreditar que exista um novo corte na taxa de juro diretora ainda este mês, na sequência da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, marcada para os dias 29 e 30 de outubro. O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, discursa hoje no evento "Fed listens", promovido pela Fed de Washington.

Petróleo avança mas tem maior quebra semanal desde julho
O barril de Brent segue a somar 1,37% para os 58,50 dólares, numa altura em que os sinais económicos favoráveis da economia americana permitem uma melhoria das perspetivas em relação à procura. Apesar do registo positivo desta sexta-feira, o acumular da semana mostra uma perda de 5,44%, a quebra mais acentuada desde a semana que terminou a 19 de julho. Os riscos de diminuição da procura que foram levantados durante a semana, com a imposição de sanções dos Estados Unidos à Europa e dados menos favoráveis da economia americana. 

Ouro perde no dia, ganha na semana

A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para mínimos de 50 anos, o suficiente para que as cotações do ativo-refúgio aliviassem 0,15% para os 1.502,94 dólares. No conjunto da semana, ainda assim, o metal amarelo regista um ganho de 0,71%, acompanhando as tensões comerciais cujo apogeu aconteceu na quarta-feira, com a imposição de tarifas da parte dos Estados Unidos à Europa.

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