Notícia
Europa animada com "earning season". Dólar no vermelho. Petróleo sobe
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Só França destoa numa Europa pintada a verde. "Earning season" anima investidores
Apesar de não estarem ainda afastados os receios da inflação, os investidores europeus preferiram esta terça-feira focar-se na atual "earning season", com várias empresas, dos dois lados do Atlântico, a divulgarem os sesu resultados trimestrais e a animarem as bolsas de valores dos países.
O Stoxx 600, índice que agrega as principais cotadas da Europa, fechou com ganhos de 0,33%, com praticamente todos os setores no verde, liderados pelas "utilities". Telecoms, setor automóvel e bens domésticos negociaram em sentido contrário, e restaram perdas, todas abaixo do 1,00%.
Nas principais praças europeias, o índice francês foi também o único que não conseguiu ganhos esta terça-feira, encerrando a sessão na linha de água, com uma queda muito ligeira de 0,05%. Lisboa foi a que teve o melhor desempenho, com o PSI-20 a subir 0,92% e a atingir máximos de mais de três anos.
Queda inesperada na produção industrial dos EUA arrasta dólar para o vermelho
O dólar norte-americano está a perder força esta terça-feira. O índice do dólar, que mede a divisa norte-americana em relação a seis moedas rivais, está a cair 0,23% para 93,74, registando a maior queda diária num mês.
A explicar esta descida está a queda inesperada de 1,3% na produção industrial nos Estados Unidos em setembro. Os analistas previsam uma subida mensal de 0,2%, mas a contínua escassez global de chips afetou fortemente a produção automóvel e fustrou as expectativas de uma normalização mais rápida.
A digerir ainda esses dados, divulgados na segunda-feira, o dólar está a ceder 0,22% face ao euro, estando a negociar nos 1,1635 euros. Face à divisa japonesa, o dólar está também a cair 0,09% para 114,2200 ienes.
Já o euro está a somar 0,12% face à moeda nipónica, para 132,8900 ienes, enquanto perde 0,35% frente à divisa britânica, para 0,8429 libras esterlinas.
Ouro valoriza com dólar fraco e incerteza sobre estímulos
O ouro está em alta, a beneficiar das perdas do dólar (moeda em que é negociado) e da incerteza dos investidores em relação a uma eventual retirada de estímulos por parte dos bancos centrais na retoma económica pós-pandemia.
Neste momento, o metal precioso está a subir 0,47%, para 1.773,20 dólares, depois de dois dias consecutivos a perder força e a corrigir os ganhos que colocaram os preços da onça perto dos 1.800 dólares.
Já a prata está a subir 3,14%, com a onça a valer 24 dólares, enquanto a platina soma 0,31% para 1.042,46 dólares por onça.
Yields sobem com perspetiva de subida de juros mais cedo
As yields das dívidas soberanas da Zona Euro na maturidade a 10 anos, de referência para o mercado, sobem esta terça-feira, à medida que são cada vez mais os sinais de que uma subida das taxas de juro de referência poderá ocorrer mais cedo do que antecipado.
Se o BCE continua a insistir que não irá adotar uma posição "hawkish" tão cedo, o Banco de Inglaterra já entreabriu a porta a uma subida nas taxas de referência até ao final do ano.
As yields das "bunds" a 10 anos, "benchmark" para o mercado da dívida europeu, sobem 3,3 pontos base, para -0,117%, sendo acompanhadas pelas taxas da dívida francesa na mesma maturidade, que avançam na mesma medida, para os 0,226%.
Em Portugal, a yield da dívida a 10 anos avança 2,1 pontos, até aos 0,400%, enquanto na vizinha Espanha as taxas sobem 3 pontos base, fixando-se em 0,516%.
Preços do petróleo prolongam subida. Barril do Brent aumentou 95% num ano
O petróleo continua a subir, com o preço por barril a tocar máximos registados pela última vez há três anos em Londres e em Nova Iorque.
O Brent, que serve de referência para Portugal, está a aproximar-se dos 85 dólares por barril. Num ano, o preço do Brent subiu dos 43,2 dólares por barril, registados a 20 de outubro de 2020, para um valor acima dos 84 dólares, o que corresponde a uma subida dos preços em torno dos 95%.
Neste momento, o Brent está a valorizar 0,13%, com o barril a valer 84,44 dólares. Já o WTI (West Texas Intermediate) de Nova Iorque sobe 0,28% para 82,67 dólares por barril.
A dar gás a estas subidas está o facto da procura por petróleo estar a superar a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia ter decidido não exportar mais gás natural – que serve de alternativa ao petróleo –, para a Europa, apesar das promessas de vir a aumentar em breve a oferta.
Wall Street abre em alta com resultados a dar força
Os três maiores índices de Wall Street abriram novamente em alta nesta terça-feira, com os resultados das empresas a superarem as expectativas e a aguentarem as bolsas no "verde".
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,21% para os 35.331,79 pontos e o Nasdaq Composite avança 0,24% para os 15.027,43 pontos. O S&P 500 valoriza 0,29% para os 4.499,82 pontos.
Nesta altura, com a época de resultados já mais avançada nos EUA, 80% das 41 empresas do S&P500 que já divulgaram números superarem o estimado. Os analistas reunidos pela Refinitiv esperam uma subida homóloga de 32,4% nos lucros.
Hoje, as maiores empresas d etecnologia, como a Apple, o Facebook e a Microsoft sobem todas em torno de 0,5%. A Netflix avança ligeiramente antes da apresentação de resultados, que irá ocorrer depois do final de sessão.
Resultados das empresas alimentam ganhos nas bolsas europeias
As bolsas europeias abriram em leve alta nesta terça-feira com os investidores a olharem mais para os números das empresas do que para os números que vão sendo lançados pelas maiores economias do mundo.
O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores empresas da região, está a ganhar 0,15% para os 467,73 pontos.
Esta semana começou em força a divulgação dos resultados empresariais e ontem a tecnológica sueca Ericsson superou as expectativas com as vendas robustas de equipamentos 5G a compensarem a perda de quota de mercado na China.
De acordo com os analistas, espera-se que as cotadas da região sejam capaz de superar as estimativas de lucros em cerca 46,7%. Nesta altura, com a época de resultados já mais avançada nos EUA, 80% das 41 empresas do S&P500 que já divulgaram números superarem o estimado.
No "velho continente" as atenções estão centradas hoje na Danone e na Kering, as próximas a avançarem com os resultados do terceiro trimestre. A primeira já anunciou, antes da abertura, receitas de 6,15 mil milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 3,8%.
Euro ganha 0,3% com redução das apostas na queda; ouro valoriza
A moeda única da União Europeia (UE) está a sorrir nesta terça-feira, numa altura em que as apostas na sua queda vão diminuíndo, alimentando a expectativa de que o euro continuará a ganhar algum terreno ao rival dólar norte-americano.
Hoje, a divisa está a apreciar 0,33% para os 1,1648 dólares.
O ouro segue em alta depois de dois dias consecutivos a perder força, numa altura em que os investidores se tentam posicionar para antever possíveis retiradas de apoios por parte dos bancos centrais em todo o mundo.
Juros da Zona Euro voltam a recuar com foco nos discursos de banqueiros
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a perder alguma força na manhã desta terça-feira, depois das fortes subidas de ontem. Os olhos dos investidores estão nos discursos de alguns membros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Inglaterra.
Na Alemanha, que serve de referência para a região, a taxa a dez anos está a cair 0,2 pontos base para os -0,151%, enquanto que nos países mais a sul a descida é ligeiramente mais acentuada - em linha com o aumento de ontem.
Os juros de Portugal a dez anos encolhem 1,1 pontos base para os 0,368% e os juros de Itália com a mesma maturidade perdem 1,9 pontos base para os 0,879%. Aqui ao lado, em Espanha, a "yield" perde 0,7 pontos base para os 0,478%.
O foco do dia estará no discurso de Philip Lane, economista-chefe do BCE, numa altura em que a inflação continua a escalar na região. O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, vai falar numa altura em que a autoridade prepara uma subida de juros.
Petróleo alimenta "rally" com OPEP+ e Rússia a falharem aumento de oferta
Os preços do petróleo continuam o "rally" renovando novamente máximos de vários anos nos EUA e também na Europa. A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) continua a injetar menos petróleo do que o desejado no mercado e a Rússia tem optado por não exportar mais gás natural para o resto da Europa, para já.
O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, está a valorizar 0,5% para os 84,71 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) avança 0,6% para os 82,91 dólares por barril. O primeiro continua em máximos de 2018, ao passo que o segundo segue em níveis recorde tocados pela última vez em 2014.
A estatal Gazprom, a maior exportadora de gás natural do mundo, tem reduzido as exportações para os principais mercados à volta do globo para mínimos de, pelo menos, 2014, uma vez que a procura doméstica tem absorvido a maior parte da produção. Vladimir Putin, líder moscovita, disse que iria aumentar a oferta para o resto da Europa, mas para já, tem falhado na sua promessa.
Futuros europeu em leve alta com resultados das empresas em foco
Os futuros das ações europeias e norte-americanas estão a subir na pré-abertura desta terça-feira, o que aponta para um começo de dia com o "pé direito".
Na Ásia, a boa prestação do setor tecnológico deu força aos índices e os resultados das empresas vão conseguindo ofuscar os receios que existem em torno da subida de preços em todo o mundo.
O MSCI para a Ásia-Pacífico atingiu o nível mais elevado desde o final de setembro, num dia em que o setor da tecnologia ultrapassou a média móvel dos últimos 50 dias de negociação.
As atenções, no entanto, continuam voltadas para a chinesa Evergrande e para a possibilidade de voltar a não pagar aos credores, na data contratualizada.
Os mercados têm estado a ganhar algum conforto dos ganhos robustos, mas o possível aperto da política monetária, por parte dos bancos centrais, vai mantendo os investidores em alerta.