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Stoxx 600 sobe há nove semanas. É a mais longa série de ganhos desde 2012
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta sexta-feira.
Stoxx 600 assinala a nona semana de ganhos consecutiva. É a mais longa série de ganhos desde 2012
Os principais índices europeus terminaram a sessão desta sexta-feira sem tendência definida, com o "benchmark" europeu, Stoxx 600, a assinalar a nona semana de ganhos consecutiva - a mais longa série em quase 12 anos.
Os investidores têm mostrado maior apetite pelo risco, dada a robustez da economia e a possibilidade de cortes de juros pelos bancos centrais, depois de o Banco Nacional da Suíça ter surpreendido o mercado esta quinta-feira com um corte de juros em 25 pontos base e de a postura de Andrew Bailey, líder do Banco de Inglaterra - que ontem manteve os juros inalterados - ter sido interpretada como mais brando.
O índice de referência europeu deslizou 0,03% para 509,64 pontos, depois de ontem ter terminado nos 509,77 pontos - um recorde de fecho e, durante a sessão, ter chegado a tocar máximos históricos nos 510,25 pontos.
A registar os maiores ganhos esteve o setor das "utilities" (água, luz, gás), seguido pelo imobiliário e pelo setor alimentar. Pela negativa, o setor das viagens caiu mais de 1% e o da tecnologia desceu 0,87%.
"Na Europa há sinais de uma recuperação económica na segunda metade do ano, o que explica algum otimismo, mas a valorização dos mercados acionistas tem sido muito concentrado, o que é pouco saudável", referiu Gilles Guibout, gestor de portfólio da Axa Investment Managers em Paris.
Cerca de 40% a 50% dos ganhos deste ano no mercado acionista têm estado concentrados num conjunto de grandes empresas, incluindo a ASML, SAP, LVMH e Novo Nordisk.
Entre os principais movimentos de mercado, a empresa suíça de tratamentos para a pele Galderma ganhou 21% para 64 francos suíços na oferta pública inicial (IPO), o que avalia a empresa em mais de 15 mil milhões de francos, marcando o maior IPO das últimas duas décadas na Suíça. "Em certa medida, este foi um teste para o mercado de IPO, pelo que é bom que tenha corrido bem", comentou à Bloomberg o analista Olivier David da Vega IM.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,15%, o italiano FTSEMIB avançou 0,05%, o britânico FTSE 100 subiu 0,61% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,7%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,11%.
Pela negativa, o francês CAC-40 recuou 0,34%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a descer esta sexta-feira, o que significa uma maior aposta em obrigações, numa semana marcada por decisões de política monetária em vários pontos do mundo.
A presidente do Banco Central Europeu avisou que se espera a redução da inflação na região, ao mesmo tempo que outros membros, como Edward Scicluna, acreditam que um corte nas taxas em Abril "não é impossível nem mesmo improvável", segundo a Bloomberg.
No contexto nacional, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, não se compromete com um "timing" para a redução das taxas, mas considera que o abrandamento dos salários é um fator "essencial" para o banco central avançar com essa decisão.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, desceram 4,8 pontos base, para 2,967%, enquanto em Espanha a "yield" aliviou em 5,2 pontos, para 3,154%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, registaram uma grande queda de 8,1 pontos base, para 2,321%.
Já a rendibilidade da dívida francesa cedeu 4,9 pontos base, para 2,796%, enquanto a da dívida italiana diminuiu em 3,2 pontos para 3,637%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, desceram 6,6 pontos base para 3,926%, um dia depois de o Banco de Inglaterra decidir manter os juros inalterados. No entanto, os analistas de mercado continuam a acreditar na possibilidade de cortes ao longo do ano.
Petróleo cede com robustez do dólar
As cotações do "ouro negro" seguem a perder terreno nos princpais mercados internacionais, penalizadas pela robustez do dólar.
O crude é denominado em dólares e, por isso, quando a nota verde valoriza, o ativo fica menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a perder 0,64% para 80,55 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,58% para 85,28 dólares.
Força do dólar penaliza ouro
O ouro está a negociar em baixa, pressionado por um dólar mais forte, um dia depois de o metal precioso ter superado a barreira dos 2.200 dólares por onça, antes de recuar e corrigir.
O metal amarelo derrapa 0,61% para os 2,167.98 dólares por onça.
Ainda assim, o ouro caminha para um ganho semanal, com os investidores mais otimistas com a possibilidade de um corte das taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA já em junho.
"O mercado do ouro diz-nos que, apesar da recuperação do mercado acionista , ainda há uma 'oferta' significativa para o valor de diversificação que o ouro oferece", disse Matthew Schwab, do grupo Quantix Commodities, à Bloomberg.
A força da moeda norte-americana torna a compra de metais preciosos mais cara para compradores em moeda estrangeira. Além disso, o inesperado corte das taxas de juro pelo Banco Nacional da Suíça (SNB), que evidencia a diferente abordagem à política monetária face ao Banco Central Europeu e à Fed, fez com que o dólar escalasse.
O dólar valoriza 0,43% para 0,9248 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da "nota verde" face à 10 divisas rivais - soma 0,37% para 104,394.
"Tivemos um corte surpresa pelo SNB esta semana", afirmou à Reuters Shaun Osborne, analista da Scotiabank, acrescentando que "as pessoas têm estado a extrapolar, certamente de um ponto de vista de tentar compreender o que esta decisão significa para os outros bancos centrais".
Wall Street faz pausa no "rally", atenta a comentários da Fed
O "rally" de Wall Street fez uma pausa esta sexta-feira, com as bolsas, ainda assim, a caminhar para a sua melhor semana de 2024, perante a possibilidade de a Reserva Federal (Fed) norte-americana cortar os juros em junho.
O S&P 500 segue a perder 0,07% para 5.238,01 pontos, depois de, esta semana, ter escalado mais de 2%.O Dow Jones cai 0,29% para 39.666,90 pontos e o Nasdaq 100 recua 0,04% para 16.394,99 pontos.
A Tesla lidera perdas entre as empresas mais valiosas, ao cair 1,75% para 169,80 dólares. Já a Nike tomba 8,24% para 92,51 dólares, depois de a empresa ter previsto uma queda nas vendas no primeiro semestre devido à substituição de modelos mais antigos - a fabricante de sapatos desportivos quer reduzir a oferta de ténis clássicos como o Air Force 1 e o Pegasus.
Os investidores estão atentos a comentários de membros da Fed: o evento "Fed Listens", que decorre esta sexta-feira, contou com o presidente na abertura, mas Jerome Powell não falou de política monetária. O vice-presidente para a Supervisão, Michael Barr, e o presidente da Fed em Atlanta, Raphael Bostic, também vão discursar.
"O foco vai voltar hoje à Fed, e qualquer coisa que os dirigentes digam que desafie a ideia de três cortes em 2024, apesar de uma economia forte, vai provavelmente estimular alguns lucros após a robusta recuperação da decisão pós-Fed desta semana", diz à Bloomberg Tom Essaye, fundador do Sevens Report.
Taxas Euribor descem em todos os prazos
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,903%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,874%) e da taxa a 12 meses (3,682%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,874%, menos 0,028 pontos do que na quinta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro, a Euribor a seis meses representava 36,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 35,7% e 24,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também baixou hoje, para 3,682%, menos 0,053 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,903%, menos 0,023 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor em fevereiro voltou a cair a três meses, mas subiu nos dois prazos mais longos.
A média da Euribor em fevereiro desceu 0,002 pontos para 3,923% a três meses (contra 3,925% em janeiro), mas subiu 0,009 pontos para 3,901% a seis meses (contra 3,892%) e 0,062 pontos para 3,671% a 12 meses (contra 3,609%).
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Europa arranca mista. Stoxx 600 caminha para ganho semanal
As bolsas europeias estão a negociar mistas esta sexta-feira, com o Stoxx 600 a caminho de fechar a semana com uma subida de mais de 1%.
A esta hora, o índice de referência ganha 0,07% para 510,11 pontos, com o setor das telecomunicações a comandar as subidas (0,82%) e o da tecnologia, que é mais vulnerável à política monetária, as perdas (-0,9%).
Entre as principais movimentações, a Roche Holding valoriza 1,07% e o grupo Phoenix salta mais de 8% após ter apresentado as contas do último ano.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 sobe 0,09%, o espanhol Ibex 35 soma 0,39%, o britânico ganha 0,77% e o italiano FTSE Mib valoriza 0,01%. Em sentido contrário, o francês CAC-40 recua 0,23% e o AEX, em Amesterdão, perde 0,08%.
Os investidores mostram, assim, uma menor euforia esta sexta-feira, dia em que Christine Lagarde, presidente do BCE, e Philip Lane, economista-chefe do banco central, discursam. Lagarde fala na Cimeira do Euro, em Bruxelas, e Lane numa conferência no Reino Unido.
A semana foi, de forma geral, positiva para as ações um pouco por todo o mundo, com o apetite pelo risco a ganhar força renovada após a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter sinalizado que continua a prever três cortes dos juros este ano. Isto apesar de um avanço na inflação acima do esperado em fevereiro.
E o ânimo acentuou-se depois de o Banco Nacional Suíço surpreender o mercado ao descer os juros em 25 pontos base da sua principal taxa diretora, que ficou com um juro de 1,5%, e de a postura Andrew Bailey, líder do Banco de Inglaterra - que ontem manteve os juros inalterados - ter sido interpretada como mais suave.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta sexta-feira, o que sinaliza uma maior aposta em obrigações.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos desce 1,5 pontos base para 3% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, alivia 4,2 pontos para 2,361%.
A rendibilidade da dívida italiana cai 0,3 pontos base para 3,666%, a da dívida espanhola cede 2 pontos para 3,186% e a da dívida francesa alivia 2,1 pontos para 2,823%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas com o mesmo prazo aliviam 4,5 pontos base para 3,948%. A descida da "yield" observa-se um dia após o banco central britânico ter mantido os juros inalterados. Apesar de não ter referido eventuais cortes dos juros, os analistas acreditam que o caminho para o corte dos juros nos próximos meses está traçado.
"Acreditamos que o balanço dos riscos está inclinado a que o banco atue mais rápido do que esperamos - junho e não agosto", afirmou George Buckley, economista na Nomura, em declarações à Bloomberg.
Ouro perde com dólar mais forte
Os preços do ouro estão a descer, corrigindo da forte subida registada após a reunião da Fed que levou o metal precioso a negociar acima dos 2.200 dólares por onça - máximos históricos.
O ouro spot cede 0,67% para 2.166,68 dólares por onça.
O metal amarelo está a ser pressionado também por um dólar mais forte, que caminha para terminar a segunda semana com ganhos.
No mercado cambial, o euro perde face à nota verde, num dia em que os investidores aguardam pelas declarações de diferentes membros do BCE, incluindo Philip Lane, economista-chefe do banco central.
A moeda da Zona Euro recua 0,38% para 1,0822 dólares.
Além do euro, também a libra recua 0,48% perante a nota verde, um dia após o Banco de Inglaterra (BoE na sigla em inglês) ter mantido os juros inalterados, sem referir uma única palavra sobre potenciais cortes dos juros.
Também o iene e o franco suíço perdem perante o dólar (-0,08% e -0,3%, respetivamente).
Petróleo perde com cessar-fogo em Gaza no centro das atenções
Os preços do petróleo estão a descer, numa altura em que os investidores assistem aos desenvolvimentos sobre um potencial cessar-fogo em Gaza.
Os Estados Unidos entregaram pela primeira vez uma resolução à ONU a pedir um cessar-fogo na região. Parte da valorização que o ouro negro tem acumulado foi à boleia de potenciais disrupções no fornecimento de crude no Médio Oriente, devido aos conflitos, não só entre Israel e Gaza, mas também no Mar Vermelho.
Com os EUA, maior economia mundial, a apelar a um cessar-fogo, os investidores reavaliam as posições.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, perde 0,68% para 80,52 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desliza 0,66% para 85,21 dólares por barril.
"Um cessar-fogo ajudaria a acalmar os receios de que a situação em Gaza poderá espalhar-se de forma mais abrangente à região. Além disso, poderá encorajar os houthis do Iémen a pararem e permitir a passagem de petroleiros pelo Mar Vermelh, o que seria um desenvolvimento positivo em termos de ajudar a equilibrar as dinâmicas de oferta e procura", afirmou Tony Sycamore, analista na IG, em declarações à Reuters.
Europa aponta para perdas. Só Japão escapa ao vermelho na Ásia
As bolsas europeias apontam para um início de sessão em terreno negativo, depois de na quarta-feira a negociação ter sido marcada por ganhos, com o Stoxx 600 a escalar para máximos históricos.
O otimismo é hoje menor, com os futuros sobre o Euro Stoxx a caírem 0,3%.
O dia de hoje será marcado pela divulgação de uma série de dados económicos na Europa e de discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE). Além das vendas a retalho de fevereiro no Reino Unido e das condições empresariais e as expectativas das empresas em março na Alemanha, os investidores vão também estar atentos aos discursos de Philip Lane e Robert Holzmann, economista-chefe e membro do conselho do BCE, respetivamente.
Na Ásia, a negociação encerrou maioritariamente no vermelho, tendo apenas os índices japoneses escapado às perdas.
Na China, o Hang Seng cedeu 1,91% e o Shangai Composite deslizou 0,95%, numa altura em que os investidores estão a digerir as fracas perspetivas das empresas e sinais de que Pequim não continuará a adotar medidas para apoiar a moeda chinesas. Também na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,23%
Em sentido contrário, no Japão, a sessão terminou com ganhos: o Nikkei subiu 0,18% e o Topix valorizou 0,61%.