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Fecho dos mercados: Bolsas europeias com primeira subida em cinco sessões. Matérias-primas recuperam

As bolsas europeias respiraram esta quinta-feira de alívio depois de quatro sessões de quedas por causa da turbulência na Turquia. Tanto a lira como as matérias-primas recuperaram.

16 de Agosto de 2018 às 17:16
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Fecho dos mercados
PSI-20 subiu 1,29% para 5.487 pontos
Stoxx 600 somou 0,46% para 381,43 pontos
S&P 500 valoriza 0,94% para 2.844 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,7 pontos base para 1,853%
Euro recua 0,37% para 1,1397 dólares
Petróleo, em Londres, sobe 0,54% para 71,13 dólares por barril

Dia de alívio nas bolsas europeias
Depois de fortes quedas desde a passada sexta-feira, as bolsas europeias recuperaram na sessão desta quinta-feira, dia 16 de Agosto. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,46% para os 381,43 pontos. Esta foi a primeira subida do índice europeu em cinco sessões.

As praças europeias seguiram também em terreno positivo, com todos os sectores a recuperar face à sessão anterior, em particular o sector tecnológico e do imobiliário que somaram mais de 1%.

O mesmo aconteceu na bolsa nacional, com o PSI-20 a subir 1,29% para os 5.487 pontos, registando a maior subida diária em mais de mês e meio. Apenas uma cotada ficou inalterada, a EDP, sendo que todas as outras valorizaram. A subida mais expressiva foi da Navigator, que recuperou assim das quedas significativas que tinha registado por causa da taxa de 37% sobre as suas vendas nos EUA.

Juros de Itália aliviam, mas acima dos 3%
Os juros italianos estão a aliviar depois de a crise turca ter pressionado os títulos de dívida do país. A taxa de juro a dez anos alivia cinco pontos base para os 3,119%, ainda acima da barreira psicológica dos 3%. Além disso, nesta sessão os juros chegaram a renovar máximos de 29 de Maio, o pico da crise política em Itália.

No mesmo prazo, em Portugal, os juros subiram ligeiramente: mais 0,7 pontos base para os 1,853%, atingindo máximos de mês e meio. Já os juros a dez anos de Espanha deslizaram 0,6 pontos base para os 1,444% e os da Alemanha agravaram-se 1,2 pontos base para os 0,316%.

Euribor sobe a nove meses
A taxa Euribor subiu a nove meses e manteve-se inalterada nos restantes prazos esta quarta-feira. A Euribor a nove meses subiu 0,001 pontos para os -0,206%. Já a taxa a três meses continuou nos -0,319% pela décima quarta sessão consecutiva, a seis meses nos -0,266% e a doze meses nos -0,166%.

Lira recupera parcialmente das perdas
Depois da tempestade, a bonança chegou na terça-feira com a divisa turca a inverter a sua tendência, depois de uma queda de quase 40% face ao dólar para mínimos nunca antes vistos. Com a promessa do Qatar de um investimento de 15 mil milhões de euros no sistema financeiro turco e o apoio da Alemanha, a lira continua a recuperar, acumulando já três sessões consecutivas de ganhos.

Apesar desta recuperação, a lira continua abaixo dos níveis que se registavam antes de sexta-feira, o dia em que esta crise se acentuou depois de os EUA decidirem duplicar a taxa aduaneira do aço e alumínio turco como resposta à recusa da Turquia em libertar um pastor norte-americano. Na sessão de hoje, a lira está a subir 2,84% para os 0,1736 dólares, mas já chegou a somar quase 4%, aproximando-se dos níveis anteriores de 0,18 ou 0,19 dólares.

Já o euro ganha terreno face à nota verde. A divisa europeia sobe 0,37% para os 1,1387 dólares. Ainda assim, o euro mantém-se em mínimos de um ano.

Petróleo calmo depois de queda de 2%
O barril está a subir ligeiramente na sessão desta quinta-feira, depois das quedas expressivas da sessão anterior. O preço do petróleo tinha afundado depois de as reservas norte-americanas terem subido de forma inesperada, contra as expectativas dos analistas. Hoje o mercado está mais calmo após se saber que os EUA e a China vão retomar as negociações comerciais no final deste mês.

Em Londres, o barril de petróleo está a subir 0,5% para os 71,13 dólares e em Nova Iorque segue com uma valorização semelhante de 0,54% para os 65,37 dólares.

Goldman Sachs dá um empurrão ao cobre
As "commodities" (matérias-primas) estão a recuperar das pesadas perdas da sessão anterior. A ajudar está o aligeirar do confronto entre EUA e China, assim como a queda do dólar e a aposta do Goldman Sachs no cobre. O metal está a subir 1,6% para os 5.892,50 dólares por tonelada, após ter registado uma queda de 4% esta quarta-feira. O mesmo está a acontecer com o ouro, que recupera 0,4% para os 1.179,53 dólares por onça.
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