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Remuneração de Soares dos Santos aumenta 7,1% para 5,25 milhões em 2024

O CEO e "chairman" da Jerónimo Martins auferiu a mesma remuneração fixa do ano anterior, mas registou um aumento da remuneração variável e da contribuição para o plano de pensões.

Miguel Baltazar
27 de Março de 2025 às 20:00
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O CEO e "chairman" da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, recebeu em 2024 um valor ilíquido de 5,25 milhões de euros, relativo aos cargos que desempenha no grupo proprietário dos supermercados Pingo Doce. O montante representa uma subida de 7,1% face ao ano anterior, quando Soares dos Santos auferiu 4,9 milhões de euros.

Os mais de 5 milhões de euros que Soares dos Santos recebeu no ano passado distribuem-se em várias parcelas. O CEO recebeu 1,4 milhões de remuneração fixa (o mesmo valor do ano passado) e 2,8 milhões de remuneração variável (contra 2,52 milhões em 2023). Estes últimos valores refletem o desempenho da empresa no ano anterior.

A componente remanescente é a das contribuições ordinárias para o plano de pensões, que ascendeu a 1,05 milhões, contra 980 mil euros no ano anterior, refere o relatório e contas de 2024 publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), onde constam os valores remuneratórios.

Contudo, estes não foram os únicos valores recebidos por Soares dos Santos, refere o documento. No capítulo dos "montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum", foram pagos 910.000 euros em remuneração fixa e 1,82 milhões em remuneração variável, totalizando 2,73 milhões.

O relatório refere que ainda que a remuneração recebida pelos membros da administração, durante o exercício de 2024, totalizou 3,47 milhões de euros, correspondendo 1,44 milhões de euros a remuneração fixa, 980.000 euros a remuneração variável e 1,05 milhões de euros a contribuições ordinárias para o plano de pensões de reforma.

Nos resultados de 2024, apresentados na semana passada, a Jerónimo Martins registou lucros de 599 milhões de euros, que representam uma queda de 20,8% face aos resultados do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos em 2023, num ano "marcado pelos duros efeitos da combinação de uma acentuada queda da inflação alimentar com a subida significativa dos custos".

Com base nos resultados líquidos, a administração propôs à assembleia-geral de acionistas a distribuição de 370,8 milhões de euros em dividendos, um "payout" de cerca de 50% dos resultados consolidados ordinários, correspondendo a 0,59 euros brutos por ação.

Na conferência de imprensa que se seguiu à apresentação dos números, Soares dos Santos não garantiu a continuidade para um novo mandato no triénio 2025-2027, dizendo que manter-se à frente da Jerónimo Martins "depende da família e acionistas".

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