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Europa ganha com foco dos investidores na "earnings season"
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa ganha com foco dos investidores na "earnings season"
As bolsas europeias encerraram em terreno positivo, num dia em que os investidores digeriram novas contas trimestrais e aguardam pela conclusão de mais uma reunião de política monetária da Fed.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,16% para 485,63, estando no valor mais alto desde 14 de janeiro de 2022. Já ontem tinha subido para níveis que não eram vistos desde perto dessa altura.
Dos 20 setores que compõem o índice, o da banca foi o que mais ganhou (1,3%), seguido pelo do retalho (1,11%) e do automóvel (1,06%). Já os setores dos recursos minerais e das telecomunicações perderem 1,34% e 1,07%, respetivamente.
Entre as principais movimentações, o BBVA ganhou 6,16% para 8,61 euros no dia em que apresentou resultados. Os lucros anuais do banco superaram os 8 mil milhões em 2023. No acumulado do ano que há pouco terminou, o banco adicionou 11,1 milhões de novos clientes
Já a Renault valorizou 1,24% para 34,74 euros, um dia após ter anunciado que eliminou os planos para a entrada em bolsa do negócio de veículos elétricos.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 somou 0,18%, o francês CAC-40 ganhou 0,48%, tendo renovado máximos históricos ao atingir os 7.677,47 pontos. Já o espanhol Ibex 35 subiu 1,51%, o britânico FTSE 100 avançou 0,44%, o italiano FTSE Mib cresceu 1,29% e o AEX, em Amesterdão, registou uma subida de 0,09%.
Euro na linha d'água face ao dólar
O euro está a negociar na linha d'água face ao dólar, estando a moeda única europeia a subir 0,03% para 1,0836 dólares.
A moeda da Zona Euro está a ser ligeiramente sustentada pelos dados do produto interno bruto na região no quarto trimestre.
A região da moeda única e a União Europeia evitaram a recessão no final do ano passado, tendo registado uma estagnação da atividade económica no último trimestre do ano depois de uma contração ligeira nos três meses anteriores. No conjunto do ano, os dois blocos cresceram 0,5%.
Apesar de recuar ligeiramente face ao euro, o dólar sobe perante o iene (0,26%) e o franco suíço (0,26%).
Juros agravam-se na Zona Euro
Ouro na linha d'água após dados do emprego robustos nos EUA
Os preços do ouro estão a negociar na linha d'água, depois dos dados do emprego robustos nos Estados Unidos.
O número de vagas de emprego disponíveis subiu inesperadamente em dezembro, tendo-se situado no nível mais alto em três meses.
A tendência é justificada também por uma maior força do dólar, uma vez que o metal amarelo, ao ser cotado na nota verde, fica menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
Noutros metais preciosos, o paládio cede 1,18% para 976,87 dólares e a platina cai 1,12% para 921,74 dólares.
Os investidores estão agora focados na reunião de política monetária da Fed, que arrancou hoje e termina amanhã, à procura de pistas sobre a evolução dos juros. A grande questão é quando começará o banco central a aliviar as taxas diretoras.
Petróleo sobe com radar no Médio Oriente
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar algum terreno nos principais mercados internacionais. As cotações já estiveram a cair, na sessão desta terça-feira, devido ao panorama económico da China, mas os receios de uma escalada das tensões no Médio Oriente estão agora a ter mais peso no sentimento dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,69% para 77,31 dólares por barril.
Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ganhar 0,16% para 82,53 dólares por barril.
Embora uma "agressiva atividade algorítimica compradora" esteja a ajudar a impulsionar os preços, precisa-se agora de "drivers" ao nível dos fundamentais para sustentar cotações mais elevadas, comentou à Bloomberg um estratega de "commodities" na TD Securities, Dan Ghali.
Uma eventual resposta militar musculada por parte dos EUA ao ataque de que foi alvo uma base sua no fim de semana [o ataque com drones à base na Jordânia, junto à fronteira com a Síria, resultou na morte de três soldados norte-americanos, ferindo outros 30] poderá fazer subir mais os preços, mas por agora o conflito no Médio Oriente não tem tido grande impacto no fornecimento de petróleo.
"A resposta que os EUA derem será a chave", referiu por seu lado Daniel Hynes, estratega de matérias-primas no ANZ Group Holdings. "A forma como o mercado vê os riscos para a oferta mudou decididamente nos últimos dias", acrescentou, em declarações à Bloomberg.
Wall Street inalterada à espera de dados do emprego nos EUA e contas da Alphabet e Microsoft
Os principais índices em Wall Street abriram inalterados, com os investidores a avaliarem os resultados mistos das empresas. Ainda a centrar atenções deverá estar uma leitura dos números do emprego nos Estados Unidos.
O Standard & Poor’s 500, que é o índice de referência mundial, desliza 0,03% para 4.926,41 pontos. Já o industrial Dow Jones cede 0,06% para 38.310,60 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,09% para 15.613,46 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a UPS mergulha 8,35%, depois de ter revelado "guidance" para 2024 que fica abaixo das estimativas dos analistas. A empresa anunciou também o despedimento de 12 mil pessoas.
Por sua vez, a General Motors pula 8,39%, depois de a gigante automóvel ter aumentando a expectativas de resultados para o presente ano e ter sinalizado que vai retornar mais capital aos investidores.
As gigantes Alphabet e Microsoft apresentam os resultados do quarto trimestre após o fecho do mercado.
As atenções viram-se agora para os números das vagas de emprego nos EUA que deverão servir como um bom indicador para o estado do mercado laboral, bem como para a reunião da Reserva Federal que termina esta quarta-feira.
Taxa Euribor recua a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que baixou para 3,897%, ficou acima da taxa a seis meses (3,836%) e da taxa a 12 meses (3,553%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou hoje para 3,553%, menos 0,029 pontos que na segunda-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do BdP referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também caiu hoje, para 3,836%, menos 0,030 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,897%, menos 0,015 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Europa em alta com época de resultados na mira dos investidores
Os principais índices europeus abriram em alta esta terça-feira, com o índice de referência, Stoxx 600, a negociar em máximos de dois anos. Os investidores estão focados na época de resultados em curso e aguardam a reunião de política monetária da Reserva Federal, que termina na quarta-feira.
O "benchmark" europeu soma 0,32% para 486,41 pontos. A sustentar está o retalho, a banca e o setor industrial que somam mais de 0,5%. Em sentido oposto, embora com perdas ligeiras, está o setor de petróleo e gás e o mineiro.
A subida do retalho pode ser justificada com algumas empresas britânicas deste setor, depois de ter sido revelada a inflação no Reino Unido, calculada por um consórcio de retalhistas e tendo em conta os preços praticados nas lojas, que desceu para 2,9% em janeiro - o valor mais baixo dos últimos 18 meses. Apesar de sinalizar uma descida significativa face aos 4,2% em dezembro, justifica-se pela época de elevados descontos.
Entre os movimentos de mercado, a Renault ganha 0,36%, depois de ter anunciado na segunda-feira que abandonou os planos de colocar em bolsa a sua unidade de negócios de veículos elétricos e software, a Ampere.
Até à reunião da Fed, "o mercado deverá centrar-se nas contas de empresas individuais. Em particular do setor da saúde, com a Novo Nordisk [a maior cotada europeia em capitalização de mercado], a Novartis e a Gsk a revelarem os resultados amanhã antes da abertura", disse à Bloomberg o estratega da Liberium Joachim Klement.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,14%, o francês CAC-40 valoriza 0,34%, o italiano FTSEMIB avança 0,1%, o britânico FTSE 100 sobe 0,49% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,58%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,41%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão maioritariamente a aliviar esta terça-feira, com os investidores a aguardarem os números preliminares do PIB na Zona Euro.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1 ponto base para 3,015% e os da dívida espanhola descem 0,3 pontos para 3,118%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 0,5 pontos base para 2,228%.
Os juros da dívida italiana somam 0,4 pontos base para 3,728% e os da dívida francesa decrescem 0,7 pontos para 2,708%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica alivia 2,3 pontos base para 3,848%.
Dólar sem tendência definida. Reunião da Fed e números do emprego nos EUA centram atenções
O dólar está a avançar face ao euro e em queda ligeira face a um grupo de 10 divisas rivais. Os investidores estão a antecipar a reunião desta quarta-feira da Fed onde é esperado que o banco central mantenha os juros diretores inalterados.
O dólar soma 0,1% para 0,924 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - recua 0,1% para 103,508 pontos.
Ainda a centrar atenções estarão os dados sobre o número de vagas de emprego, uma estatística que é acompanhada de perto pelos investidores como forma de analisar a robustez do mercado laboral.
Na UE, a moeda única europeia deverá reagir aos números iniciais do PIB do quarto trimestre, onde as expectativas de crescimento são significativamente mais baixas do que nos Estados Unidos.
Ouro valoriza à espera da Fed
O ouro está a negociar em alta, mas com os ganhos a serem limitados, com os investidores a aguardarem o resultado da primeira reunião de política monetária do ano da Reserva Federal norte-americana, bem como as palavras do presidente, Jerome Powell.
O metal amarelo soma 0,275 para 2.038,74 dólares por onça.
Os investidores estão à procura de pistas sobre quando o banco central poderá começar a realizar cortes das taxas de juro. A maior probabilidade está, neste momento, a ser atribuida a abril.
A beneficiar o ouro poderá estar uma ligeira descida do dólar e o risco de um aumento de tensões no Médio Oriente.
Economia chinesa pressiona petróleo
Os preços do petróleo estão a negociar ligeiramente em baixa, numa altura em que as preocupações relativamente às perspetivas de consumo na China - o maior importador de crude do mundo, parecem sobrepor-se às preocupações em torno de possíveis disrupções no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, cede 0,12% para 76,69 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, recua 0,19% para 82,24 dólares por barril.
Os dois contratos perderam cerca de um dólar na segunda-feira, com a crise imobiliária na China a gerar receios relativamente à economia do país. Isto, depois de um tribunal ter ordenado a liquidação da Evergrande.
No entanto, as quedas estão a ser limitadas pela possibilidade de um escalar conflito no Médio Oriente. Washington prometeu tomar "todas as ações necessárias" para defender as suas tropas, depois de três militares norte-americanos terem morrido num ataque com recurso a um drone na base dos EUA na Jordânia.
Europa de mira no verde. China penaliza sessão asiática
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos no início da sessão desta terça-feira, depois de terem encerrado ontem em novos máximos de janeiro de 2022.
A sustentar os ganhos estará um maior otimismo em torno da possibilidade de cortes dos juros diretores pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Reserva Federal norte-americana, que termina a sua primeira reunião de política monetária do ano esta quarta-feira.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 ganham 0,4%.
Na Ásia, a sessão foi negativa, penalizada pelos títulos em Hong Kong e na China, numa sessão que está a ser marcada por renovados receios relativamente ao setor do imobiliário no país - depois de um tribunal ter ordenado a liquidação da Evergrande - e resultados das empresas que ficam abaixo do esperado.
Os índices em Hong Kong foram penalizados pelas contas abaixo do esperado por parte fabricante de carros elétricos BYD, que perde quase 5%, numa altura em que a China enfrenta uma "guerra de preços" no setor dos veículos elétricos.
A recuperação das praças asiáticas nos últimos dias parece estar a desaparecer com a recuperação económica da China a permanecer o principal catalisador.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, cai 2,31% e o Shanghai Composite perde 1,83%. No Japão, o Topix recua 0,1% e o Nikkei avança 0,11%. Na Coreia do Sul, o Kospi cede 0,11%.