Notícia
Ouro em máximos de três semanas com queda do dólar a ajudar. Petróleo ganha com ventos da China
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
"Yields" agravam-se na Zona Euro em dia de subida de juros do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão a agravar-se, depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma subida em 25 pontos base das taxas de juro de referência para o valor mais elevado em 22 anos.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou ainda que deverá voltar a subir os juros diretores na próxima reunião - em julho.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, subiu 5,3 pontos base para 2,499%, enquanto os juros da dívida pública italiana aumentaram 4,6 pontos base para 4,121%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade cresceram apenas 1,4 pontos base - a menor subida da região - para 3,131%, ao passo que os juros da dívida francesa somaram 4,6 pontos base para 3,016% e os da dívida espanhola aumentaram 3,8 pontos base para 3,437%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos aliviaram 0,9 pontos base para 4,375%, com os investidores a aguardarem uma reunião de política monetária do Banco de Inglaterra que se realiza na próxima quinta-feira, 22 de junho. O mercado aponta para um incremento de 25 pontos base, segundo uma nota do Deustche Bank.
Petróleo sobe mais de 2% com bons dados da China e depreciação do dólar
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, animados pelos dados robustos da refinação na China e também pela debilidade da nota verde.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 2,45% para 69,94 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,31% para 74,89 dólares.
O facto de o dólar estar a ceder terreno ajuda à tendência de subida da matéria-prima, uma vez que os ativos denominados na nota verde, como é o caso do petróleo, ficam mais atrativos para quem negoceia com outras moedas.
Ouro em máximos de três semanas com queda do dólar a ajudar
O ouro está a valorizar e a recuperar de mínimos de três semanas registados esta quinta-feira, depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma subida de 25 pontos base das taxas de referência para máximos de 2001, o que levou a uma valorização do euro face ao dólar - o que torna o metal mais atrativo para compradores que negoceiam com outras moedas que não a americana.
O metal amarelo sobe 0,54% para 1.953,08 dólares por onça.
O euro atingiu hoje um máximo de quatro semanas face ao dólar, com a presidente do BCE, Christine Lagarde, a prever mais subidas das taxas de juro para trazer a inflação de volta aos 2% desejados.
A moeda única europeia sobe 0,79% para 1,0916 dólares, ao passo que já tocou em máximos de 15 anos face à moeda nipónica - negociando agora a valorizar 1,23% para 153,6 ienes.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – desce 0,5% para 102,436 pontos, depois de a Reserva Federal norte-americana ter mantido as taxas de juro na quarta-feira.
Pressões dos bancos centrais empurram Wall Street para o vermelho
Wall Street abriu a negociar maioritariamente no vermelho, com os investidores a avaliarem a possibilidade de os bancos centrais manterem as taxas de juro elevadas durante mais tempo.
Isto depois de a Reserva Federal norte-americana ter mantido a taxa de juro de referência inalterada, mas assinalado duas subidas ainda por acontecer este ano, e o Banco Central Europeu ter anunciado há pouco um incremento de 25 pontos base.
O S&P 500, índice de referência, recua 0,2% para 4.363,89 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,46% para 13.563,53 pontos, depois de terem tocado na quarta-feira máximos de abril de 2022. Já o industrial Dow Jones avança 0,04% para 33.992,55 pontos.
Ao mesmo tempo, dados sobre as vendas a retalho nos Estados Unidos, divulgados esta quinta-feira, mostraram uma subida inesperada em maio, com os consumidores a optarem por bens como veículos, o que poderá ajudar a apoiar a economia este trimestre.
Já o número de pedidos de subsídio de desemprego mantiveram-se praticamente inalterados em 262 mil na semana terminada a 10 de junho, sendo que os economistas ouvidos pela Reuters esperavam 249 mil pedidos na mesma semana.
Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla perde 2,14%, depois de ter registado 13 dias de ganhos consecutivos na sessão desta quarta-feira.
"A Fed apanhou o mercado de surpresa - não por não ter subido as taxas de juro (porque se mantiveram inalteradas como esperado), mas porque indicaram um posicionamento muito mais 'hawkish' do que o esperado na sua linguagem e nas projeções económicas", afirmou o analista Chris Zaccarelli da Independent Advisor Alliance à CNBC.
Euribor sobem a três e a seis meses para novos máximos
As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde dezembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 3,965%, mais 0,021 pontos do que na quarta-feira, depois de ter subido em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, avançou hoje, ao ser fixada em 3,818%, mais 0,028 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,547%, mais 0,025 pontos e também um novo máximo desde dezembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa veste-se de vermelho para esperar Lagarde. Legal & General perde 2% com nomeação de CEO português
A Europa começou a sessão em terreno negativo, com os investidores de olhos postos na reunião do BCE desta quinta-feira, após a qual se espera que seja comunicado pela autoridade monetária uma subida das taxas de juro diretoras em 25 pontos base.
O mercado está ainda as declarações proferidas pelo presidente da Fed, Jerome Powell, o qual sinalizou mais subidas das taxas de juro para fazer frente à inflação.
O Stoxx 600 sobe 0,26% para 463,75 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" europeu, a mineração comanda as perdas, depois de ter sido reportada uma contração da atividade económica chinesa em maio.
Entre as principais praças europeias, Madrid recua 0,40%, Frankfurt cede 0,21% e Paris desliza 0,32%.
Londres cai 0,12%, Milão recua 0,40%, enquanto Lisboa desvaloriza 0,18%. Já Amesterdão contraria a tendência e cresce 0,35%.
Os investidores estão atentos às ações da SoftwareOne, as quais somam 20,17%, depois de a Bain Capital ter oferecido 2,93 mil milhões de francos suíços em dinheiro para tirar a empresa de bolsa.
Já a seguradora Legal & General perde cerca de 2%, após a companhia ter substituído Nigel Wilson pelo português António Simões para o cargo de CEO.
Juros agravam-se na Zona Euro entre Powell e Lagarde
Os juros agravam-se na Zona Euro, enquanto digerem as mais recentes declarações da Fed e à espera das decisões e possíveis perspetivas sobre o futuro da política monetária por parte do BCE.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava-se 3,7 pontos base para 2,483%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 cresce 3,1 pontos base para 3,148%.
A "yield" das obrigações espanholas com a mesma maturidade somam 4,6 pontos base para 3,445%.
Os juros da dívida italiana com vencimento em 2033 sobe 6,5 pontos base para 4,140%. O "spread" face à "yield" alemã fixa-se em 165,3 pontos base.
Euro cai e iene sobe à espera dos bancos centrais
O euro cai 0,21% para 1,0807 dólares, numa altura que os investidores aguardam a possibilidade de o BCE anunciar um aumento das taxas de juro em 25 pontos base.
O iene cede para mínimos de sete meses, ao recuar 0,97% para 0,0071 dólares, num dia em que o mercado antecipa que o Banco do Japão anuncie esta sexta-feira uma manutenção da sua política monetária acomodatícia.
O renmimbi sobe 0,15% para 0,1397 dólares, depois de o banco central chinês ter decidido cortar os juros.
Por fim, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força do "green cash" contra 10 divisas rivais – sobe 0,32% para 103,276 pontos, após o presidente da Fed, Jerome Powell, ter apontado para a manutenção de uma política monetária restritiva.
Ouro regista mais longa sequência de perdas desde fevereiro
O ouro cai pelo quinto dia, a mais longa sequência de perdas desde fevereiro, com os investidores a digerirem as decisões de política monetária da Fed e do Banco Popular da China e à espera das conclusões da reunião do BCE desta quinta-feira.
O metal amarelo desvaloriza 0,46% para 1.933,61 dólares por onça, estando prestes de alcançar mínimos de um mês.
O presidente da Fed, Jerome Powell, apontou para mais aumentos da taxa dos fundos federais, apesar da pausa no ciclo de subida dos juros diretores anunciada esta quarta-feira pelo banco central.
Os investidores apontam agora para que o BCE aumente as taxas de juro em mais 25 pontos base, estando ainda à espera de sinais sobre uma possível pausa neste caminho.
O que Powell tira, Pequim dá: petróleo sobe
O petróleo sobe depois de o banco central da China ter decidido cortar nos juros, numa altura em que se especula que Pequim vai avançar com um pacote de estímulos para revitalizar a maior economia importadora de ouro negro do mundo.
O movimento ocorre depois de uma queda, provocada pelas declarações de Jerome Powell.
O presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana sinalizou a necessidade de voltar a aumentar as taxas de juro para fazer frente à inflação, apesar de a autoridade monetária ter decidido fazer uma pausa após a reunião de política monetária desta quarta-feira.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 0,62% para 68,69 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,61% para 73,65 dólares por barril.
China lidera ganhos na Ásia após banco central cortar juros. Europa aponta para o vermelho à espera do BCE
A Ásia terminou a sessão a negociar de forma mista, tendo as praças chinesas liderados ganhos, após o Banco Popular da China ter cortado nos juros, numa altura que se espera um pacote de estímulos de Pequim para impulsionar a economia do país.
O mercado asiático esteve ainda a reagir à decisão da Reserva Federal (Fed) norte-americana de manter a taxa de juro diretora intocada entre 5% e 5,25% e a preparar-se para a reunião do Banco Central Europeu (BCE), após a qual se espera que autoridade monetária anuncie uma subida dos juros diretores em 25 pontos base.
Assim, pela China, Xangai subiu 0,5% e Hong Kong somou 1,3%. No Japão, o Nikkei e o Topix fecharam o dia na linha de água (-0,05% e -0,02%, respetivamente).
Pela Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,43%.
Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 caem 0,4% à espera de ler o comunicado do BCE e de ouvir, posteriormente, a líder da autoridade monetária, Christine Lagarde, em conferência de imprensa.