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Europa maioritariamente no vermelho. HSBC e Glencore penalizam FTSE
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa maioritariamente no vermelho. HSBC e Glencore penalizam FTSE
Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em baixa, com o "benchmark" do Velho Continente a afastar-se de máximos históricos, nos 495,46 pontos.
As atenções dos investidores estão nos resultados da Nvidia e nas atas da reunião de janeiro da Reserva Federal que serão conhecidas esta quarta-feira.
O índice de referência, Stoxx 600, cedeu 0,17% para os 491,05 pontos. Entre as maiores descidas esteve o setor da banca, o único que caiu mais de 1%, acompanhado pelo setor mineiro (-0,6%) e o das viagens (-0,56%).
A penalizar o setor da banca estiveram as contas do HSBC, um dos gigantes do setor financeiro europeu, que desceu 6,58% - registando o pior dia em quase quatro anos, depois de ter registado uma queda de 80% dos lucros no quarto trimestre, devido a despesas inesperadas.
Já a Glencore perdeu 1,11%, após ter anunciado uma queda forte nas contas dos últimos três meses do ano passado. Estes dois pesos pesados penalizaram o londrino FTSE 100 que desvalorizou 0,73%.
O "benchmark" europeu tem estado a rondar máximos históricos já há várias sessões mas, ao contrário dos pares norte-americanos, ainda não conseguiu superar essa fasquia.
Os analistas do Goldman Sachs, numa nota a que a Bloomberg teve acesso, indicam que uma economia mais robusta e expectativas de uma descida das taxas de juro de referência deverão empurrar o Stoxx 600 para máximos históricos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,69%, o francês CAC-40 somou 0,32%, o italiano FTSEMIB avançou 1% e o alemão DAX cresceu 0,29%.
Pela negativa, em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,18%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações, num dia em que as bolsas encerraram mistas.
A sessão foi dominada por uma maior cautela, antes de serem conhecidas as atas da última reunião da Reserva Federal, em janeiro.
Apesar de não ter impacto direto na região da moeda única, as decisões do banco central norte-americano são muitas vezes entendidas como possível referência para os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE).
Os juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 8,4 pontos base para 3,190% e os da dívida espanhola somaram 8,6 pontos para 3,362%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agravou-se 7,5 pontos base para 2,445%.
Os juros da dívida italiana subiram 9,4 pontos base para 3,946% e os da dívida francesa registaram um acréscimo de 7,9 pontos para 2,926%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agravou-se 6,5 pontos base para 4,101%.
Petróleo em alta com investidores a avaliarem "timing" da Fed e tensões no Médio Oriente
Os preços do petróleo estão a valorizar, invertendo a tendência de queda dos últimos dias. Os investidores estão a digerir dois cenários aparentemente conflituosos: de que a Reserva Federal poderá demorar mais tempo do que o antecipado a descer juros e os continuados ataques dos rebeldes houthis a navios no Mar Vermelho.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,58% para 77,49 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,43% para 82,69 dólares.
Os dois contratos atingiram minímos de de três semanas na terça-feira.
Os investidores aguardam atentamente as atas da última reunião de política monetária da Fed à procura de pistas sobre o curso futuro das taxas de juro de referência.
Ouro avança à espera de atas da Fed
O ouro está a negociar em alta esta quarta-feira pela quinta sessão seguida, no dia da divulgação da ata da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos.
O metal amarelo sobe 0,13% para 2.027,13 dólares por onça.
Os investidores esperam nova data para uma flexibilização monetária por parte do banco central norte-americano, apesar de não verem grandes hipóteses de um corte nos juros antes de junho - já que a inflação na maior economia mundial continua instável e mais alta do que o esperado - o que é negativo para o ouro, que não remunera juros.
Apesar da queda dos preços de bens para o consumidor final em janeiro, estes valores foram "mais do que compensados" pelo aumento de custos em serviços e na habitação, mostraram dados governamentais conhecidos na semana passada, segundo o presidente da Fed de Richmond, Thomas Barkin.
Esperam-se mais comentários por parte de outros decisores de política monetária, como do governador da Fed, Christopher Waller, esta quinta-feira.
Outros metais preciosos, como a prata, o paládio e a platina mantêm uma tendência de queda.
Dólar sem tendência definida antes de serem conhecidas as atas da Fed
O dólar está inalterado face ao euro e iene, mas a perder ligeiramente contra as restantes divisas rivais. A moeda norte-americana vai assim negociando sem tendência definida antes de serem conhecidas as atas da reunião de política monetária de janeiro da Fed.
O dólar avança 0,01% para 1,0809 euros e soma 0,15% para 150,24 ienes, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - cede 0,05% para os 104,031 pontos.
Os últimos dados da inflação nos Estados Unidos publicados na semana passada ofereceram uma imagem mista sobre a robustez da economia norte-americana. Na altura a possibilidade que ganhou mais força foi a de a Fed poder vir a manter as taxas de juro elevadas por mais tempo.
"Há ainda dúvidas sobre o que vão mostrar as novas estatísticas e, como resultado disso, temos visto o dólar ficar sob alguma pressão", afirmou à Reuters Bipan Rai, analista da CIBC Capital Markets, acrescentando que estamos "num ambiente dependente de dados".
Wall Street em queda antes das contas da "AI-darling" Nvidia
Os principais índices em Wall Street abriram no vermelho, acompanhando as quedas registadas esta terça-feira. Os investidores aguardam ansiosamente os resultados da "AI-darling" - como lhe chamou a Reuters - Nvidia, que poderá fomentar um novo "rally" das tecnológicas, ou penalizar essa subida.
Ainda a centrar atenções está a divulgação das atas da reunião de janeiro da Reserva Federal, em que o banco central optou por deixar as taxas de juro inalteradas. Os investidores continuam à procura de pistas sobre quando os juros diretores poderão começar a descer.
O S&P 500, referência para a região, cedeu 0,21% para 4.965,00 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,4% para 15.568,59 pontos e o industrial Dow Jones perde 0,37% para 38.416,90 pontos.
A Nvidia desvaloriza 1,25%, depois de ter registado ontem a maior queda diária desde maio, numa altura em que os investidores estão expectantes para saber se os resultados da empresa justificam a sua elevada avaliação.
O rácio "price-to-earnings" - que revela a relação entre a cotação e os lucros por ação e que permite aferir se os títulos da empresa estão baratos ou caros face aos resultados líquidos - da Nvidia está em 32, um valor considerado elevado.
O frenesim relativamente aos títulos de inteligência artificial levou, inclusive, a fabricante de "chips" a ultrapassar a Tesla como a cotada mais transacionada em Wall Street.
Os investidores esperam que as receitas do quarto trimestre tripliquem, motivadas por uma procura robusta por "chips" que têm dominado o mercado da inteligência artificial.
"Com estes elevados níveis de avaliação das grandes tecnológicas, há claramente um nível de nervosismo sobre a possibilidade de uma deceção. A Nvidia precisa não só de ultrapassar as estimativas dos analistas, como de apresentar fortes perspetivas para reacelerar a valorização em bolsa", defende à Reuters Rick Meckler, analista da Cherry Lane Investments.
O mercado deverá também centrar-se em declarações de dois membros da Fed, numa altura em que os "traders" apontam para que o primeiro corte das taxas de juro aconteça em junho, o que compara com expectativas do início do ano de que tal acontecesse em maio.
Taxa Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses
A Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a terça-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,946%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,911%) e da taxa a 12 meses (3,695%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, subiu hoje para 3,695%, mais 0,005 pontos que na terça-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje, para 3,911%, menos 0,017 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
A Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,946%, mais 0,003 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.
Lusa
"Earnings" abaixo do esperado levam Europa a abertura mista
As bolsas europeias iniciaram a sessão mistas, com resultados abaixo do esperado em algumas das maiores empresas na região a penalizarem o apetite dos investidores pelo risco.
O Stoxx 600, referência para a região, desvaloriza 0,28% para 490,51 pontos, com o setor dos recursos minerais a liderar as perdas (-1,4%). Já o do automóvel é o que mais ganha (1%).
Entre as principais movimentações, o setor da banca está entre as maiores quedas, após o HSBC ter reportado uma queda de 80% nos lucros no quarto trimestre. As ações da instituição financeira cedem 7,14% para 597,81 cêntimos e libra.
As multinacionais Rio Tinto e Glencore também perdem, após resultados abaixo do esperado em 2023. A Glencore cede 6,05% para 366,78 cêntimos de libra.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 soma 0,06%, o britânico FTSE Mib perde 0,74%, o francês CAC-40 ganha 0,15%, o espanhol Ibex 35 valoriza 0,07%, o italiano FTSE Mib sobe 0,5% e o AEX, em Amesterdão, cai 0,26%.
"As ações europeias podem consolidar os ganhos recentes no curto-prazo", afirmam Laurent Douillet e Tim Craighead, analistas no BI, num relatório a que a Bloomberg teve acesso. Ressalva, contudo, que apesar de as elevadas "yields"d das dívidas soberanas não terem "arrefecido o entusiasmo" quanto às ações até agora, "mantém-se um risco principal em 2024".
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações.
Isto num dia em que domina uma maior cautela no mercado, antes da divulgação das atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA. Apesar de não ter impacto direto na região da moeda única, as decisões do banco central norte-americano são vistas com atenção, uma vez que são entendidas como possível referência para os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos sobe 2,1 pontos base para 3,127% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agrava-se 2 pontos para 2,390%.
A rendibilidade da dívida italiana aumenta 2 pontos base para 3,871%, a da dívida espanhola sobe 2,2 pontos para 3,298% e a da dívida francesa agrava-se 2,1 pontos para 2,867%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas, também a dez anos, aumentam 2 pontos base para 4,056%.
Euro perde face ao dólar
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana. Apesar de o dólar estar hoje a negociar com menos robustez, não foi suficiente para levar a moeda da Zona Euro a ganhos.
A moeda única da Zona Euro cede 0,14% para 1,0792 dólares, um dia após terem sido divulgados dados do Banco Central Europeu (BCE) que mostram que a subida histórica dos salários não compensou a inflação.
Os dados relativos aos salários negociados são vistos como um argumento a favor dos decisores de política monetária que defendem que chegou o momento de iniciar a descida das taxas de juro.
O dólar está também a subir, embora muito ligeiramente, face ao iene japonês (0,07%) e a cair 0,06% perante o franco suíço.
Ouro ganha com dólar ligeiramente mais fraco
Os preços do ouro estão a subir, estando a beneficiar de um dólar ligeiramente mais fraco, uma vez que, por ser cotado na nota verde, se torna mais atrativo para quem negoceia com outras moedas.
O ouro spot valoriza 0,12% para 2.026,88 dólares por onça.
Isto num dia em que os investidores mostram maior cautela antes da divulgação das atas da última reunião de política monetária da Fed. A expectativa é de que estas permitam tirar conclusões sobre a evolução dos juros nos próximos meses.
O mercado vê agora pouca probabilidade de o banco central norte-americano começar a descer os juros antes de junho. A perspetiva, que contrasta com a de uma descida já em março no final do ano passado, acentuou-se após dados que sinalizam uma inflação persistente.
Noutros metais, o paládio ganha 0,18% para 978,28 dólares e a platina cede 0,08% para 904,61 dólares.
Petróleo ganha com recuperação na China a animar sentimento
Os preços do petróleo estão a valorizar, animados por uma recuperação das bolsas na China, maior importador mundia de crude. Isto numa altura em que avaliam sinais de menor oferta devido aos conflitos no Médio Oriente face às perspetivas de menor procura para este ano.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,22% para 77,21 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, valoriza 0,22% para 82,52 dólares por barril.
"Os preços continuam num intervalo de consolidação apertado, refletindo alguma indecisão a curto-prazo. Os investidores estão a questionar-se sobre o que se segue em termos da procura-oferta", afirmou Jun Rong, analista na IG Asia, em declarações à Bloomberg.
As preoupações quanto a oferta e procura pela matéria-prima têm estado no centro das atenções dos investidores. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados reúne-se novamente em março, segundo a Bloomberg, para decidir quais os próximos passos. O grupo tem em vigor um acordo que prevê um corte conjunto da oferta na ordem dos 3,66 milhões de barris/dia, ao qual acrescem cortes voluntários e adicionais de países como a Arábia Saudita e a Rússia.
Europa aponta para arranque na linha d'água e Ásia fecha mista em dia de Nvidia e atas da Fed
As bolsas europeias apontam para um início de sessão na linha d'água, num dia em que os investidores aguardam pela divulgação de contas da Nvidia e das atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 registam ganhos muito ligeiros.
Na Ásia, a negociação encerrou mista, com os índices chineses a registarem o melhor desempenho. As bolsas na China foram impulsionadas por medidas para recuperar a confiança dos consumidores, tendo escapado à pressão do setor tecnológico.
O banco central da China anunciou ontem um redução de 0,25 pontos percentuais na taxa de juro para empréstimos a cinco ano ou mais, que é referência para o crédito à habitação. Isto coloca a taxa em 3,95%. A descida, a maior desde sempre, superou as expectativas dos analistas, que apontavam que esta caísse para os 4,05%, o que implicava um corte de 0,15 pontos percentuais.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,9% e o Shanghai Composite valorizou 0,9%. No Japão, o Topix deslizou 0,19% e o Nikkei perdeu 0,26%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,17%.
O foco dos investidores está hoje na divulgação de contas da Nvidia. Existe uma grande expectativa para perceber se a fabricante de semicondutores, que no ano passado brilhou à boleia da inteligência artificial (IA), irá continuar a surpreender.
Também as atas da reunião de janeiro da Fed são muito aguardadas, numa altura em que o mercado procura pistas mais concretas sobre a evolução dos juros. A grande questão é quando começará o banco central a aliviar a política monetária.