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Fecho dos mercado: Juros em queda depois do BCE e antes da Fitch

Os juros da dívida pública portuguesa estão a descer no mercado secundário, depois do BCE ter confirmado as indicações já dadas em Outubro em relação ao programa de compra de activos e numa altura em que o mercado aguarda pela decisão da Fitch.

Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,51% para 5.356,12 pontos

Stoxx 600 caiu 0,46% para 388,90 pontos

S&P 500 ganha 0,05% para 2.664,19 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 6 pontos base para 1,825%

Euro desvaloriza 0,44% para 1,1774 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,77% para 62,92 dólares por barril

Bolsas europeias caem em dia de decisões dos bancos centrais

As principais praças bolsistas da Europa negociaram em queda na sessão desta quinta-feira, 14 de Dezembro. O PSI-20 perdeu 0,51% para 5.356,12 pontos e o índice de referência europeu Stoxx 600 recuou 0,46% para 388,90 pontos, no segundo dia consecutivo de quedas para ambos os índices.

 

A excepção do dia foi o principal índice bolsista grego (FTASE) que somou mais de 2% já depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter confirmado o prolongamento do programa mensal de compra de activos pelo menos até Setembro do próximo ano.

 

A negociação na Europa ficou ainda marcada pela decisão do BCE que manteve inalterada a taxa de juro directora da região do euro. O Banco de Inglaterra também revelou esta quinta-feira que o custo do dinheiro continua inalterado no Reino Unido.

 

Em Lisboa, a Jerónimo Martins e a EDP foram as cotadas que mais pressionaram. A retalhista caiu 2,01% para 15,85 euros, tendo negociado em mínimos de 22 de Novembro, enquanto a eléctrica perdeu 1,13% para 2,897 euros. 

Juros em queda após BCE e antes da Fitch

Depois do Banco Central Europeu ter confirmado as indicações já dadas em Outubro em relação ao programa de compra de activos e numa altura em que o mercado aguarda pela decisão da Fitch, os juros da dívida pública portuguesa estão em queda no mercado secundário. A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si baixam 6 pontos base para 1,825%.

As taxas de juro centrais na Zona Euro manter-se-ão nos níveis actuais pelo menos até final do próximo ano e provavelmente até bem dentro de 2019, e o programa de compra de activos continuará pelo menos até Setembro de 2018 mas o volume mensal de compras baixará de 60 para 30 mil milhões de euros já em Janeiro. Esta é a orientação de política que o BCE deixou no final de Outubro, e que em larga medida é reafirmada no comunicado que se seguiu à reunião de 14 de Dezembro, a última de 2017.

Amanhã, e depois da S&P ter há dois meses surpreendido o mercado em Setembro ao subir o rating de Portugal, a Fitch poderá pronunciar-se sobre a dívida nacional e seguir o caminho da homóloga, retirando Portugal do grau de investimento especulativo ("lixo").


Mas não são só os juros de Portugal que estão em queda. Os juros de Itália a dez anos recuaram 0,3 pontos base para 1,794%. Os de Espanha desceram 5 pontos base para 1,447%. E os da Alemanha subiram 0,2 pontos base para 0,316%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 152,1 pontos.


Euro derrapa face ao dólar

A moeda da Zona Euro está a perder terreno face ao dólar, numa altura em que os investidores continuam a dar sinais de preocupação em torno da inflação na área do euro. Por esta altura, o euro desce 0,44% para 1,1774 dólares.

A recuperação da Zona Euro está a ganhar força e por isso o BCE está mais confiante que a inflação na região vai aumentar de forma sustentada para a sua meta de 2%. Mas, ao mesmo tempo, a verdade é que ainda não há sinais convincentes dessa aceleração dos preços, e mesmo em 2020, a inflação deverá ser apenas de 1,7%.

"O passo rápido de expansão económica e a melhoria significativa nas perspectivas de crescimento" que beneficia do momento cíclico da economia e resultará em melhorias no mercado de trabalho "dão espaço para mais confiança de que a inflação vai convergir em direcção ao nosso objectivo de inflação", definido como um valor próximo, mas a inferior a 2%, afirmou em Frankfurt Mario Draghi.

Euribor sobe a 6 meses e descem a 3,9 e 12 meses

A Euribor a três meses desceu hoje para -0,331%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. A taxa Euribor a seis meses subiu hoje para -0,271%, mais 0,002 pontos do que na sessão anterior. A nove meses, a Euribor desceu hoje para -0,223%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu hoje para -0,192%, mínimo de sempre também registado pela primeira vez em 15 de Novembro.

Petróleo em alta

Os preços do petróleo estão em alta, numa altura em que a Agência Internacional de Energia prevê que 2018 não seja um ano "feliz" para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Com os cortes na produção implementados pelo cartel e pelos seus aliados a Agência de Informação Energética refere que os inventários de petróleo foram reduzidos para o nível mais baixo em dois anos.

Ainda assim, a oferta por parte dos concorrentes, nomeadamente por parte dos produtores norte-americanos, pode aumentar de uma forma mais célere do que a procura no próximo ano, o que pode impedir os esforços da OPEP para travar o excesso de oferta mundial.

O West Texas Intermediate ganha 0,28% para 56,76 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para o mercado nacional, sobe 0,77% para 62,92 dólares por barril.

Ouro pouco alterado

Os preços do ouro nos mercados internacionais está pouco alterado, depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos ter, de facto, procedido à terceira subida dos juros do ano. Esta decisão era já esperada pelo mercado. Esta foi a última decisão de Janet Yellen que deixará em breve a liderança do banco central dos Estados Unidos. O ouro para entrega imediata cede 0,08% para 1.254,44 dólares por onça.

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