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Fecho dos mercados: Acções europeias completam pior mês em quase dois anos

As bolsas europeias fecham Fevereiro com uma descida de 4%. O mês também é de perdas para o petróleo e para o euro, que regista uma queda mensal pela primeira vez desde Outubro.

Reuters
28 de Fevereiro de 2018 às 17:15
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Os mercados em números

PSI-20 encerrou inalterado em 5.468,21 pontos

Stoxx 600 recuou 0,71% para 379,63 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,19% para 2.739,16 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos desceram 2,4 pontos base para 1,991%

Euro desliza 0,15% para 1,2215 dólares

Petróleo desvaloriza 1,62% para 65,55 dólares, em Londres

Acções europeias vivem pior mês desde Junho de 2016

As bolsas europeias encerraram em queda esta quarta-feira, 28 de Fevereiro, pela segunda sessão consecutiva, com o Stoxx600 a completar a maior desvalorização mensal desde Junho de 2016. A queda acumulada foi de 4%, num mês marcado pelos receios em torno da inflação nos Estados Unidos e das suas consequências ao nível da política monetária.

 

A perspectiva de uma subida mais rápida dos juros nos Estados Unidos intensificou-se ontem, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter garantido que, "pessoalmente", as suas estimativas para a economia norte-americana reforçaram-se desde Dezembro.

 

Na sessão de hoje, o índice de referência para a Europa 0,71% para 379,63 pontos. O português PSI-20 encerrou inalterado em 5.468,21 pontos, com a subida do BCP a compensar a descida da Jerónimo Martins. 

 

Juros caem com recuo da inflação
Os juros da dívida da generalidade dos países do euro desceram, depois de ter sido divulgado, esta manhã, que a taxa de inflação na Zona Euro desceu de 1,3% em Janeiro para 1,2% em Fevereiro, alimentando a convicção de que o BCE vai ser cauteloso na retirada dos estímulos. 

Em Portugal, a 'yield' associada às obrigações a dez anos desceu 2,4 pontos base para 1,991%, enquanto em Espanha o alívio foi de 2,7 pontos para 1,539%. Na Alemanha, os juros recuaram 2,3 pontos para 0,656%. 

 

Fevereiro traz ganhos ao dólar e perdas ao euro

O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres mundiais está a valorizar esta quarta-feira, animado pelas perspectivas positivas para a economia norte-americana apresentadas pelo presidente da Fed, Jerome Powell, que alimentaram a especulação de que a autoridade monetária poderá acelerar a normalização da política monetária.

 

O saldo do mês também é positivo para o dólar: a divisa dos Estados Unidos prepara-se para completar a primeira valorização mensal desde Outubro, com um ganho acumulado superior a 1,5%.

 

Pelo contrário, o euro fecha o mês em queda, numa altura em que, no bloco europeu, a inflação baixa continua a não dar argumentos para uma mudança nos planos do BCE de uma retirada mais acelerada dos estímulos à economia.

 

Nesta altura, a moeda única europeia cai 0,15% para 1,2215 dólares.

 

Euribor sobem a três e seis meses e mantêm-se a nove e 12 meses

As taxas Euribor subiram hoje a três e seis meses e mantiveram-se a nove e a 12 meses, em relação a terça-feira.

 

No prazo a três meses, a subida foi de 0,001 pontos percentuais para -0,327%, enquanto no prazo a seis meses – a taxa mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação – o aumento foi igualmente de 0,001 pontos percentuais para -0,270%.

 

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,222% pelo terceiro dia e no prazo de 12 meses voltou a ser fixada em -0,191%.


Petróleo a caminho da primeira queda mensal desde Agosto

O petróleo prepara-se para completar, esta sexta-feira, a primeira desvalorização mensal desde Agosto do ano passado, numa altura em que a matéria-prima está a ser penalizada pelo crescimento da produção norte-americana, e pelas perspectivas de que esse crescimento se vai reforçar tornando os Estados Unidos no maior produtor mundial, à frente da Rússia.  

 

As descidas foram acentuadas pelos dados, divulgados esta quarta-feira, que mostram que as reservas norte-americanas aumentaram em 3,02 milhões de barris na semana passada, acima do que era esperado pelos analistas. A impulsionar esta expansão esteve mais um aumento da produção doméstica para um novo recorde.  

 

Os números dão ainda mais suporte às expectativas da Agência Internacional de Energia, que antecipou, esta semana, que o crescimento da produção norte-americana vai colocar o país no lugar de maior produtor do mundo já em 2019, se não mesmo este ano.

 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 1,84% para 61,85 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, desvaloriza 1,62% para 65,55 dólares. A matéria-prima prepara-se para fechar o mês com uma descida acumulada em torno de 4%.  

Ouro e prata com ganhos ligeiros

O ouro está a negociar em alta ligeira, depois de ter caído mais de 1% na sessão de ontem. Apesar do sinal positivo, o balanço do mês é "vermelho" para o metal precioso, que se prepara para registar a maior descida mensal desde Setembro. O ouro segue penalizado pelas perspectivas de que a Fed poderá acelerar a subida dos juros, um movimento que retira atractividade ao metal precioso.

 

Nesta altura, o ouro ganha 0,03% para 1.318,71 dólares, enquanto a prata valoriza 0,17% para 16,4562 dólares.

 

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