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Europa cede terreno. Harbour Energy em contraciclo após anúncio de aquisição
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Europa cede terreno. Harbour Energy em contraciclo após anúncio de aquisição
Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em queda, numa sessão que teve menor volume de negociação, numa altura em que se aproximam as festividades natalícias e de ano novo. Os investidores continuam a centrar-se as perspetivas para os cortes de juros pelos bancos centrais ao longo de 2024.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recuou 0,21% para 476,94 pontos. A registar a maior queda estiveram os setores automóvel e do imobiliário, que desvalorizaram entre 0,76% e 0,81%.
Entre os principais movimentos de mercado, a Royal Philips perdeu 2,51%, após ter recolhido alguns dos seus equipamentos médicos devido a riscos de explosão, na sequência de um alerta por parte da Agência norte-americana para os Alimentos e Medicamentos (FDA).
Do lado dos ganhos, a Harbour Energy escalou 21,11%, depois de ter chegado a acordo para a aquisição dos ativos de "upstream" de petróleo e gás da Wintershall Dea, por 11,2 mil milhões de dólares.
"Os mercados europeus tendem a parecer mais baratos do que os congéneres norte-americanos e continuam a parecer baratos em comparação com o seu próprio historial, apesar do forte desempenho durante o ano", disse à Bloomberg o analista Lewis Grant da Federated Hermes.
Mas "há uma razão para isso: as perspetivas macroeconómicas continuam a ser desafiantes, com um crescimento económico altamente incerto. E há também uma situação geopolítica menos estável", explicou ainda.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax desvalorizou 0,27%, o francês CAC-40 cedeu 0,16%, o italiano FTSEMIB recuou 0,29% e o britânico FTSE 100 perdeu também 0,27%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,48%.
Por sua vez, o espanhol IBEX 35 avançou 0,03%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão desta quinta-feira a aliviar ligeiramente, o que indica uma maior aposta dos investidores nas obrigações, num dia em que as praças europeias negociaram em baixa.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos cederam 0,6 pontos base para 2,532%, a renovarem mínimos de agosto de 2022.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 0,6 pontos para 1,962%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida espanhola cedeu 1,2 pontos base para 2,885%, ao passo que os juros da dívida italiana recuaram 0,7 pontos para 3,575% e os da dívida francesa aliviaram 0,6 pontos para 2,469%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravaram-se 0,2 pontos base para 3,521%.
Petróleo cai com saída de Angola da OPEP
Os preços do "ouro negro"seguem em baixa nos principais mercados internacionais, com a saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a pesar.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 0,51% para 73,84 dólares por barril.
Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a recuar 0,45% para 79,34 dólares por barril.
Angola anunciou que a sua saída da OPEP, depois de o Equador o ter feito em 2020 e o Qatar em 2019. São agora 12 os membros do cartel petrolífero.
A última reunião da OPEP, a 30 de novembro, não agradou aos países africanos, nomeadamente Angola e Nigéria, que se mostraram relutantes em abrir mão das suas quotas de produção, apesar de não estarem a conseguir cumpri-las.
A Nigéria e Angola têm estado entre os membros da OPEP que já estão a produzir à máxima capacidade e sem conseguirem chegar às quotas que estão definidas. No entanto, opuseram-se a cortes nas metas de produção porque novas quotas mais baixas poderiam obrigá-los a terem depois de concretizar cortes reais. No entanto, foi isso que aconteceu, já que na reunião de novembro ficou definida uma redução das metas de produção da Rússia, Angola e Nigéria em 2024.
Angola, que tinha aderido à OPEP em 2007, ameaçou sair – e agora cumpriu.
Dólar em queda pressionado pelos números do PIB. Volatilidade do iene sobe
O dólar segue a ceder terreno face à moeda única, a cair 0,44% para 0,9097 euros.
Numa ótica mais alargada, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra um cabaz de outras divisas através de um sistema de pontuação – cai 0,40% para 101,998 pontos.
O movimento ocorre depois de ter sido divulgada a revisão em baixa do crescimento do PIB nos EUA de 5,2% para 4,9% no terceiro trimestre. Além disso, o valor fica abaixo do projetado pelos economistas inquiridos pelo Dow Jones, em concreto de 5,1%.
Já o iene sobe 0,87% contra o dólar. A volatilidade implícita do par subiu esta quinta-feira 161 pontos base para 10,28%, numa altura em que o mercado tenta antecipar qual a decisão que será tomada pelo Banco do Japão na reunião de política monetária de janeiro.
Expectativas sobre alívio de política monetária fazem ouro subir. Cobre também em alta
O ouro soma ganhos, beneficiado pela queda do dólar, numa altura em que os mais recentes dados sobre o crescimento da economia norte-americana dão sustentação à expectativa de cortes nos juros diretores nos EUA já a partir do próximo ano.
O metal amarelo ganha 0,33% para 2.038,10 dólares por onça, estando assim mais perto do seu recorde (2.135,39 dólares por onça). A prata e paládio seguem esta tendência positiva, enquanto a platina negoceia na linha de água.
No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 4,9%, em termos homólogos, tendo assim sido revisto em baixa pelo Bureau of Economic Analysis face aos 5,1% estimados na última previsão e tendo ficado alinhado com o valor da primeira estimativa.
Este número ficou ainda abaixo das expectativas dos economistas, inquiridos pelo Dow Jones, que apontavam para um crescimento de 5,1%.
Recorde-se que as matérias-primas denominadas em dólares, como é o caso do metal amarelo, tendem a beneficiar da queda da nota verde, que torna o investimento nestas "commodities" mais atrativo para quem negoceia com outras divisas.
Fora dos metais preciosos e entrando no reino dos metais industriais, também o cobre, conhecido como "Dr. Cobre" por ser considerado o único metal com doutoramento em economia, já que é um indicador do crescimento económico – cresce 0,3% para 8.604,5 dólares por tonelada. O níquel soma 0,9%.
Wall Street começa dia no verde. Micron Technologies escala mais de 7%
Wall Street começou o dia em terreno positivo, depois de os principais índices terem registado quedas superiores a 1% no fecho da sessão de quarta-feira.
Os investidores consolidam a expectativa de cortes de juros diretores nos EUA já a partir do próximo ano, numa altura em que digerem os mais recentes dados sobre a economia norte-americana.
O industrial Dow Jones sobe 0,73% para 37.351,91 pontos, enquanto o "benchmark" mundial S&P 500 soma 0,78% para 4.734,86 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite cresce 1,04% para 14.927,04 pontos.
No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 4,9%, em termos homólogos, tendo assim sido revisto em baixa pelo Bureau of Economic Analysis face aos 5,1% estimados na última previsão e tendo ficado alinhado com o valor da primeira estimativa.
Este número ficou ainda abaixo das expectativas dos economistas, inquiridos pelo Dow Jones, que apontavam para um crescimento de 5,1%.
O gabinete estatístico frisa que esta revisão em baixa da evolução do PIB entre julho e setembro foi justificada pelo facto de agora, face à última estimativa publicada no final de novembro, "haver mais dados".
Durante esta quinta-feira foram ainda publicados os números de pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, os quais cresceram menos do que o esperado, mantendo-se assim perto de mínimos históricos.
Os investidores estão atentos às ações da Micron Technologies que escalam 7,42% para 84,53 dólares, depois de ter reportado uma receita trimestral acima do esperado pelos analistas.
Por sua vez, os títulos da Salesforce arrecadam 2,70%, à boleia de uma nota de "research" otimista do Morgan Stanley.
Taxa Euribor desce a 12 meses para novo mínimo desde abril
A taxa Euribor manteve-se hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses, no prazo mais longo para um novo mínimo desde abril, face a quarta-feira, e permaneceu abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que se manteve em 3,916%, ficou acima da taxa a seis meses (3,899%) e da de 12 meses (3,582%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, desceu hoje para 3,582%, menos 0,020 pontos do que na quarta-feira e um novo mínimo desde abril, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também recuou hoje, para 3,899%, menos 0,025 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
Já a Euribor a três meses manteve-se hoje face à sessão anterior, ao ser fixada de novo em 3,916%, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira de 2024, realiza-se em 25 de janeiro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Vermelho domina Europa um dia após Stoxx 600 atingir máximos deste ano
As bolsas europeias abriram no vermelho, numa altura em que os investidores avaliam as perspetivas para os cortes de juros no próximo ano antes da acalmia habitual no período entre o Natal e Ano Novo.
O Stoxx 600, referência para as importações europeias, cai 0,31% para 476,48 pontos, um dia depois de ter atingido o valor mais alto este ano (477,94 pontos).
Dos setores que compõem o índice, o do automóvel é o que mais perde (-0,93%), enquanto o dos recursos naturais é o que mais valoriza (0,18%).
Entre as principais movimentações, a fabricante de semicondutores ASML é a que mais pesa no índice, com uma queda de 2,03%. A Royal Philips perde 1,6% após ter recolhido alguns dos seus equipamentos devido a riscos de explosão. Já o grupo Vodafone valoriza 1,8% à boleia de notícias que indicam que a Swisscom está a considerar uma oferta para comprar o negócio da operadora em Itália no próximo ano.
O alemão Dax30 desvaloriza 0,32%, o francês CAC-40 recua 0,3%, o italiano FTSE Mib perde 0,21%, o espanhol Ibex 35 desliza 0,2%, o britânico FTSE 100 cai 0,09% e o AEX, em Amesterdão, cede 0,44%.
Juros aliviam na Zona Euro com menor apetite dos investidores pelo risco
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta quinta-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que as principais bolsas europeias negoceiam no vermelho, mostrando uma maior aversão ao risco.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos alivia 2,4 pontos base para 2,514%, enquanto a das Bunds alemãs, referência para a região, desce 2 pontos para 1,947%.
A rendibilidade da dívida pública italiana com o mesmo prazo desliza 2,3 pontos base para 3,558%, a da dívida espanhola cai 2,2 pontos para 2,875% e a da dívida francesa cede 2,6 pontos para 2,449%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica alivia 4,1 pontos base para 3,478%.
Euro perde face ao dólar
O euro está a desvalorizar muito ligeiramente face à divisa norte-americano, numa altura em que os investidores tentar perceber quando poderá a Reserva Federal (Fed) começar a descer as taxas de juro.
A moeda única europeia perde 0,04% para 1,0938 dólares.
Já o dólar perde 0,17% frente ao iene e valoriza 0,01% face ao franco suíço.
Os mais recentes comentários de Patrick Harper, presidente da Fed de Filadélfia, indicam que o banco central norte-americano não deverá começar a baixar os juros logo no início do próximo ano. "Não temos de fazê-lo demasiado rápido e não vamos fazê-lo de imediato", afirmou, citado pela Bloomberg.
Os investidores estão agora de olhos nos dados da inflação nos Estados Unidos, que serão divulgados na sexta-feira.
Ouro valoriza com dólar ligeiramente mais fraco
O ouro está a valorizar, beneficiando da queda ligeira do dólar. Isto porque, sendo cotada na nota verde, se torna mais atrativa para quem negoceia com outras moedas quando a divisa perde força.
O ouro a pronto sobe 0,21% para 2.035,7 dólares por onça. Noutros metais, a platina valoriza 0,26% para 966,95 dólares e o paládio soma 0,51% para 1.209,84 dólares.
As dúvidas sobre se a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos irá cortar os juros logo no início do próximo ano acentuaram-se após dados económicos, divulgados esta semana. As vendas de casas aumentaram em novembro e a confiança dos consumidores subiu o valor mais alto desde início de 2021 em dezembro.
Os investidores procuram agora novas pistas que indiquem que a inflação continua a arrefecer, o que poderia sustentar o alívio da política monetária.
Petróleo valoriza com investidores atentos a ataques no Mar Vermelho
Os preços do petróleo estão a valorizar, numa altura em que os investidores avaliam o aumento de produção norte-americana face às perturbações criadas pelos ataques das milícias Houthis do Iémen a navios que passam pelo mar vermelho.
Dados ontem divulgados mostram que os Estados Unidos produziram 13,3 milhões barris por dia na semana passada, tratando-se de um valor máximo. Mas, ao mesmo tempo, o grupo houthis, que tem o apoio do Irão, ameaçou retaliar se os Estados Unidos atacarem as suas bases no Iémen.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,09% para 74,29 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,2% para 79,86 dólares por barril.
A escalada de ataques no mar vermelho, uma das principais rotas globais para o fornecimento de matérias-primas por via marítima, tem dado força ao "ouro negro", uma vez que ameaça destabilizar a oferta. Várias empresas foram obrigadas a interromper a circulação. É o caso da BP.
Europa aponta para o vermelho. Ásia mista com Toyota a pressionar Japão
As bolsas europeias apontam para um início de sessão em terreno negativo, numa altura em que os investidores se mostram menos otimistas com a possibilidade de um corte dos juros por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA e que ajustam posições antes do fim de semana de Natal.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 60 cedem 0,6%.
"O tom suave da Fed em dezembro foi extremamente exagerado em termos de impacto no preço dos ativos. O mercado ficará um pouco desiludido quanto ao período em que esses cortes [dos juros] começam a ter efeito", afirmou Mark Konyn, responsável pela área de investimento da AIA em Hong Kong, em declarações à Bloomberg.
Na Ásia, a sessão terminou mista, com os índices japoneses entre as maiores quedas, devido à venda de um grande volume das ações da Toyota. A fabricante de automóveis viu os títulos desvalorizarem mais de 4% depois de os escritórios da subsidiária Daihatsu Motor terem sido alvo de buscas devido a suspeitas de manipulação de testes de segurança.
No Japão, o Topix desvalorizou 1% e o Nikkei perdeu 1,59%. Na China, o Hang Seng valorizou 0,12% e o Shangai Composite soma 0,57%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi perde 0,55%.