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Ao minuto08.12.2020

Esperança em acordo no Brexit dá força à Europa. Juros de Portugal em mínimo histórico negativo

Acompanhe aqui os mercados ao minuto.

Rodrigo Antunes
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08.12.2020

Euro sobe e libra perde fôlego enquanto negociações do Brexit duram

O euro subiu 0,01% para os 1,210 dólares, enquanto que a libra esterlina teve um novo dia atribulado, devido às negociações sobre o Brexit.

A moeda britânica caiu 0,23% para os 1,3350 dólares, apesar de ter conseguido valorizar a meio da sessão quando o Reino Unido disse que tinha chegado a acordo com a União Europeia sobre como administrar a fronteira com a Irlanda do Norte, que cria controlos aduaneiros no Mar da Irlanda.

08.12.2020

Juros de Portugal fixam novos mínimos negativos

Os juros das obrigações soberanas do euro voltaram a fixar novos mínimos, com a "yield" a 10 anos de Portugal a tocar num novo mínimo abaixo de zero, num momento em que os investidores aguardam um novo aumento do programa de compra de ativos por parte do Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira.
 
A taxa de referência de Portugal caiu 2,4 pontos base para -0,013%, fixando assim um novo mínimo de fecho, numa sessão positiva para as obrigações soberanas do euro. A dívida a 10 anos do país estreou-se em valores negativos a 26 de novembro, depois de uma descida rápida dos juros lusos após o desfecho das eleições norte-americanas, mas ainda não tinha voltado a quebrar esta fasquia.
 
A expectativa de que o BCE continue a suportar os juros da dívida através da compra de ativos tem determinado a evolução positiva dos juros da República. Os economistas questionados pela agência de notícias Bloomberg esperam que as medidas de combate à crise sejam estendidas, esta quinta-feira, por seis meses, até o final de 2021, e ampliadas em 500 mil milhões de euros, para os 1,85 biliões.
 
A dívida de Itália e de Espanha – ambas ainda em valores positivos – também estiveram a aliviar para novos mínimos. A taxa italiana caiu para 0,584%, quebrando o anterior mínimo fixado no final de novembro, enquanto a taxa espanhola recuou para 0,024%. Já as "bunds" caíram 2,8 pontos para -0,612%, com os investidores a aguardarem a decisão do BCE, esta semana.

08.12.2020

Bolsas europeias invertem e fecham no verde

Apesar de terem estado a negociar em valores negativos durante grande parte da sessão, as principais praças europeias inverterem para terreno positivo no fecho da sessão, num momento em que os investidores parecem descontar que ser será possível alcançar um acordo que regule as relações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia na sequência do.
 
O índice europeu Stoxx 600 fechou a avançar 0,26%, com as bolsas europeias a acompanharem a tendência que marca o dia nos Estados Unidos, que também inverteram para terreno positivo.
 
Em foco continua a expectativa em torno de um acordo para o Brexit. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que se prepara para viajar para Bruxelas, num momento decisivo para as negociações com a União Europeia, avisou que a "situação é complicada". Ainda assim, a expectativa é que seja alcançado um acordo.
 
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Boris Johnson vão, em breve, reunir-se presencialmente numa eventual derradeira tentativa de fechar um acordo, isto quando faltam pouco mais de três semanas para o final do período de transição. 

A animar a negociação continuam as notícias animadoras no campo da vacina para a covid-19. Hoje foi vacinada a primeira pessoa no Reino Unido e uma análise conjunta dos resultados preliminares da vacina da Universidade de Oxford e farmacêutica AstraZeneca confirmou uma eficácia média de 70,4%, mas que pode ir até 90% se as doses forem variadas, de acordo com um artigo publicado na revista especializada Lancet.

08.12.2020

Agravamento da pandemia dos EUA penaliza Wall Street

As bolsas norte-americanas iniciaram a sessão em queda, com os investidores assustados com o aumento de casos covid-19 em várias regiões dos Estados Unidos.

O Dow Jones desce 0,27% para 29.990,08 pontos e o S&P500 cede 0,30% para 3.680,82 pontos. O Nasdaq, que ontem tocou em máximos históricos, está a cair 0,23% para  12.490,89 pontos.

O Estado da Califórnia vai ter novas restrições para travar o aumento de casos de covid-19 naquele que é o estado mais populoso do país. Em Nova Iorque as autoridades locais alertaram que também podem ser introduzidas mais medidas restritivas, caso a pandemia continue a acelerar na região.

Nos Estados Unidos o número diário de casos de covid-19 aproxima-se dos 200 mil (média de sete dias) e os responsáveis de saúde do país alertam que o pior está ainda para vir.

Apesar do agravamento evidente da pandemia no país, democratas e republicanos continuam sem se entenderem para um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos, o que contribui para agravar o pessimismo dos investidores.

Na frente empresarial, a Tesla destaca-se com uma queda de 3,11% para 621,78 dólares, depois da fabricante de automóveis elétricos ter anunciado um aumento de capital de 5 mil milhões de dólares. Na véspera os títulos tinham atingido um novo máximo histórico.

08.12.2020

Incerteza no Brexit deixa bolsas europeias sem rumo

Depois de um arranque de sessão predominantemente em queda, as principais praças europeias seguem agora a negociar sem uma tendência definida, com os investidores na expectativa por novas informações quanto à negociação de um acordo de parceria entre a União Europeia e o Reino Unido.

O índice de referência europeu Stoxx600 soma ligeiros 0,08% para 393,15 pontos. Na Europa, os setores dos media e industrial registam as maiores subidas, enquanto as quedas dos setores das viagens e energia estão a impedir uma maior subida do índice que agrega as 600 maiores cotadas do velho continente.

Em sentido inverso, o índice lisboeta PSI-20 recua 0,34% para 4.687,54 pontos e lidera as perdas entre os principais congéneres europeus. Ao perder 5,35% para 2,442 euros, a Navigator é a que mais pressiona em Lisboa, estando a empresa de pasta e papel a negociar a partir de hoje sem direito a dividendo (a cotada vai distribuir um dividendo de 13,94 cêntimos por ação).

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, conversaram telefonicamente na última noite, contudo não foi ainda possível aproximar posições de modo a tornar viável um acordo sobre a relação futura. Von der Leyen e Johnson vão, em breve, reunir-se presencialmente numa eventual derradeira tentativa de fechar um acordo, isto quando faltam pouco mais de três semanas para o final do período de transição. 

A incerteza relativa ao Brexit aumenta os receios quanto a uma disrupção das trocas comerciais entre os dois lados do Canal da Mancha, o que teria naturais repercussões negativas em termos económicos para os dois blocos.

08.12.2020

Juros das dívidas prolongam quedas no euro

Os juros da dívida dos países do espaço da moeda única estão em queda nos mercados secundários pela segunda sessão consecutiva, mantendo-se assim a tendência de baixas taxas de juro verificada nos últimos meses, sobretudo desde que o Banco Central Europeu decidiu intervir mediante a compra de títulos soberanos para amortecer o impacto da crise pandémica. 

A taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal com maturidade a 10 anos cai 0,7 pontos base para 0,004%, estando assim novamente muito perto de zero. 

Também as "yields" referentes aos títulos a 10 anos da Espanha e da Itália seguem a recuar 0,5 e 1,2 pontos base para 0,044% e 0,594%, respetivamente. No caso da "yield" espanhola com prazo a 10 anos, esta manhã igualou o mínimo de agosto de 2019 recentemente atingido. 

Tendência idêntica para os juros correspondentes às obrigações alemãs com a mesma maturidade, que segue a cair 1,1 pontos base para -0,596%. 

08.12.2020

Euro em alta, libra penalizada pelo impasse no Brexit

O euro está a apreciar ténues 0,05% para 1,2115 dólares, a primeira valorização em três dias da moeda única europeia contra o dólar.

Por seu turno, o dólar ganha terreno pelo segundo dia seguido no índice da Bloomberg que mede o comportamento da divisa norte-americana face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais. 

Já a libra deprecia pela segunda sessão seguida contra o euro, estando a ser pressionada pela incerteza no processo do Brexit numa altura em que o impasse persiste e em que se aproxima a passos largos o fim do período de transição. A 1 de janeiro próximo, se a União Europeia e o Reino Unido não tiverem fechado um acordo sobre a relação futura, as trocas comerciais entre os dois blocos passam a ser alvo de tarifas aduaneiras e controles alfandegários.

08.12.2020

Pandemia e falta de estímulos levam ouro a máximo de duas semanas

O metal precioso dourado está a negociar em máximos de 23 de novembro ao registar uma valorização de 0,23% para 1.866,94 dólares por onça, na segunda sessão consecutiva em alta. 

O aumento de novos casos de covid-19, em especial nos Estados Unidos, reitera a necessidade de adoção de mais medidas de estímulo orçamental, contudo, em Washington, democratas e republicanos mantêm divergência quanto ao pacote expansionista a adotar, tendo já adiado a data-limite para um acordo que, anteriormente, havia sido estabelecida para a próxima sexta-feira. 

Ora, a deterioração da crise pandémica associada à ausência de medidas mais robustas com vista à retoma da maior economia mundial estão a pesar sobre o sentimento dos investidores, que reagem reforçando a respetiva aposta em ativos considerados de refúgio. 

08.12.2020

Navigator em ex-dividendo contraria máximo histórico da EDP Renováveis

A bolsa nacional abriu em queda, em linha com o desempenho das principais praças europeias,

 

 

O PSI-20 abriu a cair 0,32% para 4.688,5 pontos, com 10 cotadas em queda, cinco em alta e duas sem variação.

 

O índice português está a ser pressionado sobretudo pela Navigator, que passa a negociar a partir de hoje sem direito ao dividendo, pelo que as ações estão a cair 5,12% para 2,448 euros. A empresa de pasta e papel vai entregar um dividendo no valor de 0,1394 euros por ação, o que corresponde a um total de 99,1 milhões de euros.

 

A Galp Energia também pressiona a bolsa, com uma queda de 1,4% para 9,022 euros, continuando a ser penalizada pela correção das cotações do petróleo.

 

Em sentido contrário, a EDP Renováveis atingiu um novo máximo histórico nos 18,40 euros, beneficiando ainda com a nota de research publicada ontem pela Bernstein, onde o banco de investimento elevou a avaliação das ações de 20 para 22 euros. As ações sobem 0,88% para 18,28 euros minutos depois da abertura.

 

A EDP sobe 0,45% para 4,641 euros,  depois de ter sido eleita a cotada favorita do banco de investimento Bernstein para investir na transição para uma energia mais limpa. O banco considera que o atual "mix" de resultados da empresa portuguesa já está no nível a que muitas utilities aspiram para o futuro.

08.12.2020

Covid-19 afasta petróleo de máximo de março

As cotações do petróleo estão a descer pela segunda sessão consecutiva, com os investidores a focarem-se no avanço da pandemia em várias regiões do globo, o que poderá penalizar a procura.

 

O Brent em Londres está a descer 0,8% para 48,4 dólares e na bolsa de Nova Iorque o crude WTI desvaloriza 0,79% para 45,4 dólares.

 

A Califórnia agravou as restrições de circulação no Estado devido ao forte aumento do número de casos, sendo que a Coreia do Sul também adotou novas medidas.

 

O agravamento da pandemia está assim ofuscar os efeitos da última reunião da OPEP+, que tinham levado as cotações do Brent para perto de 50 dólares, um máximo desde março.  Na semana passada o cartel decidiu aumentar a sua oferta no mercado em meio milhão de barris por dia a partir de janeiro em vez dos dois milhões inicialmente previstos.

 

08.12.2020

Futuros bolsistas em queda com agravamento da pandemia

Os futuros acionistas negoceiam em queda esta terça-feira, acompanhando as perdas já hoje registadas nas principais bolsas asiáticas.

O agravamento da pandemia está a penalizar os mercados bolsistas e sobretudo a refletir-se na menor procura dos investidores por ativos considerados de maior risco.

A deterioração da situação pandémica eleva a necessidade de medidas orçamentais expansionistas, contudo nos Estados Unidos continua distante um acordo entre democratas e republicanos quanto a um novo pacote de estímulos. A próxima sexta-feira havia sido apontada como data-limite para um compromisso bipartidário, contudo as dificuldades negociais obrigaram ao adiamento do prazo para um acordo.

Assim, os futuros do europeu Stoxx50 recuam 0,1% e os do S&P 500 caem 0,3%, isto depois de o índice Hang Seng de Hong Kong ter perdido 0,7% e de o nipónico Topix ter cedido 0,1%. No Japão, as principais praças atenuaram as quedas já depois de o primeiro-ministro nipónico Yoshihide Suga ter anunciado um pacote de cerca de 380 mil milhões de dólares de estímulos orçamentais.

Também a justificar o pessimismo como sentimento predominante nesta terça-feira está o impasse persistente no processo do Brexit. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, conversaram na última noite, porém mantém-se o bloqueio a um acordo de parceria económica entre os dois blocos. Como consequência mais imediata, a libra segue em perda nos mercados cambiais.

Por fim, mas também a condicionar o comportamento dos investidores, está a confirmação de Washington relativa à aprovação de sanções contra 14 membros de topo de Partido Comunista Chinês, uma ação que causa apreensão nos mercados, que temem um novo agudizar na tensão comercial e política entre os Estados Unidos e a China.

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