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Inflação nos EUA também anima Europa. Inditex penaliza bolsa de Madrid
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
Inflação nos EUA também anima Europa. Inditex penaliza bolsa de Madrid
Os principais índices europeus terminaram em alta esta quarta-feira, com os dados da inflação nos Estados Unidos em linha com o esperado e a cimentarem um cenário de corte de juros pela Reserva Federal na próxima semana a gerarem maior apetite por ativos de risco.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, somou 0,285 para 519,95 pontos, com o setor de media a liderar os ganhos ao subir mais de 1%, depois de o JP Morgan ter revisto em alta a recomendação para o Publicis Groupe e o RTL Group, que valorizaram ambos mais de 3%.
Já o setor da banca avançou uns ligeiros 0,13% e chegou a tocar máximos de agosto de 2015.
O retalho perdeu quase 2% pressionado pela espanhola Inditex que, por sua vez, também gerou perdas de mais de 1% no madrileno IBEX. A dona da Zara afundou mais de 6%, tendo chegado a tombar 7%, depois de ter registado lucros trimestrais abaixo do esperado.
Nos primeiros nove meses do seu ano fiscal, a empresa que detém as marcas Massimo Dutti, Pull&Bear, Bershka e Oysho viu as vendas crescerem 7,1% para 27.422 milhões de euros e os lucros subirem 8,5% para 4.449 milhões de euros – valores que ficaram ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas.
Ainda no retalho, a Zalando, que chegou a mergulhar mais de 10% esta manhã, acabou por valorizar 1,63%, no rescaldo da compra da sua rival germânica About You por um valor de cerca de 1,2 mil milhões de euros.
Os investidores atentam agora no último encontro de política monetária do ano do Banco Central Europeu em que é esperada uma descida de juros em 25 pontos base.
Ainda em destaque está a reunião de dezembro do Partido Comunista Chinês - o conclave que determina a agenda e a meta de crescimento económico para o ano seguinte - que deverá terminar na quinta-feira. Fortes medidas de estímulo à economia poderiam servir de catalisador para as ações europeias com maior exposição à segunda maior economia do mundo.
Os investidores vão querer ver "o copo meio cheio no que toca a medidas de estímulo à economia", é a leitura de Christopher Dembik da Pictet Asset Management, em declarações à Bloomberg. No entanto, Dembik diz estar "bastante cético: na melhor das hipóteses haverá um impulso de curto prazo, mas não prevejo mudanças estruturais na China".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,34%, o francês CAC-40 valorizou 0,39%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,6% e o britânico FTSE 100 subiu 0,26%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,3%.
Juros da Zona Euro sem tendência definida antes de reunião do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram sem tendência definida esta quarta-feira, com os investidores a anteciparem uma descida nas taxas de juros de 25 pontos base por parte do Banco Central Europeu, cujo conselho se reúne na quinta-feira.
As "yields" da dívida francesa a dez anos agravaram-se 0,8 pontos base para 2,886%, com o Presidente do país, Emmanuel Macron, à procura de um novo primeiro-ministro que consiga encontrar consensos dentro do Parlamento e aprovar um novo orçamento.
Por sua vez, os juros das "Bunds" alemãs, também a dez anos e de referência para a região, subiram 0,7 pontos base para 2,124%. Já os juros da dívida italiana, também com esta maturidade, aliviaram 1,8 pontos para 3,188%.
Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos ficaram inalteradas nos 2,513%, enquanto os juros da dívida espanhola perderam 0,8 pontos para 2,756%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos aliviaram 0,6 pontos base para 4,315%.
Dólar canadiano sobe após Banco do Canadá cortar juros. Dólar em alta e euro em queda
O dólar está a valorizar à boleia de uma crescente expectativa de um corte de juros pela Reserva Federal na próxima semana, depois de os dados da inflação nos Estados Unidos terem ficado em linha com o esperado. Já o euro está em queda, com os investidores a anteciparem uma reunião de politica monetária pelo Banco Central Europeu onde é esperado um novo alívio dos juros diretores em 25 pontos base.
A moeda única europeia perde 0,23% para 1,0503, enquanto o índice do dólar - que mede a força da "nota verde" contra as principais moedas - soma 0,13%, para 106,532 dólares.
Noutras divisas, o dólar canadiano segue a valorizar face ao dólar norte-americano, depois de o Banco do Canadá ter optado por descer juros em 50 pontos base, mas mudou o seu posicionamento para mais "hawkish" face a anteriores perspetivas de um maior alívio da política monetária.
Corte de juros pela Fed à vista impulsiona ouro
Com os dados da inflação a darem um impulso significativo a um cenário de corte de juros pela Reserva Federal na próxima semaa, os preços do ouro estão a valorizar, uma vez que o metal por não render juros tende a beneficiar de um ambiente de taxas mais baixas.
A esta hora o metal amarelo sobe 0,72% para 2.713,71 dólares por onça, aproximando-se de máximos históricos atingidos no final de outubro nos 2.790,15 dólares por onça.
"O ouro está em alta devido à premissa de que os dados da inflação são benignos ou certamente em linha com as expectativas, a inflação que não acelerou muito mais, permanecendo estável, permitindo que a Fed quase de certeza possa cortar os juros diretores na próxima reunião", justificou à Reuters David Meger, analista da High Ridge Futures.
As atenções viram-se agora para os preços no produtor nos Estados Unidos, também referentes a novembro, que poderão cimentar ainda mais o futuro da política monetária do lado de lá do Atlântico.
Novo pacote de sanções da UE à Rússia impulsiona preços do petróleo
Os preços do petróleo continuam a acelerar depois de a União Europeia ter avançado com mais um pacote de sanções direcionadas ao petróleo da Rússia. Já havia sanções desde 2022, mas desta vez o alvo são as frotas sombra ou seja, navios ou embarcações que usam táticas de ocultação para contrabandear mercadorias sancionadas.
Moscovo estará a utilizar petroleiros mais velhos e mal conservados, alguns com mais de 20 anos, que utilizam estruturas obscuras de propriedade e de seguros para escapar ao controlo dos aliados do G7. Estes navios deslocam-se com as chamadas "bandeiras de conveniência" de países relutantes em seguir as sanções ocidentais, como o Panamá, a Libéria ou Ilhas Marshall.
Em resultado, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, negoceia a subir 1,52%, para 73,29 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) avança 2,02%, para 69,98 dólares por barril.
Este é o 15º pacote de sanções à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia e o primeiro desde que a Hungria assumiu a presidência da União Europeia. O anúncio está a pesar mais no sentimento dos investidores do que revisão em baixa das perspetivas de consumo por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O cartel reviu em baixa pelo quinto mês consecutivo as previsões de procura de crude para este ano e o próximo. Desta feita, o corte nas estimativas de crescimento para 2024 é de 210 mil barris diários, a maior descida este ano, para 1,6 milhões de barris de petróleo diários. A revisão "leva em conta os recentes dados negativos do terceiro trimestre", incluindo as "revisões em baixa para as Américas e Ásia Pacífico".
Inflação em linha com o esperado cimenta corte de juros. Wall Street respira de alívio
Após uma muito esperada leitura da inflação nos Estados Unidos ter ficado em linha com o esperado pelos analistas, cimentando expectativas de um corte de juros pela Reserva Federal na próxima semana, os principais índices em Wall Street deixaram para trás duas sessões de perdas e avançam.
A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) acelerou uma décima em novembro para os 2,7% em termos homólogos e 0,3% face ao mês anterior.
O S&P 500 soma 0,65% para 6.073,93 pontos, enquanto o industrial Dow Jones está inalterado nos 44.245,24 pontos, após quatro sessões de perdas consecutivas. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 1,29% para 19.941,53 pontos.
A probabilidade de um corte de juros pela Fed em dezembro aumentou para 96% após terem sido conhecidos os números da inflação, de acordo com a ferramenta da CME, citada pela Reuters.
Entre os principais movimentos de mercado, a Nvidia recupera 1,7%, depois de ter perdido mais de 4% nas últimas duas sessões, após o regulador dos mercados financeiros chineses ter revelado que está a investigar a empresa devido a uma suspeita de violação da lei antimonopólio numa aquisição realizada em 2020 - e que foi, na altura, aprovada por Pequim. A "AI-darling" de Wall Street soma mais de 190% este ano.
Entre as "big caps" também a Tesla avança quase 1% e a Amazon quase 2%.
Já a GameStop sobe mais de 5%, após ter revelado lucros no terceiro trimestre, à boleia de um corte de custos. Também a Broadcom avança mais de 3%, depois de a Reuters ter noticiado que a Apple está a desenvolver o primeiro "chip" de inteligência artificial com a empresa.
Por sua vez, a Macy's afunda 12%, após resultados do terceiro trimestre terem ficado abaixo do esperado e a retalhista ter reduzido o "guidance" em termos de resultados para o resto do ano.
Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,888%, continuou acima da taxa a seis meses (2,654%) e da taxa a 12 meses (2,429%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, caiu hoje para 2,654%, menos 0,001 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também baixou hoje, para 2,429%, menos 0,010 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 2,888%, mais 0,016 pontos do que na sessão anterior.
A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.
A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).
Os mercados esperam que o Banco Central Europeu desça, pela quarta vez este ano, e terceira consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base na reunião de política monetária, a última desde ano, na quinta-feira, 12 de dezembro.
Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
* Lusa
Retalho deixa Europa dividida. Dona da Zara afunda mais de 5%
As bolsas europeias arrancaram a sessão desta quarta-feira dividas entre ganhos e perdas, com várias praças a serem pressionadas por resultados trimestrais que ficaram aquém das expectativas dos analistas. Os investidores viram, agora, as atenções para o outro lado do Atlântico, onde vai ser conhecida a evolução da inflação relativa ao mês de novembro – e que pode definir a posição que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai adotar na reunião da próxima semana.
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, encontra-se praticamente inalterado, ao recuar uns ligeiros 0,03% para 518,36 pontos. O índice encaminha-se, assim, para a segunda sessão consecutiva em queda, depois de ter tocado em máximos de sete semanas na segunda-feira.
O setor do retalho é o que mais perde a esta hora, pressionado pelas quedas da Inditex e da Zalando. A dona da Zara está a afundar mais de 5%, tendo chegado a tombar 7%, depois de ter registado lucros trimestrais abaixo do esperado pelo mercado. Nos primeiros nove meses do seu ano fiscal, a empresa que detém ainda as marcas Massimo Dutti, Pull&Bear, Bershka e Oysho viu as vendas crescerem 7,1% para 27.422 milhões de euros e os lucros subirem 8,5% para 4.449 milhões de euros – valores que ficaram ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas.
Ainda no retalho, a Zalando chegou a mergulhar mais de 10% esta manhã, mas entretanto conseguiu reduzir as perdas para apenas 3%. Este movimento acontece no rescaldo da compra da sua rival germânica About You por um valor de cerca de 1,2 mil milhões de euros.
A Zalando, com sede em Berlim, oferece 6,50 euros por ação da About You, o que representa um prémio de cerca de 67% face à cotação de fecho de terça-feira (3,90 euros). Com isto em mente, a empresa está a disparar quase 65% para 6,41 euros por título.
Entre as principais praças europeias, Madrid recua 0,86% (principalmente pressionada pela queda da Inditex) e Londres cede 0,18%. Em contraciclo, Frankfurt avança 0,08%, Paris valoriza 0,05%, Amesterdão ganha 0,16% e Milão regista o maior acréscimo, ao crescer 0,38%.
Juros aliviam na Zona Euro com BCE na mira
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar ligeiramente esta quarta-feira, com os investidores a anteciparem uma descida nas taxas de juros de 25 pontos base por parte do Banco Central Europeu, cujo conselho se reúne na quinta-feira.
As "yields" da dívida francesa a dez anos voltaram a aliviar, depois de terem registado um ligeiro acréscimo na terça-feira. Recuam, a esta hora, 0,1 pontos base para 2,876%, com o Presidente do país, Emannuel Macron, à procura de um novo primeiro-ministro que consiga encontrar consensos dentro do Parlamento e aprovar um novo orçamento.
Após uma reunião com líderes de alguns partidos, que excluíram a França Insubmissa e a União Nacional - os dois principais partidos no Parlamento -, Macron terá dito que espera anunciar um novo primeiro-ministro dentro de 48 horas.
Por sua vez, os juros das "Bunds" alemãs, também a dez anos e de referência para a região, cedem 0,5 pontos base para 2,112%. Já os juros da dívida italiana, também com esta maturidade, aliviam 1,8 ponto para 3,188%.
Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,9 pontos base para 2,504%, enquanto os juros da dívida espanhola perdem 1,5 pontos para 2,750%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos perdem 1 ponto base para 4,311%.
Iene recupera com impulso da inflação. Euro volta a perder terreno
O iene está a recuperar de mínimos de duas semanas atingidos na terça-feira, numa altura em que a inflação no comércio grossista no Japão acelerou pelo terceiro mês consecutivo, dando mais argumentos ao banco central do país para voltar a aumentar as taxas de juro.
Por sua vez, o euro está novamente a perder terreno face ao dólar, com os investidores a anteciparem que a Reserva Federal (Fed) norte-americana possa interromper o ciclo de alívio da política monetária em janeiro – enquanto o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar a cortar nos juros.
"Caso este cenário se concretize, existem preocupações de que a Reserva Federal não consiga reduzir as taxas tão rapidamente como se esperava, beneficiando o dólar americano", afirma James Kniveton, da Convera, à Reuters.
A moeda comum europeia desvaloriza 0,22% para 1,0504 dólares, enquanto a divisa norte-americana recua 0,11% para 151,79 ienes. Apesar desta desvalorização, o índice do dólar está a negociar em terreno positivo, crescendo 0,15% para 106,56 pontos.
Já o dólar australiano está a gravitar perto de mínimos de quatro meses, depois de o banco central do país ter adotado uma narrativa mais "dovish" em relação à sua política monetária. O impacto fez-se sentir ainda no dólar neozelandês, que caiu para o nível mais baixo em um ano face ao dólar norte-americano.
Ouro gravita em torno de máximos de duas semanas
O ouro está a negociar praticamente inalterado esta quarta-feira, depois de ter tocado em máximos de duas semanas, à boleia de uma escalada das tensões geopolíticas e um aumento das expectativas em relação a um novo alívio nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O metal precioso recua uns ligeiros 0,03% para 2.693,57 dólares por onça, depois de ter chegado a alcançar os 2.728,60 dólares durante a madrugada – o valor mais elevado desde 25 de novembro.
Os investidores aguardam, agora, para conhecer a evolução da inflação relativa ao mês de novembro nos EUA. As previsões apontam para uma aceleração do índice dos preços no consumidor de 2,6% para 2,7%, com a inflação a continuar numa trajetória de ligeira ascendência na maior economia do mundo.
Apesar destas previsões, os mercados continuam a apontar para um corte de 25 pontos base na reunião da Fed da próxima semana, mas esperam que o banco central interrompa o ciclo de alívio da política monetária em janeiro. "Uma evolução da inflação dentro das expectativas dá luz verde ao Fed para cortar na próxima semana e isso pode ser o catalisador que precisamos de ver para o ouro", afirma Kyle Rodda, analista de mercados financeiros da Capital.com, à Reuters.
Na frente geopolítica, Israel afirma ter atingido a grande maioria do arsenal bélico sírio e duas instalações da Marinha do país, alimentando as preocupações com a situação no Médio Oriente.
Petróleo avança à espera do relatório mensal da OPEP
Os preços do crude estão a negociar em território positivo esta quarta-feira, numa altura em que os investidores aguardam pelo relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que deve oferecer um panorama geral sobre as condições atuais do mercado desta matéria-prima.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 0,44% para os 68,89 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – soma 0,40% para os 72,48 dólares por barril. Os dois índices conseguiram terminar a sessão de terça-feira no verde, apesar de terem registarem valorizações residuais.
De acordo com informações avançadas esta terça-feira pela Energy Information Administration, os EUA inverteram a sua posição e preveem, agora, um pequeno défice a nível da oferta no mercado de crude norte-americano em 2025. Ainda esta quarta-feira, a OPEP vai dar a conhecer as suas expectativas mais recentes sobre a procura por esta matéria-prima – uma posição que vai ser seguida pela Agência Internacional de Energia, na quinta-feira.
Os preços do crude têm negociado num intervalo limitado desde meados de outubro, influenciados por uma série de fatores contraditórios que têm trazido grande volatilidade à negociação. Com a administração Biden a considerar novas sanções ao petróleo russo, o crude pode encontrar aqui um novo catalisador.
Europa e Ásia em busca de orientação à espera de novos catalisadores
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira sem um rumo definido, numa altura em que todas as atenções viram-se para os EUA e para a evolução da inflação na maior economia do mundo. Apesar de as probabilidades de um novo corte nas taxas de juro serem elevadas, os investidores ainda estão incertos em relação ao caminho que a Reserva Federal (Fed) vai adotar para a semana, quando reunir pela última vez este ano.
As autoridades chinesas reuniram-se esta quarta-feira para darem início a uma conferência anual económica, a portas fechadas, que se estende até quinta. Os investidores continuam à espera de novos estímulos para reerguer aquela que é a segunda maior economia do mundo, mas estão cada vez mais reticentes como essa possibilidade.
Apesar de a China ter anunciado uma política monetária "moderadamente flexível" para o próximo ano, e estar mesmo a ponderar aumentar o défice orçamental para o valor mais elevado em três décadas, os mercados não estão convencidos. O Hang Seng, de Hong Kong, encerrou a sessão a cair 0,7%, enquanto o Shanghai Composite conseguiu terminar à tona, avançando 0,2%.
A indefinição alastrou-se para o Japão, com o Nikkei 225 a acabar a sessão praticamente inalterado e o Topix a crescer 0,29%. Já na Coreia do Sul, o Kospi conseguiu encerrar a segunda sessão consecutiva em alta, depois de várias negociações a ser pressionado pela instabilidade política no país.
Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura sem direção definida.