Notícia
Europa tomba ensombrada por crise no Reino Unido
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Os juros negoceiam de forma mista na Zona Euro
Os juros negoceiam de forma mista na Zona Euro.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu- agrava 0,7 pontos base para 2,415%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos descem 0,4 pontos base para 4,725%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade soma 0,4 pontos base para 3,432% enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade sobem 0,6 pontos base para 3,531%.
Europa tomba ensombrada por crise no Reino Unido
As bolsas europeias fecharam esta quinta-feira no vermelho, com os investidores preocupados com a política monetária agressiva dos bancos centrais e a seguir com ansiedade o caos político no Reino Unido.
O índice de referência, Stoxx 600, que agrega as principais empresas do bloco, recuou 0,62% para 396,29 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental só o britânico FTSE 100 e o AEX de Amesterdão é que registaram ganhos, avançando 0,37% e 0,06%, respetivamente. O alemão Dax perdeu 0,29%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,85%, o italiano FTSEMIB caíu 0,62%, o espanhol IBEX 35 tombou 1,29%
Os investidores estavam também a digerir um artigo do Wall Street Journal que indica que a Reserva Federal dos Estados Unidos vai subir os juros em 0,75% em novembro.
No Reino Unido os investidores estão a acompanhar a corrida à substituição de Liz Truss como primeira-ministra e a digerir notícias de que o novo plano fiscal poderá ter de ser novamente adiado.
Um inquérito da Bloomberg a economistas revelou que o Banco Central Europeu vai agir de forma mais firme do que o antecipado de modo a tentar controlar a inflação, mesmo com a Zona Euro perto da recessão. O BCE vai reunir-se para decidir as taxas de juro na próxima semana.
Juros agravam-se na Zona Euro e no Reino Unido
Os juros da dívida soberana seguem a agravar-se na Zona Euro, numa altura em que os mercados já dão praticamente como certa a continuidade do ritmo da subida das taxas de juro.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - sobem 4 pontos base para 2,434%, enquanto os juros da dívida italiana com a mesma maturidade avançam 2,7 pontos base para 4,759% e a "yield" da dívida francesa soma 4 pontos base para 2,993%.
Por cá, os juros da dívida nacional a dez anos somam 2 pontos base para 3,451%, enquanto os juros da dívida espanhola avançam 2,8 pontos base para 3,547%.
O Banco Central Europeu reúne-se na próxima semana, sendo que uma sondagem realizada pela Bloomberg revela que os economistas acreditam que está a caminho uma nova subida das taxas de juro diretoras em 75 pontos base.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica escalam 19,2 pontos base para 4,087%.
Ouro pressionado por menor aposta dos ETF e subida do dólar
O ouro a pronto está a negociar com ganhos ligeiros, mas está a caminho de terminar a semana com saldo negativo, pela segunda semana consecutiva, com a subida do dólar e a menor aposta dos ETF indexados ao metal precioso a debilitar a tendência.
O metal amarelo segue a somar 0,91% para os 1.642,81 dólares por onça, mas na semana recua 0,41%.
O metal precioso tem sido penalizado pela subida do dólar, que o torna mais caro para quem negoceia com outras moedas e também tem sido prejudicado pela menor aposta dos ETF (Exchange Traded Funds - que replicam o desempenho de um índice ou ativo). A presença do ouro nos ETF recuou na quarta-feira em 12,5 toneladas, dando continuidade à queda dos últimos seis meses.
Ainda nos metais preciosos, arata, paládio e platina acompanham a descida do metal amarelo.
Euro sobe ligeiramente face ao dólar. Libra perde força
O euro segue a valorizar ligeiramente face à nota verde, estando a subir 0,11% para 0,9797 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cede 0,08% para 112.797 pontos, isto depois de ter registado fortes subidas - motivadas pelo sentimento de procura por ativos-refúgio desencadeado pela demissão da primeira-ministra britânica Liz Truss.
Destaque também para a libra, que segue a perder face ao dólar e ao euro. A moeda britânica desde 0,45% para 1,1184 dólares e 0,51% para 1,1422 euros.
Wall Street arranca mista mas rapidamente vira para o verde
As bolsas norte-americanas abriram a sessão de forma mista, mas pouco depois já estavam a negociar no verde. A volatilidade continua a marcar os índices, que, se por um lado digerem mais uma dose de resultados trimestrais, assistem também a comentários de membros da Fed que apontam para a continuidade da subida das taxas de juro.
O "benchmark" S&P 500 sobe 0,61% para 3.688,13 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avança 0,91% para 30.609,80 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cresce 0,22% para 10.638,36 pontos.
Os juros da dívida norte-americana a dez anos, que nos últimos dias se agravaram de forma acentuada, sobem hoje a um ritmo mais lento. A impulsionar este ativo estão comentários por parte de membros da Reserva Federal norte-americana (Fed), que defendem que a autoridade monetária deve continuar com o ritmo da subida das taxas de juro.
Petróleo sobe com perspetiva de maior procura chinesa
Os preços do "ouro negro" seguem a valorizar nos principais mercados internacionais, com a perspetiva de uma maior procura por parte da China a compensar os receios de uma recessão global.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 1,05% para 93,35 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 1,10% para 85,44 dólares por barril.
A desaceleração económica num contexto de alta inflação e a subida do dólar são fatores que têm estado a pressionar o crude, mas a notícia de que a China está a pensar aliviar as medidas de quarentena – no âmbito do combate à covid-19 – para os visitantes animou o mercado.
Taxas Euribor sobem para novos máximos a três, seis e 12 meses
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses para novos máximos respetivamente desde novembro de 2011, fevereiro de 2009 e dezembro de 2008.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,107%, mais 0,024 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou hoje, ao ser fixada em 1,543%, mais 0,041 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde novembro de 2011.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor subiu hoje, ao ser fixada em 2,778%, mais 0,045 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 08 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a "norma", mas salientou que a avaliação será reunião a reunião.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa veste-se de vermelho, Adidas afunda mais de 8%
A Europa a arrancou a sessão em terreno negativo, num dia marcado pela continuação da "earnings season" e durante a qual algumas cotadas apresentaram resultados que ficaram aquém das expectativas.
O Stoxx 600 desvaloriza 1,33% para 393,06 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice nem um só está no verde, sendo que o retalho (3,16%) e o imobiliário (2,27%) comandam as perdas.
Nas restantes praças europeias, Madrid recuou 1,72%, Frankfurt derrapou 1,52% e Paris deslizou 1,67%.
Por sua vez, Amesterdão caiu 1,30% e Milão perdeu 1,66%, enquanto Londres desvalorizou 0,76%, depois de a sessão desta quinta-feira ter sido motivada por ganhos ligeiros motivados pela saída primeira-ministra britânica Liz Truss. Por cá, Lisboa acompanhou a tendência e desvalorizou 0,83%.
Entre os principais movimentos de mercado o destaque vai para a Adidas que afunda 8,76%, depois de a gigante alemã ter cortado as perspetivas de lucro para este ano de 1,3 mil milhões de euros para 500 milhões de euros.
Também a Loreal desvaloriza 0,90%, depois de ter chegado a cair mais de 4%, após os resultados do terceiro trimestre terem apontado para um maior consumo dos produtos de massa do que os de luxo de marcas como a Ralph Lauren. Os analistas da RBC indicaram mesmo que os números da unidade de luxo da retalhista "ficaram abaixo das expectativas".
"Yield" alemã alcança novo máximo em 11 anos. Juros agravam-se dias antes da reunião do BCE
Os juros agravam-se na Zona Euro, numa altura em que os especialistas esperam que o Banco Central Europeu avance com uma política monetária restritiva agressiva.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava 5,9 pontos base para 2,453%, alcançando um novo máximo desde agosto de 2011.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somam 8,6 pontos base para 4,819%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional com a mesma maturidade alcança um novo máximo este ano como não era visto desde 2017, estando a crescer 5,9 pontos base para 3,489%. Em Espanha os juros das obrigações a dez anos acrescentam 6,4 pontos base para 3,583%.
Uma sondagem realizada pela Bloomberg junto de uma amostra de economistas aponta para que o BCE suba as taxas de juro diretoras em 75 pontos base na próxima semana. Os especialistas acreditam ainda que a taxa aplicada aos depósitos deve chegar a 2,5% em março, contra a expectativa de 1,5% apurada anteriormente.
Mais de dois terços dos inquiridos acreditam que a autoridade monetária ainda está atrasada no ritmo da subida dos juros diretores para conseguir reduzir a inflação á meta dos 2%. A pesquisa revela ainda que a expectativa é que mesmo que haja uma recessão, o BCE não deve travar a subida das taxas de juro.
Euro valoriza face ao dólar. Libra recua depois de forte subida motivada por Truss
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – negoceia na linha d’ água (0,01%) para 112,8 pontos, depois de fortes subidas, motivadas pelo sentimento de procura pelo refúgio desencadeado pela demissão da primeira-ministra britânica Liz Truss.
Já o euro aproveita a fraqueza da nota verde e soma 0,12% para 0,9790 dólares.
Por fim, a libra cai 0,29% para 1,1186 dólares, após esta quinta-feira ter chegado a somar mais de 1% após a saída de Truss. Face ao euro, a moeda britânica desliza 0,39% para 1,1428 euros.
Gás caminha para terceira perda semanal consecutiva
O gás alivia 3,3% no mercado de Amesterdão (TTF) - que serve de referência para o mercado europeu - para 123 euros por megawatt-hora, numa altura em que Bruxelas discute medidas para fazer frente à crise energética.
A reunião de dois dias do Conselho Europeu termina esta sexta-feira, tendo terminado o dia de ontem com a notícia de um corredor energético entre Portugal, Espanha e França.
O TTF caminha para uma terceira perda semanal consecutiva, tendo desvalorizado 13% durante este período.
Mau desempenho de fundos e dólar atiram ouro para mínimos de 30 meses
O ouro desvaloriza 0,41% para 1.621,02 dólares por onça, depois de perder 1% esta semana e depois de cair para o patamar dos 1.614 dólares, como não era visto desde abril de 2020.
O metal amarelo tem sido penalizado pela subida do dólar – a qual torna o metal precioso mais caro para quem negoceia com outras moedas – e mais recentemente tem sido pressionado pelos ETF (exchange traded funds) correlacionados com o ouro.
As saídas dos fundos estão a acelerar, um mau sinal para o ouro, que tem sido afastado pelos investidores ocidentais devido às políticas monetárias restritivas. As participações em fundos encolheram esta quarta-feira 12,5 toneladas, dando continuidade à queda de seis meses.
Prata, paládio e platina seguem esta tendência negativa.
Petróleo na linha d'água depois de semana volátil
O petróleo negoceia na linha d’ água, depois de uma semana volátil.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – negoceia na linha d’ água (-0,04%) para 84,47 dólares por barril, movimento seguido pelo Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias (-0,05%), o qual é negociado nos 92,34 dólares por barril.
Mais uma vez o cenário de desaceleração económica e consequente subida do dólar penalizou o ouro negro, por outro lado, a notícia de abrandamento das restrições na China contra a covod-19 favoreceu a matéria-prima.
Europa aponta para terreno negativo. Ásia fecha mista
A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo e a Ásia fechou o dia de forma mista, um dia depois da demissão da primeira-ministra britânica Liz Truss.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 deslizam 0,9%. Pela Europa é dia do mercado continuar a acompanhar a crise política em Downing Street e no Partido Conservador britânico.
Esta sexta-feira termina também o Conselho Europeu, que arrancou na quinta-feira em Bruxelas e onde o primeiro-ministro português está presente. A reunião tem-se centrado sobretudo na crise energética que assola a Europa, numa altura em que aumentam as preocupações quanto ao fornecimento de gás durante o inverno.
É ainda dia de medir o pulso da confiança dos consumidores na Zona Euro, na UE e no Reino Unido.
Na Ásia, pela China o tecnológico Hang Seng perdeu 0,5% e Xangai subiu 0,4%. Pelo Japão, o Topix desvalorizou 0,5% e o Nikkei deslizou 0,51%. Na Coreia do Sul o Kospi perdeu 0,3%.
Durante a sessão, os investidores digeriram a notícia de que a administração Biden pretende alargar a lista de restrições de acesso da China a materiais norte-americanos para componentes ligados à computação quântica, um dos estágios mais avançados da informática.