Notícia
Emprego robusto nos EUA limita ganhos na Europa
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Emprego robusto nos EUA limita ganhos na Europa
As bolsas europeias encerraram a semana com ganhos, embora mais modestos após dados que mostram que a criação de emprego nos Estados Unidos foi quase o dobro do esperado pelos analistas em janeiro.
A economia norte-americana criou 350 mil novos empregos no mês passado, mostrando robustez e dando um novo argumento de peso para que a Reserva Federal (Fed) norte-americana possa adiar o início do ciclo de cortes nas taxas diretoras. A perspetiva não apagou totalmente os ganhos das bolsas europeias, mas reduziu a dimensão.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,01% para 483,93 pontos, com os setores da banca e o automóvel a comandarem as subidas (1,04% e 1,08%, respetivamente). Já o setor do petróleo & gás é o que perde (-1,4%).
Entre as principais movimentações, a Mercedes-Benz Group subiu 2% para 64,34 euros, após ter divulgado números provisórios que apontam para um "cash flow" - indicador que permite medir a liquidez - acima do esperado em 2023. Já o Danske Bank valorizou 8,08% para 200 coroas dinamarquesas, após ter divulgado planos para recompra de ações pela primeira vez em seis anos.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 ganhou 0,35%, depois de durante a sessão ter atingido máximos históricos ao tocar nos 17.004,55 pontos.
O francês CAC-40 somou 0,05%, o espanhol Ibex 35 subiu 0,48%, o italiano FTSE Mib avança 0,09% e o AEX, em Amesterdão, valorizou 0,05%. Só britânico FTSE 100 perdeu, tendo desvalorizado 0,09%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações. Isto numa altura em que o mercado tenta perceber quando começarão os bancos centrais a aliviar a política monetária.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 8,4 pontos base para 3,032% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou-se 9,5 pontos para 2,238%, tendo o preço das obrigações registado a maior queda num mês.
A rendibilidade da dívida italiana somou 9,1 pontos para 3,806%, a da dívida francesa agravou-se 8,7 pontos para 2,742% e a da dívida espanhola aumentou 8,4 pontos para 3,162%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas subiram 17,1 pontos base para 3,912%, após o Banco de Inglaterra ter animado as perspetivas de que poderá começar a cortar as taxas de juro.
Petróleo a caminho da maior queda semanal desde outubro
Os preços do petróleo estão a descer, num dia em que as conversas para suspender a guerra entre Israel e o grupo radical Hamas estão a diminuir o risco de uma interrupção do fornecimento de crude no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 2,15% para 72,23 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desliza 1,84% para 77,25 dólares por barril.
Também no acumulado da semana o WTI e o Brent perderam, registando a esta hora uma queda de mais de 7%. Trata-se da maior perda semanal desde o início de outubro do ano passado.
Israel e o grupo Hamas estão em negociações para a suspensão dos bombardeamentos e libertação de reféns, num passo que aproxima aproxima as duas partes de um acordo de cessar-fogo.
Nas últimas semanas, o petróleo tem beneficiado das perspetivas de uma quebra nas cadeias de abastecimento, caso o conflito no Médio Oriente se alastre. Além da guerra na Faixa de Gaza, os ataques dos rebeldes houthis do Iémen no Mar Vermelho também deram força ao crude, ofuscando ligeiramente as preocupações quanto a um excesso de oferta no mercado.
Euro cede face ao dólar
O euro está a desvalorizar face ao dólar, num dia em que um mercado laboral mais robusto do que o esperado está a dar força à nota verde.
A moeda única da Zona Euro desliza 0,66% para 1,0800 dólares.
O dólar está também a ganhar 1,25% face ao iene japonês e 0,9% perante o franco suíço.
O presidente da Fed, Jerome Powell, disse esta semana que um "enfraquecimento inesperado no mercado laboral" teria impacto na decisão de descer os juros mais cedo, deixando claro que a robustez do emprego é um dos principais pontos tidos em conta no momento de decidir o curso da política monetária.
Com os números hoje conhecidos, 350 mil novos empregos em janeiro, o banco central tem margem para adiar a descida dos juros. E essa a perspetiva que está a dominar o mercado.
Ouro perde com dólar mais forte
O ouro está a desvalorizar, pressionado por um dólar mais forte devido aos números do emprego mais sólidos do que o esperado nos Estados Unidos. Sendo cotado na nota verde, o metal precioso tende a sair prejudicado quando a moeda valoriza, uma vez que se torna menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
A economia norte-americana criou 350 mil novos empregos em janeiro, quase mais do dobro que os 176 mil postos de trabalho esperados pelos analistas.
Os dados divulgados esta sexta-feira dão um novo argumento de peso para que a Reserva Federal (Fed) norte-americana possa adiar o início do ciclo de cortes nas taxas diretoras, o que está a penalizar o metal precioso, que, por não remunerar rendimentos, se torna menos atrativo em tempos de política monetária mais agressiva.
O ouro desliza 0,96% para 2.035,35 pontos. Noutros metais, o paládio perde 2,93% para 938,77 dólares e a platina recua 1,8% para 900 dólares.
Inesperada força do emprego trava maiores voos em Wall Street. Meta dispara 20%
As bolsas norte-americanas abriram mistas, com dados do emprego muito acima do esperado a moderarem o entusiasmo com as mais recentes contas das gigantes tecnológicas.
O S&P 500 sobe 0,25% para 4.918,68 pontos, o industrial Dow Jones cai 0,35% para 38.383,54 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,78% para 15.481,97 pontos.
A economia dos Estados Unidos criou 350 mil novos empregos em janeiro, um número que quase duplica os 176 mil postos de trabalho esperados pelos analistas. Os dados hoje divulgados dão um novo argumento de peso para que a Reserva Federal (Fed) norte-americana possa adiar o início do ciclo de cortes nas taxas diretoras, uma vez que a economia se mantém resiliente e o emprego robusto.
Esta perspetiva ajudou a travar maiores ganhos, à boleia dos resultados positivos da Amazon e da Meta.
A empresa de e-commerce sobe 7,26% para 170,84 dólares, na primeira sessão após ter divulgado que lucrou 30.425 milhões de dólares no ano passado. O valor marca o regresso ao verde, depois de em 2022 ter registado prejuízos de 2.722 milhões. Já a dona do Facebook sobe 20,07% para 474 dólares, estando a negociar em máximos históricos, depois de apresentar os resultados.
Já a Apple desliza 1,96% para 183,2 dólares. Apesar de ter registado resultados acima do esperado, os números no mercado chinês desiludiram.
"Big tech" impulsionam bolsas europeias
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, a ganharem impulso dos bons resultados das tecnológicas do lado de lá do Atlântico.
As reduções de trabalhadores e a refocalização em áreas mais específicas de negócio parece ter corrido bem para a Meta e Amazon. Por sua vez, a Apple, que também superou as expectativas dos analistas em termos de receitas, está a gerar maior preocupação devido à quebra registada no mercado chinês que contabiliza cerca de um quinto das vendas da marca.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, avança 0,39% para 485,75 pontos e está a caminho de um ganho semanal pela terceira semana consecutiva. A sustentar o "benchmark" estão os setores automóvel, do petróleo e gás e da tecnologia.
Entre os principais movimentos de mercado está o Danske Bank, que sobe 5,05%, depois de a instituição financeira ter revelado que vai realizar a sua primeira recompra de ações em seis anos.
Também o grupo Mercedes-Benz soma 2,44%, depois de ter revelado melhores resultados do que o esperado relativos a 2023.
Apesar do bom momento das bolsas europeias "é necessário um ajuste relativamente às expectativas de cortes de juros e poderíamos ver alguma volatilidade mais à frente, por isso, ser seletivo é chave", disse à Bloomberg María Torres, gestora de fundos da Mapfre Asset Management.
"Não vemos cortes até ao verão e agora é altura de sermos cautelosos", acrescentou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,53%, o francês CAC-40 ganha 0,35%, o italiano FTSEMIB avança 0,13%, o britânico FTSE 100 sobe 0,31% e o espanhol IBEX 35 valoriza 0,21%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,39%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta sexta-feira, o que sinaliza menor aposta dos investidores nas obrigações. Isto, numa altura em que as bolsas vão valorizando.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos somam 1,4 pontos base para 2,962% e os da dívida espanhola avançam 1,3 pontos para 3,091%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 2,1 pontos base para 2,164%.
Os juros da dívida italiana acrescem 0,8 pontos base para 3,723% e os da dívida francesa registam um acréscimo de 1,5 pontos para 2,669%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se 4,1 pontos base para 3,782%.
Dólar recua. Números do emprego nos EUA centram atenções
O dólar está a recuar ligeiramente com os resultados das "big tech" a renovarem o apetite dos investidores por ativos de risco. Os investidores aguardam também os números do emprego nos EUA, à procura de melhor determinarem o "timing" dos primeiros cortes de juros pela Fed.
A divisa norte-americana desliza 0,1% para 0,9272 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - cede 0,04% para 103,008 pontos. Este índice está a caminho da primeira queda semanal do ano.
"Se tivermos uma leitura da criação de emprego mais fraca, penso que os investidores podem voltar a optar por uma percantagem mais 50-50" relativamente a um corte de juros em março, disse à Reuters Ray Attril, analista do National Australia Bank.
"E creio que o dólar vai ser bastante sensível a isso", salientou.
O mercado está a estimar em 37,5% a possibilidade de um corte de juros pela Fed em março, comparado com 70% há cerca de um mês, segundo a Reuters. Para maio este valor está perto dos 100%.
Ouro inalterado mas caminha para melhor semana em mais de dois meses
O ouro está praticamente inalterado, mas a caminho da melhor semana mais de dois meses, tendo beneficiado da queda do dólar e do alívio das "yield" da dívida norte-americana.
O metal amarelo avança 0,01% para 2.055,19 dólares por onça.
Os investidores aguardam os números da criação de emprego e da taxa de desemprego nos Estados Unidos relativos a janeiro. Este é um indicador acompanhado de perto pelo mercado, dado que permite compreender a robustez do mercado laboral e, consequentemente, estimar quando a Reserva Fedral poderá proceder aos primeiros cortes das taxas de juo.
Os investidores apontam, com total confiança, de que o primeiro cortes dos juros diretores aconteça em maio.
Petróleo avança com início de negociações para cessar-fogo em Gaza
Os preços do petróleo estão a valorizar nos mercados internacionais, mas ainda assim a caminho da primeira perda semanal desde novembro, com as negociações para um cessar-fogo em Gaza a darem sinais de avanço, no que está a ser considerado como um passo essencial para pôr fim ao conflito na região.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,54% para 74,22 dólares por barril. Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, ganha 0,61% para 79,18 dólares por barril.
Apesar das conversações estarem a acontecer, ainda estão numa fase inicial e um avanço não é ainda esperado nos próximos dias, revelaram fontes conhecedoras do assunto à Bloomberg.
No entanto, há ainda questões que podem escalar rapidamente. Os rebeldes houthis do Iémen continuam a atacar navios no Mar de Aden e no Mar Vermelho. O mercado ainda aguarda uma resposta dos Estados Unidos a um ataque dos houthis a uma base na Jordânia que matou três soldados.
"Não é surpresa que o prémio de risco geopolítico que foi colocado no crude esteja a desaparecer, à medida que aumenta a esperança de progresso nas conversações sobre um cessar-fogo em Gaza", disse à Bloomberg Vishnu Varatan, economista do Mizuho Bank.
"Mas um conflito tão enraizado e tão polarizado, é pouco provável que haja um caminho linear, livre e curto para a resolução", completou.
Contas das "big tech" devem dar ganhos às bolsas europeias. Otimismo em Wall Street alastra-se à Ásia
Os principais índices europeus devem abrir a negociar em alta, depois de os resultados robustos das tecnológicas terem também impulsionado os futuros em Wall Street.
Os cortes de pessoal e refocalização em áreas mais específicas de negócio parece ter corrido bem para a Meta e Amazon. Por sua vez a Apple, que também superou as expectativas dos analistas em termos de receitas, está a gerar mais preocupação devido à quebra registada no mercado chinês que contabiliza cerca de um quinto das vendas da marca.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,8%.
Na Ásia, a sessão fez-se com ganhos, com as cotadas sul coreanas a liderarem. O Kospi está a caminho da melhor semana desde novembro de 2022, sustentado pelas fabricantes de automóveis e "holdings", numa altura em que as autoridades do país têm procurado melhores avaliações das cotadas.
O sentimento em Wall Street levou a otimismo na Ásia, depois de os números da atividade industrial nos Estados Unidos terem mostrado uma estabilização na produção industrial.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, avança 0,13% e o Shanghai Composite cai 1,46%. No Japão, o Topix soma 0,22% e o Nikkei valoriza 0,41%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganha 2,87%.