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Europa volta a fechar no vermelho. Incerteza económica pressiona
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Europa volta a fechar no vermelho. Incerteza económica pressiona
As ações europeias voltaram a fechar no vermelho, num momento de incerteza económica, que está a afastar os investidores dos ativos mais arriscados, como as ações.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, recuou 0,60% para 549,67, enquanto o francês CAC perdeu 0,63%, o alemão DAX desceu 0,47% e o britânico FTSE perdeu também 0,63%. Nos Países Baixos, o AEX perdeu 0,48%, em Itália o FTSE MIB recuou 0,39% e em Espanha o IBEX valorizou 0,33% - a única subida entre os principais índices.
As quedas foram lideradas pelo setor das viagens e lazer, que recuou 1,6% devido ao encerramento do aeroporto de Heathrow, o maior da Europa, devido a uma falha de eletricidade. As companhias aéreas também foram penalizadas: a IAG - grupo que detém a British Airways e a Iberia - perdeu 1,86%, enquanto a "low cost" Ryanair desceu 0,28%.
Os investidores afastaram-se das ações nas últimas sessões da semana, depois dos alertas da Reserva Federal (Fed), BCE e Banco de Inglaterra, que revelaram que as políticas dos EUA – nomeadamente a guerra de tarifas com os seus parceiros comerciais - podem ter consequências económicas significativas.
Na quarta-feira, a Fed reviu em alta as previsões de inflação e reduziu as previsões de crescimento, assinalando que as tarifas estão a causar uma subida das expectativas de inflação junto de consumidores e empresas.
Yields caem com procura de ativos refúgio a beneficiar obrigações
As yields das obrigações soberanas europeias registaram um desagravamento quase generalizado, num momento em que os investidores procuram ativos de refúgio como as obrigações, perante a volatilidade que se antecipa nos mercados devido à incerteza causada pelas políticas comerciais da Administração dos EUA.
Os juros das obrigações alemãs a 10 anos, de referência para a Europa, desceram 1,5 pontos base para 2,763%, enquanto os congéneres de França recuaram 1,7 pontos base para 3,461%
Já em Espanha e Itália, a queda foi de 1,2 e de 2,8 pontos base para 3,405% e 3,877%, respetivamente. Em Portugal, a descida das yields esteve em linha com as congéneres europeias, com um recuo de 1,2 pontos base para 3,275%.
A exceção a nível europeu foram os juros das Gilts britânicas a 10 anos, que registraram um forte agravamento de 6,2 pontos base para 4,710%.
Sanções dos EUA e plano da OPEP+ estabilizam preço do petróleo
Os preços do petróleo mantiveram-se estáveis esta sexta-feira, a caminho do segundo ganho semanal consecutivo, impulsionados por novas sanções dos EUA contra o Irão e pelo mais recente plano de produção da aliança OPEP+, que aumentaram as expectativas de um mercado com oferta mais limitada.
Às 16h22 de Lisboa, o Brent - referência para as importações europeias - valorizava 0,08%, para 72,06 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) - usando no mercado norte-americano - subia 0,22%, fixando-se nos 68,22 dólares. Em termos semanais, o Brent encaminha-se para um ganho de mais de 2% e o WTI de cerca de 1,7%, os maiores ganhos desde a primeira semana do ano.
O movimento dos preços ocorre num contexto de crescente tensão geopolítica. Esta quinta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um novo pacote de sanções relacionadas com o Irão, o quarto desde fevereiro, quando Donald Trump voltou a defender uma política de "pressão máxima" sobre Teerão e prometeu reduzir as exportações petrolíferas iranianas a zero.
Pela primeira vez, as sanções também visaram uma refinaria independente chinesa, o seu CEO e vários navios e entidades envolvidos no fornecimento de crude iraniano à China — o maior comprador mundial de petróleo.
A par da tensão geopolítica, os mercados continuam atentos aos desenvolvimentos na OPEP+. Vários países do grupo, como Cazaquistão, Iraque e Rússia, comprometeram-se com cortes adicionais na produção, de forma a compensar excedentes registados anteriormente. Segundo uma nota publicada no site da OPEP, estas reduções deverão equilibrar os planos de retomar produção suspensa até ao final de 2025.
Ainda assim, o crude continua condicionado por preocupações macroeconómicas, relacionadas com a desaceleração do crescimento global e o seu impacto na procura energética.
Dólar acelera com aumento da procura de ativos mais seguros
O dólar sobe esta sexta-feira contra as principais rivais, num momento em que os investidores procuram ativos mais seguros, perante a incerteza económica motivada pelas políticas tarifárias da administração Trump.
O índice do dólar sobe 0,3% para 104,16, enquanto o euro recua 0,25% para 1,0818 dólares. Contra o iene, o dólar sobe 0,19% para 149,18. Já a libra recua 0,46% para 1,2908 dólares.
Nos últimos dias, os responsáveis dos principais bancos centrais mundiais – Fed, BCE e BoE – deixaram alertas sobre as consequências económicas da instabilidade em torno das políticas norte-americanas.
O presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou na quarta-feira que as tarifas estão a impulsionar as estimativas para a inflação no curto-prazo, o que pode travar novos cortes de taxas de juro este ano, embora o banco mantenha as previsões de duas reduções.
A incerteza em torno do "outlook" económico global e a ameaça de novos anúncios desestabilizadores por Donald Trump deixa os investidores pouco dispostos a manterem a exposição a ativos de risco, refere o estratega da Pepperstone Michael Brown, citado pelo WSJ.
Ouro cai mais de 1% mas caminha para terceira semana de ganhos
O ouro segue hoje em desvalorização, pressionado por um dólar forte e por um movimento de tomada de mais-valias, depois de múltiplos recordes. A esta hora, o ouro recua 1,10% para 3.011,55 dólares por onça.
A desvalorização do metal amarelo acontece apesar de se manter elevada a incerteza geopolítica, tanto no que toca às tarifas dos EUA como quanto a conflitos armados na Ucrânia e Médio Oriente. O ouro é visto como um ativo-refúgio e tende a ser valorizado em contextos como o atual - este ano, já registou 15 recordes e ultrapassou esta semana, pela primeira vez, o limiar dos 3.000 dólares por onça.
"O mercado está a fazer uma pausa. Há alguma tomada de mais-valias nestes níveis e o dólar também está mais forte hoje", disse à Reuter o analista da Marex, Edward Meir.
Apesar da desvalorização desta sexta-feira, o ouro caminha para a terceira semana de ganhos, com vários grandes bancos a elevarem o preço-alvo do metal.
Incerteza económica continua a pressionar Wall Street. FedEX afunda 10%
As bolsas norte-americanas arrancaram a derradeira sessão da semana no vermelho, numa altura em que os investidores continuam a navegar por um cenário de grande incerteza económica e geopolítica. A FedEx, que é vista como um barómetro da economia mundial devido a abrangência dos seus serviços, é a mais recente empresa a rever em baixa as suas expectativas de crescimento anual para 2025, citando o impacto das tarifas da administração Trump na sua decisão.
O S&P 500 perde 0,88% para os 5.612,96 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cede 1,45% para 17.493,29 pontos. Já o Dow Jones desliza 0,89% para 41.581,85 pontos. Apesar das quedas registadas esta sexta-feira e na sessão anterior, o S&P 500 deve conseguir encerrar a semana com um saldo positivo, quebrando assim uma série de cinco semanas a negociar no vermelho – a maior em mais de um ano.
Já o Nasdaq, que continua a ser bastante pressionado pelas constante quedas das "Sete Magníficas", deve fechar a semana em baixa. A confirmar-se, o índice tecnológico deverá registar a pior série de quedas em mais de três anos.
Com um cenário de incerteza económica como pano de fundo, a FedEx arrancou a sessão a afundar 10,85% para 219,50 dólares. O sentimento alastrou-se a outras empresas de entregas como a UPS, que cai 3,41% para 112,99 dólares, numa altura em que a Reserva Federal (Fed) norte-americana reviu em baixa as perspetivas de crescimento económico para os EUA e mostrou-se mais pessimista quanto à inflação.
O governador da Fed de Chicago, Austan Gollsbee, admitiu que as condições atuais poderiam, "talvez", levar a um choque na economia norte-americana – um discurso muito mais alarmista do que o dado na quarta-feira pelo presidente da Fed, Jerome Powell, que optou por uma narrativa mais cautelosa.
Entre as principais movimentações de mercado, a Nike derrapa 8,84% para 65,51 dólares, apesar de até ter registado uma quebra nos lucros inferior à esperada pelos analistas no seu terceiro trimestre fiscal. No entanto, a empresa dedicada ao vestuário desportivo está mais pessimista em relação ao atual trimestre em curso, prevendo um número menor de vendas.
Euribor a três meses cai pela 5.ª sessão consecutiva para mínimo desde janeiro de 2023
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira e no prazo mais curto, pela quinta sessão consecutiva, para um novo mínimo desde janeiro de 2023.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,386%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,404%) e acima da taxa a 12 meses (2,371%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 2,404%, menos 0,007 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,371%, menos 0,008 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 2,386%, menos 0,001 pontos e um novo mínimo desde 18 de janeiro de 2023.
A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.
A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.
Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.
A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.
Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.
Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa no vermelho. Encerramento de Heathrow pressiona companhias aéreas
As bolsas europeias estão a negociar no vermelho pelo segundo dia consecutivo, numa altura em que o sentimento permanece bastante frágil devido à incerteza económica em torno das políticas comerciais de Donald Trump. O setor das viagens e lazer é o que mais cai esta manhã, pressionado pelo encerramento do aeroporto de Heathrow, em Londres, depois de um incêndio ter causado uma falha energética.
O "benchmark" da negociação europeia, o Stoxx 600, recua 0,76% para 548,79 pontos. A maioria dos setores negoceia em baixa, com as ações de telecomunicações e do setor alimentar a serem as únicas a escaparem a esta maré vermelha que assola a Europa.
Com o maior aeroporto de Londres encerrado e mais de mil voos afetados esta sexta-feira, as ações de companhias aéreas europeias estão a derrapar. A Ryanair perde 1,96% para 20,59 euros por ação, enquanto a EasyJet cede 1,27% e a Deutsche Lufthansa cai 2,67%.
O foco dos investidores vira-se agora para a votação de uma alteração constitucional na Alemanha, que vai permitir desbloquear centenas de milhares de milhões de fundos para financiar o setor da defesa e infraestruturas.
A proposta já recebeu "luz verde" do Bundestag (câmara baixa) na terça-feira e precisa agora do crivo do Bundesrat (câmara alta) – uma aprovação que não deve ser difícil de conseguir. O mercado já tem vindo a incorporar esta decisão nas últimas semanas, o que aproximou o principal índice alemão a máximos históricos. A esta hora, o DAX perde 1%.
Entre as restantes principais praças europeias, o espanhol IBEX cai 0,27%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,68% e o italiano FTSEMIB perde 0,63%. Já o britânico FTSE100 derrapa 0,43%, enquanto o holandês AEX regista uma desvalorização de 0,60%.
Juros aliviam na Zona Euro. Alemanha regista maior queda
Os juros das dívidas da Zona Euro estão a aliviar esta manhã, num dia marcado pela votação por parte do Bundesrat (câmara alta do Parlamento alemão) de uma alteração constitucional, que vai permitir desbloquar centenas de milhares de milhões de euros para financiar o setor da defesa. É esperado que o projeto receba "luz verde".
Este recuo nas "yields" europeias acontece após uma sessão de avanços e recuos, com o Banco Central Europeu a deixar avisos sobre o impacto das tarifas de Donald Trump na economia do bloco de 27 países.
Os juros das "Bunds" alemãs, com maturidade a dez anos e que servem de referência para a região, recuam 2,5 pontos base para 2,753%, enquanto as "yields" francesas cedem 2 pontos para 3,458%.
Já nos países do sul da Europa, as obrigações portuguesas, também a dez anos, aliviam 1,7 pontos para 3,271%, enquanto os juros da dívida espanhola caem 2,2 pontos para 3,401% e as "yields" italianas cedem 2,3 pontos para 3,881%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica negoceiam com a tendência inversa, avançando 3 pontos para 4,679%.O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu manter as taxas de juro inalteradas esta quinta-feira, citando o contexto de elevada incerteza global, com a política comercial protecionista dos EUA a deixar várias incógnitas sobre o futuro.
Dólar continua a recuperar após mínimos de cinco meses
Com a Reserva Federal (Fed) norte-americana a demonstrar cautela e sem pressa para continuar a cortar nas taxas de juro, o dólar está a recuperar algum do terreno que perdeu nas últimas semanas, depois de ter atingido mínimos de cinco meses. Esta tendência já foi registada na quinta-feira, dia em que o dólar observou o melhor desempenho diário em mais de três semanas.
A esta hora, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face a uma série de moedas concorrentes – avança 0,16% para 104,017 pontos, depois de ter conseguido crescer 0,34% na sessão anterior. O dólar até arrancou o ano com o pé direito, tendo chegado a tocar em máximos de finais de 2022 em janeiro, mas os receios de uma guerra comercial e as ramificações negativas para a economia retiraram a divisa norte-americana desta tendência altista.
Por sua vez, o euro perde algum do gás que recebeu nas últimas semanas. A moeda comum europeia recua 0,16% para 1,0834 dólares, depois de se ter aproximado bastante da marca dos 1.100 dólares, beneficiando de uma narrativa mais "hawkish" do Banco Central Europeu e das perspetivas de reforço do investimento por parte dos países da Zona Euro.
Já face à divisa nipónica, o dólar continua a negociar em alta – uma tendência que tem vindo a ser registada na última semana, embora com algumas flutuações. A "nota verde" valoriza 0,40% para 149,38 ienes, numa altura em que a cautela da Fed parece estar a sobrepor-se à narrativa de incerteza em torno das política do banco central japonês.
Ouro recua de máximos históricos com tomada de mais-valias
Após uma série de sessões bastante positivas e que catapultaram o ouro para novos máximos, o metal precioso está a recuar esta sexta-feira, numa altura em que os investidores aproveitam os recordes recentes para procederem à tomada de mais valias.
Os receios geopolíticos e geoeconómicos levaram o ouro a ultrapassar a barreira dos 3.050 dólares por onça na quinta-feira. Só esta semana, apoiado por uma revisão em baixa das projeções de crescimento da economia norte-americana e manutenção das expectativas de dois cortes nas taxas de juro, o metal precioso avançou cerca de 1,5%.
A esta hora, o ouro recua 0,36% para 3.033,95 dólares por onça, num dia em que o dólar recupera algum do terreno perdido nos últimos tempos, que levou a divisa norte-americana a mínimos de cinco meses. "Todos os fundamentos apontam para que o ouro continue a negociar em alta", explica Kyle Rodda, analista da Capital.com, à Reuters.
Um desses fundamentos passa pelo recrudescimento das tensões no Médio Oriente. Depois de os EUA terem atacado os rebeldes houthis do Iémen, prometendo uma resposta firma e contínua até que o grupo para de atacar navios no Mar Vermelho, Israel voltou a reforçar a ofensiva sobre Gaza, violando o acordo de cessar-fogo assinado há cerca de dois meses. Esta quinta-feira, mais 91 palestinianos morreram com os ataques de Tel Aviv.
Petróleo em alta após sanções dos EUA a refinaria chinesa
O barril de petróleo está a negociar em alta pelo terceiro dia consecutivo, recebendo ímpeto das sanções aplicadas pelos EUA a uma refinaria chinesa. O Departamento do Tesouro norte-americano movimentou-se contra mais 19 entidades e navios ligados ao transporte de crude iraniano, que exporta cerca de 1,6 milhões de barris por dia para a segunda maior economia do mundo.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – ganha 0,15% para os 68,17 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,11% para os 72,08 dólares por barril.
As sanções, dizem os analistas da RBC Capital Markets, representam uma "clara escalada no risco dos fluxos de petróleo na região, embora estas medidas não impeçam por completo o comércio ilícito de crude iraniano para a China", cita a Bloomberg. "Embora as implicações sejam mínimas, é razoável que o prémio de risco [sobre o petróleo] aumente", completam.
Os EUA estão determinados a reduzir as exportações de crude iraniano para zero. Esta indústria é uma das mais lucrativas para o país e os norte-americanos querem impedir que o Irão utilize as receitas obtidas na produção e venda de petróleo para financiar programas nucleares. Apesar de já existirem várias sanções ao crude do país, Teerão continua a "utilizar uma rede obscura de navios para facilitar as suas exportações da matéria-prima", explicou o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.
Bolsa de Hong Kong cai mais de 2% e deixa Ásia sem rumo. Europa no vermelho
As bolsas asiáticas encerraram a derradeira sessão da semana sem rumo, numa altura em que uma série de fatores, como avisos de vários bancos centrais sobre o futuro e as tarifas da administração Trump, estão a pesar sobre o sentimento da negociação. Pela Europa, a tendência é negativa com a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 a ceder 0,4%.
"Estamos a ver as políticas de Donald Trump a injetar os mercados com uma onda de incerteza que já não se via há várias anos" explica Todd Jablonski, analista da Principal Asset Management, à Bloomberg. A empresa reduziu a exposição dos seus portefólios a ativos de risco, em resposta às ramificações negativas que a política comercial norte-americana e, por conseguinte, as tarifas recíprocas de outros países podem ter sobre a economia global.
Na China, a correção do mais recente "rally" das tecnológicas continua a toda a força, com o Hang Seng, de Hong Kong, a ser o mais castigado. O índice perdeu 1,9% esta sexta-feira e acompanhou o Shanghai Composite nas perdas – este, por sua vez, caiu 1,2%.
Pelo Japão, a inflação encontra-se novamente numa trajetória descendente, tendo, em fevereiro, desacelerado para 3,7% em termos homólogos. No mês anterior, tinha crescido para máximos de dois anos, cifrando-se em 4%.
No entanto, esta evolução da inflação não foi suficiente para deixar o "benchmark" da negociação, o Nikkei 225, à tona, caindo 0,2%. Em contraciclo, o Topix conseguiu registar a sétima sessão consecutiva no verde, ao crescer 0,29% e alcançar máximos de julho de 2024.
Nas restantes principais praças asiáticas, o sul-coreanos Kospi avançou 0,23%, enquanto o australiano S&P/ASX 200 acelerou 0,16%.