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Fecho dos mercados: Bolsas aceleram, com euro abaixo de 1,04 dólares

As bolsas europeias estiveram a valorizar esta terça-feira, numa sessão marcada por várias notícias de movimentos de fusões e aquisições que animaram a negociação. Já o euro está a renovar mínimos de Janeiro de 2003.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
20 de Dezembro de 2016 às 17:19
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Os mercados em números

PSI-20 valorizou 0,82% para 4.658,10 pontos

Stoxx 600 subiu 0,48% para 361,32 pontos

S&P 500 ganha 0,23% para 2.267,65 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 1,4 pontos base para 3,744%

Euro desce 0,21% para 1,0380 dólares

Brent ganha 1,66% para 55,83 dólares por barril

 

Bolsas em máximos de 11 meses

As praças europeias regressaram aos ganhos esta terça-feira, com os índices a subirem pela terceira vez em quatro dias, numa sessão marcada pela actividade de fusões e aquisições. O europeu Stoxx 600 ganhou 0,48%, avançando para máximos de 11 meses, à medida que aumenta o optimismo dos analistas para o crescimento dos resultados na região em 2017. A sustentar os ganhos estiveram várias notícias de movimentos de concentração. O britânico Lloyds comprou o negócio de cartões de crédito do Bank of America no Reino Unido, enquanto a Mediaset disparou 18%, depois de a Vivendi ter adiantado que quer aumentar a posição na empresa italiana.

Em Lisboa, o dia foi igualmente de ganhos. O PSI-20 somou 0,82%, suportado pelas subidas da Galp Energia e do BCP. A petrolífera valorizou 1,83% para 14,155 euros, enquanto o banco liderado por Nuno Amado, que caiu mais de 2% no arranque da semana, fechou a apreciar 1,55% para 1,14 euros. Uma nota positiva ainda para a Navigator. A papeleira ganhou 1,78% para 3,266 euros, sustentada pela valorização do dólar face ao euro.

Juros corrigem e reduzem "spread"

Os juros exigidos pelos investidores para comprar títulos de dívida portuguesa em mercado secundário estiveram a corrigir esta terça-feira. A taxa de referência a dez anos caiu 1,4 pontos base para 3,744%, num dia dominado pelo maior optimismo em torno da banca italiana, após o governo transalpino ter adiantado que vai propor a aprovação de um fundo de 20 mil milhões de euros para o sector financeiro do país. O diferencial face à dívida alemã também desceu para 347,5 pontos base.

Euribor a três meses inalterada

As taxas Euribor desceram a seis e nove meses e mantiveram-se a três e a 12 meses em relação a segunda-feira. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, foi hoje fixada em -0,218%, menos 0,002 pontos do que na sessão anterior. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a ser fixada em -0,313%, depois de ter atingido um novo mínimo, de -0,318%, a 08 de Dezembro.

Euro abaixo de 1,04 dólares

O euro continua a perder terreno face ao dólar, com a moeda europeia a negociar abaixo da barreira de 1,04 dólares e a renovar mínimos de 14 anos. A penalizar a divisa continua a perspectiva de subida de juros nos Estados Unidos e continuação da política monetária expansionista na Zona Euro. O euro segue a recuar 0,21% para 1,0380 dólares, tendo esta manhã tocado num mínimo de Janeiro de 2003, nos 1,0352 dólares. Operadores citados pela Bloomberg dão conta que a fraca liquidez que caracteriza este período de Natal também está a contribuir para acentuar a força do dólar contra as principais divisas mundiais. Nas últimas seis sessões, o euro apenas numa delas ganhou terreno face ao dólar.

Petróleo sobe pela terceira sessão

Os preços do petróleo seguem a valorizar pela terceira sessão consecutiva, com as cotações a ganharem mais de 1% nos mercados internacionais. O WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,11% para 52,70 dólares por barril, enquanto o Brent, em Londres, ganha 1,66% para 55,83 dólares, com os analistas a anteciparem uma quebra das reservas de crude nos Estados Unidos, na última semana. As estimativas da Bloomberg antecipam que seja divulgada amanhã uma quebra dos inventários de crude de 2,5 milhões de barris.

Ouro próximo de mínimos de 10 meses

Os preços do ouro seguem a negociar próximos do valor mais baixo desde Fevereiro, com a subida do dólar e a perspectiva de subida de juros nos EUA a reflectirem-se numa menor atractividade do metal precioso. As cotações do ouro seguem a cair 1,2% para 1.128,90 dólares, depois dos ataques terroristas na Turquia e em Berlim terem acelerado a procura pelo dólar, como um activo de refúgio.

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