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Europa fecha mista pressionada por ventos cruzados do Reino Unido e China
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa fecha mista pressionada por ventos cruzados do Reino Unido e China
A Europa encerrou a sessão de forma mista. O sentimento foi sobretudo pressionado pelas preocupações em torno da economia chinesa. O dia foi ainda marcado pela divulgação dos dados, acima do esperado, da inflação no Reino Unido.
O Stoxx 600 desvalorizou muito ligeiramente (-0,06%) para 455,29 pontos, ampliando as perdas da véspera, dia em que o "benchmark" europeu bateu em mínimos de um mês.
Dos 20 setores que compõem o índice de referência, media e banca comandaram as perdas, enquanto o retalho liderou os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Londres caiu 0,44%, no mesmo dia em que foi divulgado que a inflação britânica caiu para uma evolução de 6,8% em julho, ainda assim abaixo dos 6,7% esperados pelos economistas, citados pela Bloomberg.
Milão desvalorizou 0,93%, Amesterdão perdeu 0,44% e Paris subtraiu 0,10%.
Já Lisboa subiu 0,21%, Frankfurt avançou 0,14% e Madrid terminou o dia na linha de água (0,03%).
A Fitch alertou que colocou o "rating" da China, atualmente em A+, sob vigilância. Após um início de ano promissor, a recuperação económica pós-pandemia mostra sinais de desaceleração. A débil procura doméstica e internacional, riscos de deflação e estímulos insuficientes, a par de uma crise imobiliária e falta de confiança no setor privado são as principais causas para o abrandamento da segunda maior economia mundial.
Além dos dados da inflação no Reino Unido e dos ventos vindos da China, os investidores estiveram a preparar-se para a divulgação das atas referentes à última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Os investidores estiveram atentos às ações da Balfour Beatly, as quais tombaram 10,67%, após a empresa ter reportado resultados semestrais abaixo das expectativas.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" britânica em máximos de um mês
Os juros aliviam na Zona Euro, numa altura em que os investidores estão atentos aos mais recentes dados económicos da região.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a Zona Euro – aliviou 2,1 pontos base para 2,649%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade recuaram 0,8 pontos base para 3,353%.
A "yield" das obrigações espanholas com vencimento em 2033 perdeu 0,6 pontos base para 3,693%.
A rendibilidade da dívida italiana com a mesma maturidade desceu 0,2 pontos base para 4,346%.
Apesar do aperto monetário e do forte abrandamento económico, o mercado de trabalho dos países da Zona Euro manteve alguma força no segundo trimestre. As estimativas preliminares do Eurostat, publicadas nesta quarta-feira, apontam para um crescimento de 0,2% em cadeia, em dados ajustado de sazonalidade.
Já fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a 10 anos agravaram-se 6,1 pontos base para 4,643%, subindo para máximos de cerca de um um mês.
Este movimento da "yield" das "gilts" ocorreu no mesmo dia em que foi conhecido que a inflação no país recuou para os 6,8% em julho. Na base da queda estiveram preços da energia mais baixos.
Petróleo cede ligeiramente com cautela a imperar
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em ligeira baixa nos principais mercados internacionais, com os receios em torno da fraca retoma da China no pós-pandemia a serem contrabalançados pela expectativa de uma oferta mais apertada nos EUA devido à queda dos stocks norte-americanos de crude na semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,25% para 80,79 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,20% para 84,72 dólares.
Na sessão de ontem, tanto o WTI como o Brent caíram mais de 1%, para mínimos de 8 de agosto.
Mercado aguarda atas da Fed. Ouro avança e dólar cai
O ouro está a valorizar ligeiramente, numa altura em que o dólar vai negociando em sentido contrário, com os investidores a aguardarem a divulgação das atas da Reserva Federal relativas à reunião de política monetária de julho, em que o banco central optou por um aumento de 25 pontos base.
O metal amarelo avança 0,11% para 1.904,11 dólares por onça, ao passo que o dólar está praticamente inalterado face ao euro nos 0,9173 euros por dólar.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a dez divisas rivais - cede 0,09% para 103,013 pontos.
"A situação económica mais geral parece melhor do que há três meses e a inflação parece estar a descer da forma que a Fed quer e, nessa situação, há menos necessidade de ativos-refúgio como o ouro", disse à Reuters o analista da Gainesville Coins, Everett Millman.
Wall Street abre no vermelho antes de divulgação das atas da Fed
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, numa altura em que os investidores aguardam pela divulgação das atas da reunião de julho da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
O índice de referência S&P 500 cede 0,09% para 4.433,86 pontos, o industrial Dow Jones perde 0,03% para 34.935,57 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desliza 0,32% para 13.587,34 pontos.
A economia norte-americana continua a dar sinais de resiliência, com as vendas a retalho a subirem mais do que o esperado em julho. Foi registado um aumento de 0,7%, acima dos 0,4% previstos, dando sinais de uma robustez que, acreditam os investidores, poderá dar força a Fed para manter as taxas de juro em níveis elevados durante mais tempo, o que está a pesar na negociação dos ativos de maior risco.
E a pesar no sentimento dos investidores estão também as notícias vindas da China. Os dados económicos que vão sendo divulgados em território chinês continuam a dar sinais de que a segunda maior economia mundial está sob pressão. O JPMorgan Chase & Co reviu em baixa o crescimento para a China este ano, prevendo agora um crescimento de 4,8%, abaixo dos 5% anteriormente estimados. A Fitch também admitiu reconsiderar o "rating" de Pequim, que é atualmente de "A+", adensando o pessimismo que já se fazia sentir no mercado financeiro chinês.
Pequim avançou com medidas, tendo esta quarta-feira pedido contenção na venda de ações.
Euribor sobe a três, seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,116%, mais 0,025 pontos do que terça-feira, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
No mesmo sentido, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, subiu hoje para 3,964%, mais 0,021 pontos do que no dia anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A Euribor a três meses subiu hoje 0,011 pontos, em comparação com terça-feira, para 3,798%.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
*Lusa
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa mista com aumento de preocupações quanto à China
As bolsas europeias abriram mistas, numa altura em que o pessimismo em torno da economia chinesa continua a crescer.
O JPMorgan Chase & Co reviu em baixa o crescimento para a China este ano, com o banco a prever um crescimento de 4,8%, abaixo dos 5% anteriormente estimados. Uma inflação acima do esperado em julho no Reino Unido também pesou no sentimento.
O aumento dos preços no consumidor desceu para os 6,8% em julho à boleia de preços da energia mais baixos. Contudo, excluindo preços mais voláteis como o da energia e da alimentações, a chamada inflação subjacente foi de 6,9%, mantendo a pressão sobre o Banco de Inglaterra para mais subidas dos juros de forma a restabelecer a estabilidade dos preços.
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,21% para os 456,51 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o do retalho é o que mais sobe (0,77%), enquanto o das telecomunicações é o que mais perde (-0,31%).
Entre as principais praças europeias, o alemão Dax 30 soma 0,22%, o francês CAC-40 valoriza 0,30%, o italiano FTSE Mib cai 0,24%, o AEX, em Amesterdão, perde 0,08%, o britânico FTSE 100 avança 0,05% e o espanhol Ibex 35 cresce 0,50%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, o que significa uma maior aposta dos investidores nas obrigações. Os investidores mostram alguma cautela numa altura em que as previsões para a economia chinesa levantam preocupações.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aliviam 1,8 pontos base para 3,343% e a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo cedem 2 pontos base para 2,649%.
Os juros da dívida italiana cedem 1,3 pontos base para 4,334%, os juros da dívida espanhola recuam 1,6 pontos base para 3,683% e os juros da dívida francesa aliviam 2 pontos base para 3,190%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos agravam-se 1,7 pontos base para 4,599%, num dia em que foi conhecido que a inflação no país recuou para os 6,8% em julho. Na base da queda estiveram preços da energia mais baixos.
Euro sobe face ao dólar
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,18% para 1,0925 dólares.
O dólar está a ser penalizado num dia em que os investidores aguardam pela divulgação das atas da reunião de julho da Fed, na esperança de obter pistas sobre o curso da política monetária. Isto numa altura em que dados económicos mais robustos no país dão força ao banco central para continuar a subir as taxas de juro, uma vez que a economia continua a dar sinais da resiliência.
O discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole, na próxima semana, será também um momento crucial que poderá ditar o futuro próximo do dólar.
Ouro valoriza impulsionado por receios em torno da economia chinesa
O ouro está a valorizar ligeiramente, numa altura em que os mais recentes dados económicos nos Estados Unidos dão força à Reserva Federal (Fed) norte-americana para continuar a subir os juros. A perspetiva de mais aumentos das taxas de juro tende a penalizar o metal precioso, uma vez que não remunera rendimentos, mas as preocupações com a economia chinesa sobrepuseram-se, estando o ouro - que é visto como ativo refúgio - a valorizar ligeiramente.
Um novo relatório mostra que os preços das novas casas na China voltaram a cair em julho, pelo segundo mês consecutivo. Estes novos dados somam-se a outros conhecidos durante a semana, que ficaram aquém das expectativas dos analistas. O JPMorgan Chase & Co reviu em baixa a previsão para o crescimento do país, prevendo agora um crescimento de 4,8%, abaixo dos 5% inicialmente previstos.
O ouro a pronto, negociado em Londres, valoriza 0,08% para 1.903,44 dólares por onça, enquanto a platina sobe 0,12% para 893,56 dólares, o paládio soma 0,19% para 1.241,51 dólares e a prata avança 0,48% para 22,64 dólares.
A divulgação das atas da reunião de política monetária de julho da Fed, esta quarta-feira, poderá ditar os próximos passos do ouro. Segundo a Bloomberg, o documento deverá mostrar que apenas uma minoria de governadores se mostrou a favor de manter os juros inalterados até ao final do ano.
Petróleo desliza com preocupações na China. Gás valoriza
O petróleo está a desvalorizar, numa altura em que uma maior preocupação com a robustez da economia da China, maior importador mundial de crude, está a diminuir o apetite pelos ativos de risco.
O "ouro negro" cai, apesar de, segundo revelaram fontes conhecedoras do tema à Bloomberg, o Instituto Americano de Petróleo (API na sigla em inglês) ter registado uma queda de 6,2 milhões de barris das reservas de crude dos Estados Unidos na semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desliza 0,41% para 80,66 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cede 0,39% para 84,56 dólares por barril.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, continua a valorizar numa altura em que as conversações para evitar greves em algumas explorações na Austrália centram atenções. Estão previstas novas conversações esta semana entre a Woodside Energy Groups, empresa de exploração de gás natural, e alguns sindicatos, depois de as duas partes não terem conseguido chegar a um acordo em temas que podem levar a novas greves e perturbar o mercado das exportações.
Os preços do TTF sobem 6,9% para 41,5 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha com perdas com economia chinesa em foco
As bolsas europeias apontam para um início de sessão em terreno negativo, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação das atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O documento será visto atentamente pelos investidores, que já davam praticamente como certa uma pausa na subida das taxas de juro em setembro. Contudo, as vendas a retalho nos EUA subiram em julho (0,7%), acima dos 0,4% previstos pelos analistas, o que está a ser visto pelo mercado como uma "carta branca" para que a Fed mantenha a política monetária restritiva durante mais tempo. Isto porque os dados sinalizam que a economia do país mantém-se robusta.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,3%.
Na Ásia, a sessão fechou no vermelho, com as preocupações em torno da economia chinesa em foco. Pequim cortou as taxas de juro de referência para empréstimos de médio-prazo, com o objetivo de estimular a economia, mas a decisão não foi bem recebida pelo mercado.
O JPMorgan Chase & Co reviu em baixa o crescimento para a China este ano. O banco prevê agora um crescimento de 4,8%, abaixo dos 5% anteriormente estimados. A Fitch também admitiu reconsiderar o "rating" de Pequim, que é atualmente de "A+", adensando o pessimismo que já se fazia sentir no mercado financeiro chinês.
Pela China, Xangai perdeu 0,58% e, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,47%. No Japão, o Topix recuou 1,18% e o Nikkei desvalorizou 1,38%. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 1,82%.