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Fecho dos mercados: Bolsas em queda em dia de eleições nos EUA. Petróleo desliza mais de 2%
As bolsas europeias fecharam com quedas ligeiras, numa sessão marcada pelas eleições intercalares nos EUA e por dados económicos na Zona Euro. O petróleo está a perder mais de 2%, ao passo que o dólar segue pouco alterado. Já a volatilidade do ouro está em máximos de 21 meses.
Os mercados em números
PSI-20 caiu 0,2% para 4.977,68 pontos
Stoxx 600 desceu 0,26% para 362,55 pontos
S&P 500 valoriza 0,32% para 2.747,17 pontos
"Yield" 10 anos de Portugal sobe 1,5 pontos base para 1,899%
Euro soma 0,09% para 1,1417 dólares
Petróleo desce 2,06% para 71,66 dólares por barril, em Londres
Indicadores económicos e eleições dos EUA pressionam Europa
As bolsas europeias encerraram com quedas ligeiras. A penalizar a negociação bolsista estão dados económicos, que revelam que o crescimento das empresas na Zona Euro atingiu um mínimo de dois anos, em parte devido às tensões comerciais, salienta a Reuters. "As empresas da Zona Euro reportaram um arranque do quarto trimestre desapontante", salienta Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.
O diferendo entre Itália e a Comissão Europeia sobre o Orçamento do Estado continua a marcar a agenda e a introduzir alguma instabilidade nos mercados.
Mas hoje, o dia está a ser marcado por um outro evento com potenciais impactos nos mercados mundiais: as eleições intercalares dos EUA.
A Reuters realça que a incerteza sobre as eleições intercalares é compreensível, uma vez que o S&P500 valorizou 25% desde Novembro de 2016, quando Donald Trump venceu as eleições para a Casa Branca. Nos últimos 64 anos não se verificou uma subida tão acentuada no comando de um presidente americano.
Se os Republicanos ficarem com a maioria na Câmara dos Representantes, é provável que as acções subam com a esperança de que sejam introduzidos mais cortes de impostos, mas se os Democratas ficarem com a Câmara e o Senado pode haver um "sell-off" acentuado, salienta a Reuters.
Por outro lado, a atenuar a pressão sobre as bolsas está a expectativa de que seja alcançado um acordo comercial entre os EUA e a China. O vice-presidente da China, Wang Qishan, afirmou que Pequim está preparada para encetar negociações e trabalhar com os EUA para resolver as disputas comerciais. A Reuters adianta que altos representantes das duas maiores economias do mundo deverão encontrar-se, em Washington, esta sexta-feira, 9 de Novembro.
O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, recuou 0,26%. Já o PSI-20 cedeu 0,20%, numa sessão em que o sector do retalho foi determinante para o desempenho.
Juros sobem na Europa
Os indicadores económicos, que apontam para um abrandamento da economia da Zona Euro, e a discussão em torno de Itália estão a condicionar a negociação dos juros da dívida na Europa. A taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Portugal sobe 1,5 pontos base para 1,899%, enquanto a subida da dívida italiana é mais expressiva (7,4 pontos). Neste cenário nem os juros da Alemanha escapam, ainda que com menor dimensão, com a "yield" a avançar 0,7 pontos para 0,433%.
Taxas Euribor sobem a três meses e caem nos restantes prazos
As taxas Euribor caíram esta terça-feira na generalidade dos prazos. A excepção foi na taxa a três meses, que subiu. A Euribor a três meses subiu para -0,317%. Enquanto a taxa a seis meses desceu para os -0,258%, a Euribor a nove meses caiu para -0,197% e a taxa a 12 meses recuou para -0,149%.
Dólar oscila ao sabor das eleições
A nota verde está a negociar sem uma direcção definida, a flutuar entre ganhos e perdas. Tanto as subidas como as descidas estão a ser pouco acentuadas, num dia em que os investidores reduziram a sua exposição devido às eleições intercalares nos EUA.
A contrastar com esta incerteza que pesa sobre a moeda norte-americana, a moeda única europeia está a ser sustentada pelo aumento inesperado, pelo segundo mês consecutivo, das encomendas às fábricas na Alemanha – num sinal de que a maior economia europeia está a caminho de recuperar a dinâmica de crescimento neste final de ano. O euro segue assim a somar 0,09% face à divisa norte-americana, para 1,1417 dólares.
Petróleo recua mais de 2% para mínimos de Agosto
O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a ceder 2,06% para 71,66 dólares, atingindo mínimos de Agosto, a aliviar da pressão provocada pelas novas sanções americanas ao Irão, isto depois de os EUA terem dado permissão a oito países para continuarem a comprar crude iraniano. Estas excepções às restrições são temporárias e incluem a China, Itália, Índia, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia. Ao mesmo tempo, as estimativas apontam para um novo aumento das reservas de petróleo dos EUA, que, a confirmar-se, será o sétimo consecutivo.
Volatilidade do ouro em máximos de 21 meses
A incerteza dos investidores em relação aos resultados das eleições intercalares nos Estados Unidos e ao ritmo de subida das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana atirou a volatilidade dos futuros do ouro para máximos de 21 meses.
Um barómetro que mede as oscilações mensais dos preços subiu para o mais alto nível desde Janeiro de 2017, numa altura em que há sondagens que dizem que os democratas irão recuperar o controlo da Câmara dos Representantes, mantendo-se os republicanos em maioria no Senado.
As cotações do ouro para entrega em Dezembro seguem a ceder 0,20% no mercado nova-iorquino, para 1.230,30 dólares por onça, depois de já terem estado hoje a subir 0,40%.