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Fecho dos mercados: Bolsas em alta e juros de Portugal mantêm-se abaixo dos de Itália

As bolsas europeias terminaram a valorizar, impulsionadas pelo progresso alcançado na reforma fiscal nos EUA. Já os juros continuam a renovar mínimos de 2015, após a melhoria de “rating” da Fitch.

Miguel Baltazar
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,8% para 5.428,89 pontos

Stoxx 600 ganhou 1,15% para 392,66 pontos

S&P 500 ganha 0,68% para 2.693,88 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 6,1 pontos base para 1,779%

Euro valoriza 0,44% para 1,1801 dólares

Petróleo em Londres aprecia 0,43% para os 63,50 dólares por barril


Reforma fiscal nos EUA puxa pelas bolsas

As bolsas europeias encerraram a primeira sessão da semana a valorizar, suportadas pela expectativa que sejam realizados avanços na aprovação da reforma fiscal nos EUA. O Stoxx 600 subiu 1,15%, depois de ter sido noticiado este fim-de-semana que responsáveis do partido Republicano admitiram esperar que o Congresso aprove a nova lei fiscal esta semana, estando a votação no Senado prevista para terça-feira. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá assinar a legislação no final da semana.

Os progressos no plano de Trump estão também a animar as bolsas norte-americanas, que estão a renovar novos recordes, depois de na última sexta-feira terem também negociado em máximos históricos.

Em Lisboa, o PSI-20 somou 0,8%, suportado pela subida do BCP. O banco liderado por Nuno Amado subiu perto de 1% para 26,5 cêntimos. Uma nota positiva ainda para o sector da energia. A Galp avançou 0,81% para 15,625 euros, num dia de ganhos para a matéria-prima. Já a EDP Renováveis somou mais de 2% para 6,86 euros. Em destaque estiveram ainda as empresas do sector da pasta e do papel. A Semapa valorizou 2,56% para 18,205 euros, enquanto a Navigator avançou 1,92% para 4,417 euros. Já a Altri ganhou 0,92% para 5,482 euros.

Juros de Portugal afastam-se de Itália

Os juros da República Portuguesa continuam a renovar novos mínimos, com a taxa a dez anos de Portugal a afastar-se da "yield" italiana, depois de na última sexta-feira ter negociado pela primeira vez desde 2010 abaixo da taxa transalpina. O juro a dez anos de Portugal segue a recuar 6,1 pontos base para 1,779%, enquanto a taxa italiana segue a recuar 1,1 pontos na mesma maturidade para 1,801%. Esta correcção das taxas de Portugal surge depois da Fitch ter melhorado o "rating" do país em dois níveis, de ‘BB+’ para ‘BBB’, para aquele que é considerado o penúltimo grau de investimento. Já o outlook passou de "positivo" para "estável".

A justificar a decisão de melhoria esteve, segundo a agência, a descida operada da dívida pública e a previsível queda deste indicador nos próximos anos, bem como uma situação de maior estabilidade da banca. A subida do rating e a classificação da dívida portuguesa como activo de investimento por parte de duas das grandes agências de notação (primeiro a S&P em 15 de Setembro e agora a Fitch) colocou as obrigações portuguesas no "radar dos maiores fundos de investimento tanto particulares como soberanos", aumentando "tanto a visibilidade como de facto a inclusão da dívida em muitos desses mesmos fundos", disse ao Negócios o chefe da equipa de "research" da Orey iTrade, José Lagarto.

Na sexta-feira, os juros a dez anos de Portugal atingiram pela primeira vez em quase oito anos um nível inferior às “yields” de Itália. O juro de Portugal atingiu um novo mínimo de 2015.

A retoma do investimento (público e privado) não foi a mais forte em Portugal, mas a aceleração este ano colocou-o a crescer bem mais do que o italiano. Para 2018, a previsão também é de um reforço maior em Portugal.

Depois de ter atingido valores muito mais elevados do que em Itália, o desemprego em Portugal tem recuado a um ritmo forte e já voltou a estar abaixo do italiano.

Embora sejam duas economias a quem são identificados entraves ao crescimento, desde 2013 que Portugal tem crescido mais rápido do que Itália.

O perfil de crescimento das exportações até é semelhante entre os dois, mas desde a entrada da troika que a venda de bens e serviços tem avançado muito mais rápido em Portugal.

Portugal tem hoje um défice orçamental mais baixo do que Itália. Desde 1997 que o nosso saldo orçamental vinha sendo sempre mais negativo.

A subida da dívida portuguesa foi muito mais fulgurante do que a italiana. Contudo, já entrou numa trajectória descendente, enquanto a italiana está quase estagnada.


Dólar em queda com tomada de mais-valias

A moeda norte-americana segue a desvalorizar, esta segunda-feira, face às principais divisas negociadas. Isto numa altura em que se mantém a expectativa em torno da reforma fiscal nos Estados Unidos. Na semana passada, após várias semanas de negociações, as duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos alcançaram um acordo de princípio sobre esta reforma fiscal. E prevê-se que hoje aconteça a discussão da versão final no Senado. A votação poderá ocorrer já hoje, ou então na terça-feira, sendo que a votação na Câmara dos representantes será um dia depois. Os "traders" contactados pela Bloomberg acreditam que a queda do dólar esta segunda-feira esteja relacionada com a tomada de mais-valias, ou seja, "compre no rumor, venda no facto". O índice do dólar constituído pela Bloomberg desce 0,32% para os 1.168,30 pontos, depois de já ter chegado a perder 0,46%.

Problemas em "pipeline" do Mar do Norte anima petróleo

Os preços do petróleo seguem a negociar em alta, nos mercados internacionais, pela segunda sessão consecutiva. Um desempenho que é justificado pelos problemas que se registam num dos mais importantes "pipelines" do mundo, no Mar do Norte, pela segunda semana. Ao mesmo tempo, as apostas dos gestores de fundos de cobertura de risco ("hedge-funds") na subida dos preços da matéria-prima atingiram um recorde, segundo a Bloomberg. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) sobe 0,26% para os 57,45 dólares por barril, enquanto em Londres, o Brent do Mar do Norte aprecia 0,43% para os 63,50 dólares por barril.

Cobre sobe num contexto positivo para os metais

A maioria dos metais industriais segue a valorizar, isto depois de terem registado o maior ganho semanal em dez semanas. A impulsionar estes ganhos estão os sinais de melhoria no crescimento económico de importantes regiões como a China, a Europa e os Estados Unidos. Perspectivas que contribuem para a expectativa de uma maior procura. Além disso, os bancos de investimento têm vindo a referir que os factores positivos que têm contribuído para a subida dos preços deverão manter-se em 2018. O cobre segue a valorizar 0,2% para os 6.897 dólares por tonelada métrica, depois de ter apreciado quase 5% na semana passada.

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