Notícia
Maré vermelha na Europa com Stoxx 600 em mínimos de março
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Maré vermelha na Europa com Stoxx 600 em mínimos de março
As principais bolsas europeias fecharam em terreno negativo, num dia em que os investidores mostraram aversão ao risco.
O Stoxx 600, referência para as bolsas europeias, desvalorizou 1,03% para 445,59 pontos. Todos os 20 setores que compõem o índice registaram perdas, com o das "utilites" (água, luz e gás) a ser o que mais perdeu (-2,75%), seguido pelo dos químicos e do petróleo & gás (-1,78% e -1,67%, respetivamente).
O índice de referência fechou o terceiro trimestre com perdas, tratando-se do primeiro trimestre com saldo negativo desde setembro do ano passado, numa altura em que o cenário de taxas de juro elevadas durante mais tempo está a afastar os investidores das ações e a gerar preocupações com o crescimento da economia, tanto na região, como nos Estados Unidos. A atenção do mercado vai em breve virar-se para mais uma época de resultados corporativos, com estes a permitirem perceber o impacto da política monetária mais "restritiva".
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 deslizou 0,91%, o francês CAC-40 caiu 0,94%, o espanhol Ibex35 cedeu 1,16%, o italiano FTSE Mib recuou 1,39% e o AEX, em Amesterdão, desceu 0,63%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta segunda-feira, o que significa uma menor procura dos investidores pelas obrigações. Isto num dia em que também não mostraram apetite pelo risco, com as principais bolsas europeias a fecharem a sessão com perdas em torno de 1%.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 6,4 pontos base para 3,619%, enquanto a das "Bunds" alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aumentou 8,2 pontos base para 2,919%.
Os juros da dívida soberana italiana cresceram 2,6 pontos base para 4,798%, os juros da dívida francesa agravaram-se 7,8 pontos base para 3,474% e os juros da dívida espanhola subiram 6,3 pontos base para 3,990%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos aumentaram 12,7 pontos base para 4,561%.
Petróleo recua com WTI abaixo dos 90 dólares por barril
O petróleo está a desvalorizar, num dia em que preocupações com subidas adicionais das taxas de juro e a possibilidade de um abrandamento económico nos EUA está a agitar os mercados. Taxas de juro mais elevadas tornam o armazenamento e exportação de crude mais caro, e essa perspetiva predominou, depois de uma semana em que o ouro negro registou ganhos de mais de 2%, à boleia de sinais de uma menor oferta de crude.
O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês), referência para os Estados Unidos, desliza 1,35% para 89,56 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, "benchmark" para as importações europeias, perde 1,13% para 91,16 dólares por barril.
Os investidores aguardam esta segunda-feira pelas declarações do presidente da Fed, Jerome Powell, que vai participar numa mesa redonda sobre a economia norte-americana.
Euro perde face ao dólar
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a perder 0,7% para 1,0499 dólares.
O dólar está a ganhar tração desde que a Reserva Federal (Fed) dos EUA sinalizou que as taxas de juro deverão manter-se altas durante mais tempo e, esta segunda-feira, viu um novo impulso depois de o Senado norte-americano ter aprovado uma medida de financiamento provisório para financiar o Governo, horas antes do final do prazo, evitando uma paralisação dos serviços federais.
Os investidores vão estar esta segunda-feira atentos às palavras do presidente da Fed, Jerome Powell, na expectativa de obter mais pistas sobre o curso da política monetária.
Ouro desliza com dólar mais forte
O ouro está a desvalorizar pela sexta sessão consecutiva, penalizado pela força do dólar. Isto porque, sendo o metal precioso cotado em dólares, a valorização da divisa norte-americana torna a compra da "commodity" mais cara para quem negoceia com outras moedas.
O metal amarelo tem sido pressionado pela posição mais "hawkish" da Fed, que tem levado a uma subida do dólar - que é também visto como um "ativo-refúgio" - e das "yields" das dívidas soberanas. Só em setembro, o ouro caiu mais de 4%.
Esta segunda-feira, Michelle Bowman, governadora da Fed, voltou a reforçar que poderão ser necessárias várias subidas das taxas de juro para baixar a inflação para os 2%.
O ouro a pronto (spot) perde 1,12% para 1.827,92 dólares por onça, enquanto o paládio desliza 3,73% para 1.201,63 dólares e a platina cede 1,93% para 890,37 dólares.
Wall Street mista após acordo para evitar "shutdown" do Governo
Os principais índices em Wall Street abriram o mês a negociar mistos, com uma variação ligeira, depois de o Congresso ter aprovado a legislação necessária para manter o Governo a funcionar.
O Dow desce 0,30% para os 33.417,13 pontos e o S&P 500 cai 0,05%, para os 4.285,74 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,41% para os 13.273,03 pontos.
As ações da Tesla caíram 1,5% depois de ter sido divulgado que a produção no terceiro trimestre caiu 10,2% face ao período de abril a junho. As ações da Coinbase e da Marathon Digital, ligadas às criptomoedas, avançaram 5,5% e 12,7%, repetivamente.
O Senado norte-americano passou uma medida de financiamento provisório para financiar o Governo, horas antes do final do prazo, evitando, assim, uma paralisação dos serviços federais. Esta lei mantém o Governo em funcionamento até meados de novembro.
O dia será marcado também pela participação do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, numa "roundtable" na Pensilvania, juntamente com o presidente da Fed de Philadelphia, Patrick Harker.
Euribor cai a três e a 12 meses e sobe a seis meses
A taxa Euribor desceu hoje a três e a 12 meses e subiu a seis meses para um novo máximo desde novembro de 2008, depois de a taxa média mensal nos três prazos ter voltado a avançar em setembro.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje para 4,198%, menos 0,030 pontos face a sexta-feira, dia em que subiu para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Depois de ter descido, pela primeira vez no atual ciclo ascendente, em agosto face a julho, a média mensal da Euribor a 12 meses subiu para 4,149% em setembro, mais 0,076 pontos que no mês anterior.
A taxa média da Euribor a 12 meses tinha descido de 4,149% em julho para 4,073% em agosto, menos 0,076 pontos.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje para 4,138%, mais 0,013 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
Em relação à taxa média da Euribor a seis meses, a mesma voltou a subir, tendo passado de 3,944% em agosto para 4,030% em setembro, mais 0,086 pontos.
A média mensal da Euribor a seis meses tinha subido ligeiramente em agosto, para 3,944%, contra 3,942% em julho, ou seja um acréscimo de apenas 0,002 pontos.
No caso da Euribor a três meses, esta caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,951%, menos 0,001 pontos, depois de ter subido em 25 de setembro para 3,977%, um novo máximo também desde novembro de 2008.
Mas a média mensal da Euribor a três meses foi a que mais subiu no mês passado, ao passar de 3,780% em agosto para 3,880% em setembro, mais 0,100 pontos percentuais.
Em agosto, a média mensal do prazo mais curto tinha subido 0,108 pontos para 3,780%, contra 3,672% em julho,
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Dados económicos da China dão alento às bolsas europeias
Os principais índices europeus começaram hoje a negociar em terreno positivo, numa altura em que vão avaliando dados económicos positivos da China. A produção industrial, cujos dados oficiais foram divulgados esta segunda-feira, mostrou uma subida pela primeira vez em seis meses, um sinal de que os estímulos de Pequim possam estar a ter efeito na economia.
O índice de referência, Stoxx 600, sobe 0,34% para 451,74 ponto, com o setor mineiro e imobiliário a registarem os maiores ganhos.
Entre os principais movimentos de mercado, o UBS sobe %, depois de ter anunciado que chegou a um acordo com o Estado de Moçambique sobre a responsabilidade do Credit Suisse num escândalo de financiamento de navios.
Os "traders" estão também focados na participação do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, numa "roundtable" na Pensilvania, juntamente com o presidente da Fed de Philadelphia, Patrick Harker.
As bolsas europeias encerraram na sexta-feira o primeiro trimestre de perdas desde setembro de 2022, com os índices a serem penalizados pela possibilidade de taxas de juro elevadas durante mais tempo e crescimento económico mais lento na Europa e na China.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,41%, o francês CAC-40 valoriza 0,32%, o italiano FTSEMIB ganha 0,19%, o britânico FTSE 100 sobe 0,17% e o espanhol IBEX 35 pula 0,59%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,05%.
Em Lisboa, o PSI avança 0,56%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta segunda-feira, com os investidores a aguardarem dados das PMI das empresas, bem como o desemprego na região.
O mercado está ainda a reagir a uma decisão da Fitch de melhorar o "rating" de Portugal, passando-o de "BBB+" para "A-", com perspetiva estável.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 3,9 pontos base para 3,593%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo vencimento sobe 2,8 pontos base para 2,865%.
A rendibilidade dos juros da dívida soberana italiana soma 2,3 pontos base para 4,795%, os juros da dívida francesa sobem 2,9 pontos base para 3,425% e os juros da dívida espanhola avançam 2,8 pontos base para 3,955%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravam-se em 4,3 pontos base para 4,435%.
Dólar recua após fortes ganhos durante a madrugada
O dólar esteve a negociar esta madrugada com fortes ganhos, sustentado por um acordo, mesmo que ainda temporário, de um orçamento federal nos Estados Unidos. No entanto, a "nota verde" está praticamente inalterada a esta hora.
Os investidores viram as atenções para Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, que discursa esta segunda-feira.
O dólar cede 0,03% para 0,9455 euros, enquanto que o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força do da moeda norte-americana face a dez moedas rivais, recua 0,08% para 106,0880 pontos.
"Uma resolução temporária da situação de 'shutdown' do governo norte-americano deve dar algum alívio, o que pode permitir que o sentimento do mercado se foque nos dados económicos dos EUA que serão conhecidos esta semana", escreveu o analista Jun Rong Yeap, analista da IG Asia, numa nota vista pela Bloomberg.
"As 'yields' das 'Treasuries' elevadas continuam a dar força ao dólar", completou.
Ouro continua a ser penalizado pela força do dólar
O ouro está a negociar em terreno negativo esta segunda-feira e vai assim registando perdas pela sexta sessão consecutiva, o que levou o metal a tocar mínimos de sete meses.
A força do dólar continua a penalizar o ouro, uma vez que para compradores com moeda estrangeira se torna mais dispendioso.
O metal amarelo perde 0,47% para 1.839,86 dólares por onça.
"Os dados da economia norte-americana mostram maior fraqueza e o aperto da Reserva Federal está a começar a aparecer em mais e mais sítios", disse à Reuters a analista Ilya Spivak da Tastylive.
"Se os dados começarem a mostrar maior fraqueza, o ouro pode encontrar espaço para sair do atual patamar", completou
Petróleo valoriza com perspetivas de aperto na oferta
O petróleo está a valorizar e a recuperar de algumas perdas registadas no final da semana passada, numa altura em que os investidores se focam na possibilidade de um maior aperto no lado da oferta.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,19% para 90,96 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,13% para 92,32 dólares.
Os dois indices registaram um "rally" de quase 30% no terceiro trimestre do ano, sustentado por expectativas de um maior aperto do mercado, depois da Rússia e da Arábia Saudita terem anunciado novos cortes no fornecimento de crude até ao final do ano.
O "Joint Ministerial Monitoring Committee", um painel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que se reúne esta quarta-feira deverá, segundo a Reuters, manter a sua política de produção inalterada.
Europa de olhos no vermelho. Ásia positiva
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura no vermelho, com os investidores focados nos dados do desemprego na Zona Euro, que serão conhecidos esta segunda-feira.
A subida das "yields" das obrigações soberanas continua a colocar pressão no mercado acionista.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,2%.
Na Ásia, a sessão fez-se de verde, com o sentimento dos investidores a ser sustentado por um acordo temporário de um orçamento federal nos Estados Unidos, que deverá impedir que os EUA fiquem sem dinheiro para fazer face às suas despesas.
Na China e na Coreia do Sul os mercados estiveram encerrados devido a um feriado.
Os índices japoneses registaram os maiores ganhos na região, depois de uma vertente de um inquérito ao sentimento do consumidor ter atingido máximos de 32 anos.
O mercado vira-se agora para um discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, esta segunda-feira, bem como dados sobre a produção industrial e números do emprego nos EUA. Os dados sobre a economia norte-americana são particularmente relevantes para a Ásia, uma vez que existe um grande volume de exportações para a região.
No Japão, o Topix subiu 1,2%, ao passo que o Nikkei avançou 1,4%.