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Europa encerra no verde. BCP tem o segundo melhor desempenho do Stoxx 600
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Europa encerra no verde. BCP tem o segundo melhor desempenho do Stoxx 600
As bolsas europeias encerraram em alta, numa sessão marcada pela decisão de três bancos centrais do Velho Continente em relação às taxas de juro.
A autoridade monetária do Reino Unido (BoE) decidiu manter as taxas diretoras no valor mais elevado em 16 anos - 5,25% -, uma decisão que não constituiu uma surpresa para o mercado, que aponta para um corte em agosto. O banco central da Noruega seguiu a mesma tendência e manteve as taxas de juro inalteradas em 4,5%. Um alívio na política monetária do país não deve acontecer até ao final do ano.
Já o banco central suíço decidiu cortar os juros em 25 pontos base para 1,25% - o segundo recuo do ano. A autoridade monetária mantém, assim, a sua posição de liderança no alívio da política monetária global.
O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou 0,93% para 518,91 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" do bloco, as ações de empresas tecnológicas lideram a tabela dos ganhos, avançando 1,76%. Todos os setores encerram no verde.
Entre os principais movimentos de mercado, destaca-se a Evotec que escalou 13,91% para 8,36 euros por ação, depois da Bloomberg ter noticiado que vários investidores estão interessados em adquirir a farmacêutica.
Já o BCP ocupou o segundo lugar do pódio de cotadas que mais subiram dentro do Stoxx 600, disparando 8,34% para 0,356 euros. O banco português beneficiou do anúncio de que o polaco Bank Millenium, controlado por si, concluiu o plano de recuperação. Além disso, a Alantra Equities e o Jefferies reviram em alta o preço-alvo do banco.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt ganhou 1,03%, Paris aumentou 1,34%, Amesterdão avançou 0,98%, Madrid subiu 0,94%, Londres registou um acréscimo de 0,82% e Milão arrecadou 1,37%.
Juros agravam-se na Zona Euro e aliviam no Reino Unido
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro a 10 anos agravaram-se, num dia em que as ações negociaram em terreno positivo. Pelo contrário, a rendibilidade da dívida do Reino Unido cedeu, num dia em que o Banco de Inglaterra deixou as taxas de juro inalteradas.
A "yield" das "gilts" britânicas cedeu, desta forma, 1,1 pontos base para 4,055%, depois de ter sido conhecido que o banco central do Reino Unido não mexeu nas taxas de juro pela sétima vez consecutiva.
Na Zona Euro, pelo contrário, os juros avançaram. A rendibilidade das obrigações italianas com maturidade a 10 anos cresceu 0,8 pontos base para 3,946%, enquanto os juros das obrigações francesas com o mesmo vencimento somaram 0,6 pontos base para 3,197%.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a Zona Euro – agravou-se em 2,8 pontos base para 2,430% e a "yield" da dívida espanhola a 10 anos saltou 0,3 pontos base para 3,294%. Já a rendibilidade dos títulos portugueses que vencem em 2034 subiu 0,7 pontos base para 3,145%.
Petróleo valoriza à boleia de arrefecimento da economia norte-americana
Os preços do petróleo estão a valorizar esta quinta-feira e chegaram a igualar os máximos de sete semanas alcançados na terça-feira.
A impulsionar estiveram os últimos números dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos que cresceram menos do que o esperado na semana passada e vão, por isso, fomentando expectativas de que a Reserva Federal possa cortar juros ainda este ano.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,37% para 81,87 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,36% para 85,38 dólares por barril.
Ainda a sustentar os preços estão receios de que um escalar do conflito no Médio Oriente possa causar disrupções no fornecimento petrolífero da região.
Libra perde após BoE manter juros inalterados
A libra está a desvalorizar face ao euro e dólar, depois de o Banco de Inglaterra (BoE) ter optado por manter os juros inalterados pela sétima reunião consecutiva.
No entanto, nas atas do encontro, publicadas também esta quinta-feira, é descrito que para vários membros a decisão entre cortar ou manter os juros inalterados foi um "compromisso equilibrado". Entre os nove membros que votaram, dois optaram por uma redução imediata de 25 pontos base para 5% - Swati Dhingra e Dave Ramsden.
A libra perde 0,34% para 1,2677 dólares e cede 0,09% para 1,1829 euros.
Os mercados apontam agora, em 55%, para um corte de juros em agosto, face aos 30% antes do encontro de política monetária desta quinta-feira.
Ouro cresce mais de 1% e atinge máximos de duas semanas
O ouro encontra-se a valorizar para máximos de duas semanas, numa altura em que novos dados económicos apontam para uma economia em desaceleração nos EUA e aumentam as expectativas dos investidores em relação a um alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana no curto prazo.
Cerca de 64% dos "traders" apontam agora para um corte nas taxas de juro em setembro, de acordo com dados da CME FedWatch Tool, que monitoriza o sentimento dos mercados em relação à política monetária da Fed. Taxas directoras mais baixas reduzem o custo de oportunidade de manter ouro por parte dos investidores, uma vez que metais preciosos não pagam juros.
Os preços do "metal amarelo" avançam, assim, 1,52% para 2.363,61 dólares por onça. O aumento de preços está ainda a ser impulsionado pelos planos de vários bancos centrais em aumentarem os seus "stocks" de ouro dentro do próximo ano.
Wall Street em alta com euforia ligada à Nvidia
As bolsas norte-americanas abriram em alta, depois de estarem encerradas na quarta-feira devido a um feriado nacional. Os ganhos da Nvidia e a consequente ascensão da gigante tecnológica ao primeiro lugar do pódio de empresas com maior capitalização no mercado, ultrapassando a Microsoft e a Apple, continuam a animar os principais índices dos EUA, que caminham agora para uma semana de valorização.
A alimentar a euforia das bolsas estão ainda novos dados económicos divulgados esta quinta-feira, que apontam para uma economia em arrefecimento. No início da semana, já tinha sido revelado que as vendas a retalho tinham aumentado de forma muito mais lenta do que antecipada pelos analistas e, agora, sabe-se que o número de pessoas que pediram subsídios de desemprego na semana passada cresceu de forma menos acentuada do que o esperado.
O Standard & Poor's 500, "benchmark" para a região, avança 0,22% para 5.498,94 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cresce 0,26% para 17.913,91 pontos. Já o industrial Dow Jones negoceia na linha d'água e sobe 0,03% para 38.845,29 pontos.
As ações da Nvidia avançam 3,64% para 140,51 dólares com o furor ligado à inteligência artificial e contagiam o resto do setor das fabricantes de chips. A Marvell Technology e a Advanced Micro Devices, duas das principais concorrentes da gigante tecnológica nesta área, ganham 2,20% e 3,58%, respetivamente.
Já as "megacaps" que recuaram um lugar no pódio das empresas com maior capitalização no mercado - a Microsoft e a Apple - negoceiam no vermelho. A empresa liderada por Satya Nadella recua 0,76% para 443 dólares, enquanto a gigante da maçã perde 0,28% para 213,68 dólares.
No entanto, a euforia geral que se tem sentido em Wall Street destoa do sentimento vivido na Reserva Federal (Fed) norte-americana. O presidente da Fed de Minneapolis afirmou, esta quinta-feira, que a inflação ainda vai demorar mais um ou dois anos até chegar à meta de 2%, alimentando os medos de que as taxas de juro possam continuar muito elevadas.
Taxa Euribor a seis meses mantém-se em mínimo de mais de um ano
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais curtos respetivamente para novos mínimos desde 21 de julho e desde 19 de maio de 2023.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que baixou para 3,700%, ficou acima da taxa a seis meses (3,689%) e da taxa a 12 meses (3,608%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,689%, menos 0,006 pontos e um novo mínimo desde 19 de maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou hoje, para 3,608%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,700%, menos 0,012 pontos e um novo mínimo desde 21 de julho, depois de ter descido na segunda-feira para 3,711%, um novo mínimo desde 26 de julho de 2023.
Em 19 de outubro, a Euribor a três meses atingiu 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.
Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.
A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Ações europeias avançam após decisão do Banco de Inglaterra de manter juros inalterados
O mercado acionista europeu está a negociar em terreno positivo, num dia em que o Banco de Inglaterra decidiu deixar as taxas de juros inalteradas.
O índice de referência europeu Stoxx 600 avança 0,48% para 516,61 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" do bloco, as ações de empresas tecnológicas lideram a tabela dos ganhos.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt ganha 0,54%, Paris aumenta 0,99%, Amesterdão avança 0,6%, Madrid sobe 0,43% e Milão arrecada 1%, sendo o índice que mais avança.
O índice londrino valoriza, por sua vez, 0,14%, depois de o banco central do Reino Unido ter decidido manter as taxas de juro inalteradas nos 5,25%, em máximos de 16 anos, pela sétima reunião consecutiva.
Apesar disso, estão mais propensos a apoiar cortes futuros, depois de a inflação ter atingido a meta dos 2% em maio.
França consegue forte procura em leilão de dívida
Os juros das dívidas soberanas na Europa seguem a subir ligeiramente, num dia em que França foi ao mercado emitir dívida de médio prazo. Em mercado secundário, a "yield" das obrigações francesas a 10 anos aumentam 2,1 pontos base para 3,311%.
O Tesouro do país emitiu 10,5 mil milhões de euros em obrigações a três a oito anos. França colocou 10,5 mil milhões de euros, tendo conseguido uma procura 2,41 vezes superior à oferta, o que é visto como forte face à incerteza política.
Este foi o primeiro leilão de dívida a longo prazo desde que o presidente Emmanuel Macron convocou eleições antecipadas. Depois da convocatória, os juros franceses ficaram acima dos juros portugueses em várias maturidades, incluido o prazo a 10 anos.
Esta quinta-feira, a "yield" da dívida portuguesa com a mesma maturidade agrava-se 2,2 pontos base para 3,161%. Ainda no sul da Europa, Itália avança 1,5 pontos base para 3,953% e Espanha 2,1 pontos base para 3,311%, enquanto o "benchmark" - a dívida alemã com a mesma maturidade - avança 3,3 pontos base para 2,435%.
A centrar a atenção dos investidores está também a reunião de política monetária do Banco de Inglaterra, na qual se espera que decida manter as taxas de juro inalteradas, depois de a inflação no Reino Unido ter atingido a meta do banco central de 2%. Os juros da dívida soberana britânica sobem 1,4 pontos base para 4,079%.
Franco suíço sob pressão após corte de juros pelo SNB. Libra inalterada à espera do BoE
O franco suíço está a desvalorizar tanto face ao euro, como relativamente ao dólar, depois de o Banco Nacional da Suíça (SNB, na sigla em inglês) ter optado por cortar os juros diretores em 25 pontos base na reunião de política monetária desta quinta-feira. Este é o segundo corte por parte da instituição, o primeiro foi em março.
O franco suíço desvaloriza assim 0,62% para 1,1239 dólares e 0,42% para 1,0481 euros.
A libra, por sua vez, está a negociar sem tendência definida, antes de ser conhecida uma decisão de política do Banco de Inglaterra, cujo comité está reunido esta quinta-feira. É esperado que os juros diretores se mantenham inalterados.
A libra recua 0,13% para 1,2704 dólares e avança 0,03% para 1,1843 euros.
Ouro perto de máximos de duas semanas à boleia de abrandamento económico nos EUA
O ouro está a valorizar ligeiramente esta quinta-feira, após ter chegado a tocar máximos de duas semanas esta madrugada. Isto depois de terem sido divulgados novos dados que mostram um abrandamento da economia norte-americana e que aumentam a probabilidade de cortes das taxas de juro pela Reserva Federal este ano.
O metal amarelo avança 0,18% para 2.332,41 dólares por onça.
"O mercado do ouro parece estar a consolidar os ganhos recentes em vez de subir ainda mais nesta fase, pelo menos até vermos mais provas de abrandamento nos dados macroeconómicos dos EUA, o que poderia alterar o 'outlook' para a evolução das taxas de juro", explicou à Reuters Tim Waterer, analista da KCM Trade.
Petróleo: Londres e Nova Iorque divididas à espera dos "stocks" de crude
O petróleo negoceia sem um alinhamento entre Nova Iorque e Londres, numa altura em que os investidores aguardam os números oficiais sobre as reservas de crude nos EUA, a semana passada.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança ligeiramente (0,08%) para 85,14 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) recua 0,18% para 81,42 dólares por barril.
A administração norte-americana publica esta quinta-feira os números sobre os "stocks" de crude, depois de esta quarta-feira o American Petroleum Institute ter avançado que s "stocks" registaram um aumento de 2,3 milhões de barris na semana passada.
Se os números oficiais confirmarem esta valor, este será o terceiro aumento consecutivo do número de barris em reserva nos EUA.
Europa aponta para o verde e Ásia fecha mista. IPO faz sucesso na Austrália
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%, apontando para um arranque da sessão em terreno positivo. O movimento acontece horas antes de serem conhecidos os dados relativos à confiança do consumidor e a decisão do Banco de Inglaterra, sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela instituição.
O banco central resolveu entrar num período de silêncio em antecipação das eleições no Reino Unido. E é isso que se espera nesta quinta-feira – que não haja alterações nos juros de referência –, mas os mercados vão tentar ler nas entrelinhas qual será o momento para a primeira descida, especialmente agora que a inflação atingiu a meta de 2%.
Pela Ásia, na China a sessão encerrou de forma mista. Xangai caiu 0,3% e Hong Kong desvalorizou 0,6%. No Japão o Topix perdeu 0,2%, enquanto o Nikkei subiu 0,16%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 0,5%.
Além da sessão asiática, os investidores estiveram atentos à negociações na Austrália, onde a Guzman e Gomez, uma cadeia de restauração de comida mexicana escalou até 38% naquela que é considerada a maior entrada em bolsa no país, em quase um ano.