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Ao minuto03.01.2024

Cautela antes das atas da Fed empurra Europa para o vermelho

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.

Bloomberg
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03.01.2024

Cautela antes das atas da Fed empurra Europa para o vermelho. Setor do luxo pressionado

As previsões para os resultados da Europa são pessimistas.

A Europa terminou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, com várias das principais praças europeias a perderem mais de 1%, num dia de maior cautela, em que os investidores aguardam a divulgação das atas referentes à última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O Stoxx 600 – "benchmark" para o mercado europeu -  cede 0,86% para 474,4 pontos, depois de ter terminado o ano passado em máximos de janeiro de 2022, motivado sobretudo pela expectativa de cortes  dos juros diretores este ano.

Dos 20 setores que compõem o índice de referência do bloco, recursos primários e tecnologia lideraram a tabela das perdas. As ações do setor do luxo também se destacaram pela negativa, depois de o UBS ter antecipado numa nota de "research", citada pela Bloomberg, uma época de resultados fraca para o setor, com visibilidade limitada para o resto do ano.

Assim, a título de exemplo, a LVMH derrapou 3,82% e a Richemont caiu 3,83%.

Os títulos da empresa ferroviária francesa Alstom afundaram 9,90%, depois de o Barclays ter mantido a recomendação em "underweight" (equivalente a "vender"), ao sinalizar problemas que persistem na companhia.

Por outro lado, a transportadora Maersk valorizou 5,41% à boleia da revisão em alta da recomendação pelo Goldman Sachs.

Entre as principais praças europeias, Frankfurt perdeu 1,38%, Paris derrapou 1,58% e Madrid deslizou 1,26%.

Milão subtraiu 1,39%, Londres cedeu 0,51% e Amesterdão desvalorizou 0,43%, Por cá, a bolsa de Lisboa seguiu a tendência das principais praças europeias e recuou 0,67%.

03.01.2024

Juros aliviam na Zona Euro em dia de menor apetite pelo risco

Economia da Zona Euro terá contraído 0,1% entre julho e setembro, face aos três meses anteriores, com Portugal a cair ainda mais.

Os juros aliviam na Zona Euro, num dia marcado por um sentimento de cautela no mercado de risco, depois do "rally" do final do ano passado, motivado pela expectativa de corte de juros diretores no decorrer deste ano.

A instabilidade no Médio Oriente levou também os investidores a darem preferência a ativos mais seguros.

A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a Zona Euro – aliviou 4,7 pontos base para 2,017%.

Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos subtraíram 2,7 pontos base para 2,644%.

A taxa interna de rendibilidade da dívida italiana com a mesma maturidade cedeu 1,5 pontos base para 3,689%.

A "yield" dos títulos espanhóis, que vencem em 2034, recuou 2,1 pontos base para 2,994%.

03.01.2024

Euro perde força contra dólar no arranque do pior mês do ano para a moeda única

Euro e renminbi chinês estão na linha da frente para ganhar força à medida

O dólar sobe 0,37% para 0,9174 euros, numa altura em que o mercado aguarda a divulgação das atas referentes à última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

Por outro lado, o euro está também a ser penalizado depois de a taxa de desemprego na Alemanha ter subido.

Por norma janeiro é o pior mês do ano para o euro, pelo que "as probabilidades estão contra" a moeda única, salienta Francesco Pesole, estratega cambial do ING.

O especialista antecipa ainda que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força do "green cash" contra outras divisas –se mantenha no patamar dos 102 pontos esta semana. 

Esta quarta-feira, o índice soma 0,46% para 102,6750 pontos, já que os investidores "preferem adotar posições defensivas no dólar antes de serem divulgados" os números da criação de emprego nos EUA, que serão publicados esta sexta-feira.

03.01.2024

Petróleo avança 3% com receio de guerra alargada no Médio Oriente

Os preços do petróleo estão a subir mais de 3% impulsionados pelo escalar das tensões no Médio Oriente após uma explosão no Irão classificada por Teerão como um "acto terrorista".

A explosão que terá causado mais de 150 mortos surge um dia após Israel ter morto o número dois do Hamas em Beirute, no Líbano.

O aumento das tensões está a gerar receios no mercado de que a oferta de crude sofra uma redução, nomeadamente por problemas nas rotas utilizadas pelos petroleiros.

Em Londres, o barril de Brent, referência para as importações portuguesas, sobe 3,08%, para os 78,23 dólares por barril.

Já o West Texas Intermediate (WTI), comercializado nos Estados Unidos, avança 3,28%, até aos 72,69 dólares por barril.

03.01.2024

Ouro desvaloriza com dólar mais forte

O ouro está a desvalorizar, penalizado pela força do dólar. Isto porque, sendo cotado na nota verde, se torna menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.

O metal precioso cede 0,99% para 2.038,57 dólares por onça. 

Em 2023 valorizou mais de 13%, à boleia das expectativas de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos iria começar a descer os juros este ano - o que beneficiaria o metal precioso que, por não remunerar juros, tende a perder com uma política monetária mais restritiva.

Contudo, no início deste ano, a expectativa parece já não ser suficiente, com os investidores a aguardarem por dados que confirmem se o entusiasmo é justificado. 

Um dos principais focos durante esta quarta-feira será a divulgação das atas da reunião de dezembro da Fed. 

O "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores -, divulgado na altura, indicava cortes de 75 pontos base nos juros diretores ao longo de 2024, sinalizando um maior alívio do que o anteriormente previsto. Uma informação sobre a qual os investidores esperam ter mais pistas com a divulgação das atas.

Noutros metais, o paládio perde 1,25% para 1.067,53 dólares e a platina cai 0,91% para 976,94 dólares.

03.01.2024

Wall Street arranca no verde com investidores à espera de atas da Fed

As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação de novos dados que confirmem se as fortes apostas nas descidas dos juros são justificadas.

Além de dados relacionados com o emprego, como o número de vagas disponíveis em dezembro, o mercado aguarda também a divulgação das atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. 

O S&P 500, referência para a região, perde 0,49% para 4.719,6 pontos, o industrial Dow Jones cede 0,48% para 37.532,63 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,56% para 14.682,51 pontos.

Entre as principais movimentações, a Nvidia cai 0,12% para 481,11 dólares, depois de uma valorização de mais de 200% no acumulado de 2023.

O ano que ainda agora terminou foi de ganhos para as ações, com as norte-americanas entre os melhores desempenhos. E esse "rally", sobretudo no quarto trimestre, foi conseguido à boleia de um otimismo quanto aos cortes dos juros este ano.

As atas da última reunião da Fed, hoje conhecidas, são especialmente relevantes para o mercado, porque foi depois desse encontro - no qual o banco central manteve as taxas de juro inalteradas - que o entusiasmo e respetiva valorização dos títulos se instalou.

Esta quarta-feira, o presidente da Fed de Richmond, Thomas Barkin, alertou que "as condições estão sempre a mudar", assim como a "abordagem da Fed". "Por isso, preparem-se. Este é o protocolo de segurança apropriado mesmo que esperem uma aterragem suave", alertou, em declarações à Bloomberg.

03.01.2024

Taxa Euribor sobe a três, seis e 12 meses

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira e permaneceu abaixo de 4% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que subiu para 3,929%, ficou acima da taxa a seis meses (3,882%) e da de 12 meses (3,545%).

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, avançou hoje para 3,545%, mais 0,013 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também subiu hoje, para 3,882%, mais 0,021 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,929%, mais 0,024 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

03.01.2024

Vermelho domina abertura na Europa

As bolsas europeias abriram em terreno negativo, num dia em que os investidores aguardam dados económicos que comprovem se o entusiasmo em torno dos cortes de juros - que levou a um "rally" no quarto trimestre de 2023 - são ou não justificados.

O Stoxx 600, referência para a região, desliza 0,14% para 477,82 pontos, com praticamente todos os setores a registarem perdas. Só os setores alimentar, telecomunicações e banca valorizam a esta hora (0,99%, 0,93% e 0,22%, respetivamente). 

As perdas são lideradas pelos setores dos recursos naturais, que cai 1,33%, e da tecnologia (-1,05%).

Entre as principais movimentações, a ASML cai 2,05% para 650,7 euros, uma dia após ter sido conhecido que terá cancelado o envio de algumas das suas máquinas para a China a pedido da administração liderada pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 cai 0,18%, num dia em que a taxa de desemprego na Alemanha foi revista em alta, tendo-se situado nos 5,9% em dezembro (acima dos 5,8% inicialmente previstos).

O francês CAC-40 cede 0,76%, o espanhol Ibex 35 recua 0,08%, o italiano FTSE Mib desliza 0,19%, o britânico FTSE 100 perde 0,08% e o AEX, em Amesterdão, desvaloriza 0,19%.

"2024 começou com um menor risco. Se isto é uma remoção duradoura da exuberância excessiva não é certo", afirmou Vishnu Varathan, economista-chefe no Mizuho Bank, em declarações à Bloomberg.

03.01.2024

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que traduz uma menor aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que o mercado espera pela divulgação de dados económicos na Europa e nos Estados Unidos, na expectativa de obter mais pistas sobre a evolução dos juros este ano.

A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos sobe 3,5 pontos base para 2,706% e a das Bunds alemãs, com o mesmo prazo, agrava-se 2,9 pontos para 2,093%. 

A rendibilidade da dívida pública italiana sobe 5,4 pontos base para 3,759%, a da dívida soberana francesa aumenta 3,3 pontos para 2,626% e a da dívida espanhola agrava-se 4,3 pontos para 3,058%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica crescem 3,5 pontos base para 3,669%.

03.01.2024

Euro sobe face ao dólar

O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação das atas da última reunião de política monetária da Fed. 

A moeda única europeia sobe 0,11% para 1,0954 dólares.

Depois de ontem ter subido para máximos de quase duas semanas, o dólar, que é também visto como um ativo-refúgio, negoceia hoje com menor robustez face às principais divisas rivais. Ainda assim, sobe 0,44% face ao iene e 0,06% perante o franco suíço.

03.01.2024

Ouro mantém ganhos com investidores mais cautelosos

Os preços do ouro estão a subir, num dia em que os investidores mostram um menor apetite pelo risco. Depois de um 2023 de ganhos para as ações, tanto na Europa, como nos Estados Unidos, à boleia de um otimismo quanto a uma descida dos juros por parte dos bancos centrais, o mercado mostra-se mais cauteloso antes da divulgação das atas da reunião de dezembro da Fed.

O ouro a pronto (spot) valoriza 0,12% para 2.061,44 dólares por onça. Noutros metais, o paládio soma 0,57% para 1.087,15 dólares e a platina cede 0,12% para 984,74 dólares.

Esta semana será recheada de dados nos Estados Unidos, com a divulgação do número de vagas de emprego disponíveis em novembro, da indústria transformadora e as atas do último encontro do banco central norte-americano. Indicadores estes que poderão influenciar a decisão da Fed sobre o curso da política monetária e aos quais os investidores vão estar atentos.




03.01.2024

Petróleo desliza com maior cautela no mercado

O pedido feito pelo Irão fez agravar o preço do crude já que revela um escalar verbal das tensões.

Os preços do petróleo estão a desvalorizar, num dia em que uma maior cautela está a sobrepôr-se à possível quebra do fornecimento devido à escalada de conflito no Mar Vermelho. 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 0,67% para 69,91 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cede 0,54% para 75,48 dólares por barril.

Os investidores estão a reajustar as apostas sobre a dimensão do corte dos juros por parte dos maiores bancos centrais, numa posição que contrasta com a observada no último trimestre de 2023.

A mudança de sentimento está a pesar nos preços do petróleo, numa altura em que os investidores continuam atentos aos desenvolvimentos no Médio Oriente. O Irão enviou no domingo um navio de guerra para o Mar Vermelho - onde os rebeldes houthis intensificaram os ataques contra navios que consideram "ligados a Israel" desde o início do conflito com o grupo Hamas.

O navio iraniano entrou no Mar Vermelho depois de os Estados Unidos terem dito que afundaram três navios dos rebeldes houthis, o que está a ser visto como uma marcação de posição para desafiar a maior potência económica, que se tem mostrado ao lado de Israel. 

03.01.2024

Europa aponta para quedas e Ásia fecha no vermelho com fuga ao risco dos investidores

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, num início de ano em que o sentimento de fuga ao risco está a dominar o mercado. 

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,3%.

Na Ásia, a sessão encerrou maioritariamente pintada de vermelho, com o setor da tecnologia na China a penalizar.

Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, perdeu 0,93% e o Shanghai Composite subiu 0,17%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 2,34. No Japão, que no primeiro dia do ano emitiu um alerta de tsunami após ter sido atingido por um sismo de magnitude 7,4, a negociação continua fechada devido a feriado.

Depois de um 2023 de ganhos para as principais bolsas mundiais, à boleia de um maior otimismo quanto a um alívio da política monetária por parte dos bancos centrais, o mercado mostra-se mais cauteloso no arranque de 2024.

A divulgação das atas da reunião de dezembro da Reserva Federal (Fed) norte-americana, esta quarta-feira, será vista atentamento pelos investidores, que procuram pistas sobre os próximos passos. Destas deverá sair um tom "hawkish", ou seja, mais duro, afirmou Ian Lyngen, analista da BMO Capital Markets, à Bloomberg.

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