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Europa apanha boleia do "rally" em Wall Street e petróleo alivia de máximos
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa fecha em alta à boleia do "rally" em Wall Street
As principais praças europeias terminaram o dia a negociar em alta, em linha com o desempenho em Wall Street, com os três maiores índices dos Estados Unidos a renovarem máximos históricos intradiários.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região - valorizou 0,65% para os 369,58 pontos, com o setor da banca (+1,6%) e das empresas de telecomunicação (+1,3%) a liderarem as subidas. O setor de alimentação e bebidas (+1%) aumentou os seus ganhos, depois da dinamarquesa Unibrew ter elevado as expectativas para as vendas neste ano.
Neste campo, 16 dos 19 setores conseguiram registar ganhos, com o setor de "chemicals" a registar uma liquidez 110% superior à média da média dos últimos 30 dias. Do índice geral, 418 empresas terminaram o dia em alta, enquanto que 171 desvalorizaram.
Os melhores desempenhos foram para a Royal Unibrew (+9,8%), International Consolidated Airlines Group (+7,6%), Nibe Industrier (+7,6%) eGN Store Nord (+6,2%). Na ponta oposta estiveram a Galapagos (-24,3%) e a TGS NOPEC Geophysical (-7,1%).
Juros descem pela quarta sessão com apetite dos investidores
As obrigações soberanas da Zona Euro valorizaram pela quarta sessão, num dia em que os investidoes voltaram a revelar um forte apetite pelo mercado de dívida. A Alemanha aemitiu a 30 anos a taxa negativa num leilão que atraiu procura recorde e o IGCP colocou bilhetes do Tesouro (curto prazo) com taxas mais negativas.
A yield das obrigações portuguesas a 10 anos desce 0,9 pontos base para 0,325% e a taxa das bunds alemãs também cedem 0,9 pontos base para -0,474%.
Euro alivia de máximos
A moeda europeia está a aliviar dos máximos de maio de 2018 fixados na véspera, registando a primeira sessão em queda após seis sempre em alta.
O euro desce 0,23% para 1,1903 dólares numa sessão de tomada de mais-valias em que os investidores estão também a aguardar a publicação das atas da reunião da Reserva Federal do mês passado para ter uma ideia mais concreta da avaliação da Fed sobre a economia e a sua recuperação.
Petróleo alivia de máximos mas queda nas reservas travam descida
Os preços do petróleo seguiam em queda esta quarta-feira, embora a recuperar algum terreno depois da descida mais pronunciada registada após o American Petroleum Institute (API) ter reportado que as reservas de combustível tinham aumentado em cerca de cinco milhões de barris.
Os dados do API levaram a quedas mais acentuadas no ouro negro que foram atenuadas após o Departamento de Energia dos EUA ter divulgado os dados oficiais indicando uma queda de 1,6 milhões de barris nas reservas de crude e um decréscimo de 3,3 milhões de barris nos stocks de gasolina, contrariando o relatório do API e descidas superiores ao esperado pelos analistas.
Ainda assim, os contratos de setembro do West Texas Intermediate (WTI) recuavam 0,44%, para os 42,70 dólares por barril, depois de terem chegado a cair 1,24%, até aos 42,36 dólares.
No mercado londrino, o barril de Brent, de referência para Portugal, para entrega em outubro cotava nos 45,18 dólares, uma descida de 0,62%. Durante a sessão, o crude do Mar do Norte chegou a perder 1,43%, cotando nos 44,81 dólares.
Ouro tomba mais de 2% e perde suporte dos dois mil dólares
Após dois dias de recuperação, tendo ontem regressado a valores acima da fasquia dos dois mil dólares por onça, o preço do ouro cede novamente esta quarta-feira, com uma queda superior a 2%.
O maior apetite pelo risco, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite a atingirem novos máximos históricos, afasta os investidores do metal precioso como ativo refúgio.
As expectativas de que o impasse entre democratas e republicanos sobre novos estímulos à maior economia mundial seja ultrapassado, o foco mudou do ouro para as ações.
Os contratos a pronto (spot) do ouro seguem a recuar 2,20%, para os 1.958,31 dólares por onça.
Bolsas dos EUA pouco alteradas após novos recordes
O índice S&P500 abriu em alta ligeira esta quarta-feira, depois de ter atingido um novo recorde de fecho na sessão de ontem, com uma subida de 0,2% para 3.389,78 pontos. Foram precisos apenas 126 dias para o S&P500 recuperar das perdas do bear market que ocorreu entre 19 de fevereiro e 23 de março, o que traduz a recuperação mais rápida de que há registo.
Nesta altura, o generalista avança 0,05% para 3.391,50 pontos, enquanto o industrial Dow Jones soma 0,08% para 27.808,73 pontos. Já o tecnológico Nasdaq perde 0,08% para 11.202,21 pontos.
Os investidores continuam à espera de fumo branco vindo do Congresso dos Estados Unidos, onde os partidos ainda não chegaram a acordo sobre o novo pacote de estímulos à economia. No entanto, a expectativa é de que poderá haver um entendimento nos próximos dias, depois de a líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ter dito que o partido está disposto a alterar a sua proposta para facilitar um acordo com os republicanos.
Por outro lado, há preocupações crescentes sobre o estado das relações entre a China e os Estados Unidos, depois de o presidente norte-americano Donald Trump ter dito ontem que foi o responsável pelo cancelamento das negociações entre Washington e Pequim, previstas para o passado fim de semana.
"Cancelei as conversações com a China", afirmou Trump esta terça-feira, no Arizona. "Não quero falar com a China neste momento". Questionado sobre se os Estados Unidos pensam retirar-se deste acordo de fase um, o presidente norte-americano disse apenas que "veremos o que vai acontecer".
Os investidores estão também a aguardar a publicação das atas da reunião da Reserva Federal do mês passado para ter uma ideia mais concreta da avaliação da Fed sobre a economia e a sua recuperação.
Em destaque na sessão de hoje está a Momenta Pharmaceuticals, que dispara 68,95% para 52,06 dólares, depois de ter sido anunciado que a empresa vai ser comprada pela Johnson & Johnson por cerca de 6,5 mil milhões de dólares.
Juros portugueses descem em dia de duplo leilão
Os juros da dívida soberana dos países do euro negoceiam hoje em queda ligeira.
A yield das obrigações portuguesas a dez anos recua 0,6 pontos base para 0,328%, no dia em que o IGCP vai realizar dois leilões de linhas de bilhetes do tesouro (BT) com maturidades em novembro de 2020 e julho de 2021 e um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.
Em Espanha, no mesmo prazo, os juros descem 0,2 pontos para 0,302% e em Itália caem 0,9 pontos para 0,914%.
Na Alemanha, referência para a região, a yield a dez anos desce 2,2 pontos para -0,486%.
Ouro abaixo dos 2 mil dólares após duas sessões de ganhos
O ouro está a negociar em queda depois de duas sessões consecutivas de ganhos, com os investidores a aguardarem a divulgação das atas da última reunião da Fed.
O metal precioso desliza 0,71% para 1.987,86 dólares, enquanto a prata cai 1,05% para 27,3865 dólares.
Apesar dos receios em torno do futuro do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, há a expectativa de um acordo em breve no Congresso para um novo pacote de estímulos á economia, o que está a temperar o desânimo dos investidores.
Além disso, os recentes dados económicos e resultados de empresas têm dado sinais positivos sobre a recuperação da crise nos Estados Unidos, o que ajudou dois dos principais índices norte-americanos a alcançarem recordes na sessão de ontem.
Bolsas europeias sem rumo definido
As bolsas europeias estão a negociar sem uma tendência definida esta quarta-feira, com os investidores receosos em relação ao futuro do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.
Isto depois de o líder da Casa Branca ter dito ontem que foi o responsável pelo cancelamento das conversações entre os Estados Unidos e a China, que deveriam ter acontecido no final da semana passada.
"Cancelei as conversações com a China", afirmou Trump esta terça-feira, no Arizona. "Não quero falar com a China neste momento". Questionado sobre se os Estados Unidos pensam retirar-se deste acordo de fase um, o presidente norte-americano disse apenas que "veremos o que vai acontecer".
Perante a possibilidade de uma nova escalada das tensões entre as duas maiores potenciais mundiais, os investidores estão hoje mais cautelosos. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, sobe ligeiros 0,12% para 367,62 pontos, com as telecomunicações a animarem e as utilities a travarem maiores subidas.
Por cá, o PSI-20 desliza 0,16% para 4.400,59 pontos, penalizado sobretudo pela Galp Energia.
Esta evolução na Europa acontece depois dos novos máximos históricos registados ontem em Wall Street pelo S&P500 e pelo Nasdaq, à boleia dos progressos na contenção da pandemia nos Estados Unidos, dados económicos e resultados acima do esperado e ainda a expectativa de um acordo em breve no Congresso para um novo pacote de estímulos à economia.
Petróleo recua de máximos de cinco meses com aumento dos stocks e da oferta
As cotações do petróleo estão a negociar em terreno negativo esta quarta-feira a refletir tendências negativas do lado da procura e da oferta da matéria-prima no mercado.
O crude WTI em Nova Iorque desce 0,72% para 42,58 dólares depois de nas últimas sessões ter negociado em máximos de cinco meses. O Brent em Londres cede 0,86% para 45,07 dólares.
A queda das cotações reflete o anúncio do American Petroleum Institute de que os stocks de gasolina aumentaram cerca de 5 milhões de barris na semana passada, uma evolução que indica que a procura de combustível na maior economia do mundo está ainda a ser fortemente penalizada pela pandemia. Só hoje o governo revela os números oficiais, mas caso se confirme, este será o aumento aumento de stocks desde o início de abril.
Isto numa altura em que a OPEP+ está a testar a recuperação do mercado, já que a partir deste mês o cartel está a colocar mais 1,5 milhões de barris de petróleo do mercado.
Euro sobe pela sétima sessão e negoceia perto de máximos de dois anos
O euro continua a trajetória de alta face ao dólar apesar de a divisa norte-americana estar a conseguir recuperar de mínimos de mais de dois anos contra outras moedas mundiais. A moeda única ganha 0,06% para 1,1938 dólares depois de ontem ter tocado em máximos de maio de 2018 nos 1,1966 dólares.
Esta é já a sétima sessão consecutiva de ganhos no câmbio do euro face ao dólar, com a moeda europeia a subir mais de 6% este ano face à divisa norte-americana
Os investidores estão agora de olhos postos na divulgação esta quarta-feira das minutas da última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, bem como nos novos pedidos de subsídio de desemprego, que serão revelados amanhã. Procuram sobretudo pistas sobre o ritmo de recuperação da maior economia do mundo, para avaliar se a nota verde vai continuar a mostrar debilidade face às outras divisas mundiais.
Futuros da Europa em alta após recordes em Wall Street
Os futuros das ações da Europa e dos Estados Unidos estão a negociar em alta esta quarta-feira, 19 de agosto, depois dos novos máximos históricos atingidos ontem em Wall Street pelo S&P500 e pelo Nasdaq.
A sustentar a subida das ações está a melhoria dos números das novas infeções em regiões dos Estados Unidos onde os surtos estavam fora de controlo, como é o caso da Florida e da Califórnia, e os resultados de empresas mais positivos do que o esperado.
Além disso, há agora a expectativa de entendimento no Congresso, nos próximos dias, sobre o novo pacote de estímulos à economia norte-americana, depois de a líder democrata da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi ter dito que os democratas estão dispostos a alterar a sua proposta para conseguir um acordo.
Assim, os futuros do Euro Stoxx 50 sobem 0,3% enquanto os futuros do S&P 500 avançam 0,2%.
Na sessão asiática, durante a madrugada em Lisboa, as ações negociaram sem uma tendência definida, com o japonês Topix e o sul coreano Kospi a valorizarem enquanto as ações da China e Hong Kong desceram.