Notícia
Europa no verde com esperança de moderação nas taxas de juro
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Atas do BCE aliviam juros. Portugal termina em mínimos de setembro
Os juros estiveram esta quinta-feira a aliviar de forma expressiva na Zona Euro, após ter sido divulgado o relato da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu, onde "alguns membros manifestaram preferência por aumentar as taxas de juro do BCE em 50 pontos base".
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – perdeu 7,9 pontos base para 1,844%.
Em Itália, os juros da dívida a dez anos subtraíram 13,9 pontos base para 3,655%.
Por sua vez, na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos desceu para mínimos de 12 de setembro deste ano, ao aliviar 10,4 pontos base para 2,719%.
Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade recuaram 9,9 pontos base para 2,783%.
Europa continua em alta, com esperança de moderação nas taxas de juro
As bolsas europeias fecharam a sessão no verde, continuando a tendência positiva que viu o Stoxx 50 entrar num "bull market" técnico, com os investidores a analisarem a possibilidade de os bancos centrais moderarem a subida das taxas de juro.
O Stoxx 600 - referência para a região - fechou a valorizar 0,46%, o valor mais alto desde 16 de agosto, com o setor imobiliário e químico a registar o melhor desempenho. A tecnologia foi o único setor a desvalorizar.
De acordo com a Bloomberg, o volume de negociação foi mais reduzido devido ao encerramento dos mercados americanos, devido ao feriado de Ação de Graças.
Nos restantes índices europeus, o alemão Dax ganhou 0,78%, o francês CAC-40 avançou 0,42%, o britânico FTSE 100 valorizou 0,02% e o Aex, em Amesterdão, pulou 0,18%, ao passo que o espanhol Ibex subiu 0,68% e o italiano FTSE Mib somou 0,61%.
Tecto de preço ao crude importado da Rússia pode não limitar oferta. Petróleo cai
Os preços do "ouro negro" seguem em baixa, a rondarem mínimos de dois meses, dado que o tecto no preço para o crude importado da Rússia suscita dúvidas sobre se isso irá limitar a oferta – sendo provável que não.
O Grupo dos Sete (G7) está a analisar o tecto de preços a colocar ao crude russo e está a pensar num preço máximo de 65 a 70 dólares por barril. Esse nível de preços, se for o fixado, estará acima do atual valor de transação.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a perder 0,80% para 84,73 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,38% para 77,64 dólares por barril.
Esta quarta-feira, os ministros da Energia dos 27 Estados-membros da UE estiveram reunidos em Bruxelas também para discutir a fixação de um preço máximo a impor ao petróleo russo. O valor apresentado, entre os 65 e os 70 dólares por barril, gerou discórdia entre os países, com os representantes a reunirem-se novamente esta quinta-feira.
Fed empurra dólar para perdas e ouro para ganhos, ambos pelo terceiro dia consecutivo
O ouro está a valorizar pelo terceiro dia consecutivo, depois das atas da reunião de novembro da Reserva Federal norte-americana terem sinalizado que será possível um abrandamento do ritmo da subida dos juros diretores.
O dólar, do lado contrário regista perdas pelo terceiro dia consecutivo, uma vez que esta moeda não beneficia do abrandamento da política monetária.
O ouro, que é negociado em dólares sobe assim 0,35% para 1.755,88 dólares por onça, ao passo que a nota verde recua 0,15% para 0,9604 euros.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – cede 0,31% para 105,743 pontos.
Para o ouro, as minutas da Fed foram "positivas dado o impacto (negativo) nas yields e nos juros", aponta o analista Ole Hansen, do Saxo Bank, à Bloomberg.
"Sem sinais ainda de um aumento da procura por parte de investidores a longo-prazo de fundos cambiais, uma extensão [dos ganhos deste metal] vai requerer maiores perdas tanto nas yields como do dólar", resumiu.
Euribor sobem a 3, 6 e 12 meses para novos máximos de mais de 13 anos
As taxas Euribor subiram hoje para novos máximos desde o início de 2009 a três, a seis e a 12 meses.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,368%, mais 0,008 pontos, um máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje, ao ser fixada em 1,908%, mais 0,010 pontos, um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 2,879%, mais 0,025 pontos do que na quarta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa negoceia com ganhos ligeiros atenta a Bruxelas e Frankfurt
A Europa negoceia com ganhos modestos, no dia marcado pela reação à divulgação das atas da Fed e pela publicação dos relatos do último encontro de política monetária do BCE.
O Stoxx 600 – que reúne as 600 principais cotadas do bloco europeu – soma 0,27% para 440,02 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", imobiliário lidera o ganhos, enquanto as energéticas comandam as perdas.
Nas principais praças europeias, Madrid avança 0,27%, Frankfurt ganha 0,74% e Paris valoriza 0,59%. Amesterdão cresce 0,41% e Milão soma 0,32%. Já Londres negoceia na linha d’ água (0,01%). Por cá, Lisboa acompanha a tendência e sobe 0,18%.
Entre os principais movimentos de mercado, o grupo de luxo Kering desliza 0,36%, depois do diretor criativo Alessandro Michele abandonar a Gucci. Já a retalhista Kingfisher cai 1,34% depois de ter cortado nas previsões dos resultados para este ano.
Durante a sessão, os investidores vão estar atentos à continuação da reunião dos 27 Estados membros da UE sobre a crise energética. Pode haver ainda um menor volume de negociação, já que é feriado de Ação de Graças nos EUA.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" nacional cai para mínimos de dois meses e meio
Os juros da dívida a dez anos aliviam de forma expressiva na Zona Euro, numa sessão marcada pelo intervalo entre a divulgação das atas da Fed - que sinalizam um possível abrandamento futuro do ritmo da subida da taxa de juro de referência nos Estados Unidos - e a publicação dos relatos da última reunião de política monetária do BCE.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – subtrai 8,6 pontos base para 1,837%, renovando mínimos de 4 de outubro.
Em Itália, os juros da dívida a dez anos caem também 7,6 pontos base para 3,718%.
Por sua vez, na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos desce para mínimos de 14 de setembro deste ano, ao aliviar 8,3 pontos base para 2,740%.
Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade descem 7,1 pontos base, mantendo-se ainda assim acima da "yield" nacional, mais concretamente em 2,811%.
Euro na linha d' água. Iene ganha com terceiro dia de perdas do dólar
O dólar cai pelo terceiro dia, desta vez devido aos sinais dados pelas atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) sobre um possível abrandamento do ritmo das taxas de juro. A queda da nota verde acabou por fortalecer outras moedas, como o euro ou o iene.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – recua 0,14% para 105,931 pontos. As atas "são a afirmação que os mercados esperavam, ou seja, que os aumentos das taxas de juro devem moderar em breve", considera Mingze Wu, operador de câmbio da StoneX, em declarações à Bloomberg.
"O abrandamento do ritmo [da subida dos juros diretores] seria negativo para o dólar", observa o especialista.
Já o euro negoceia na linha d’ água (-0,04%) para 1,0409 dólares, horas antes de serem divulgados os relatos da última reunião de política monetária do BCE e depois de os analistas do JPMorgan anteciparem que este par alcance uma média de 0,95 dólares no primeiro trimestre do próximo ano, abaixo da cotação atual.
Já o iene aproveita a fraqueza do dólar e ganha pelo terceiro dia contra a nota verde, estando a valorizar 0,28%.
Ouro sobe pelo terceiro dia, impulsionado pelas atas da Fed
O ouro valoriza pelo terceiro dia, depois das atas da Fed, divulgadas esta quarta-feira, darem sinais da possibilidade de um abrandamento do ritmo das subidas das taxas de juro diretoras.
O metal amarelo sobe 0,21% para para 1.753,41 dólares a onça. Por sua vez, a prata – que durante a sessão asiática acompanhou os ganhos do ouro, tendo estado a valorizar também pelo terceiro dia, - cai 0,11% para 21,49 dólares a onça.
O ouro tem sido pressionado desde o início do ciclo do aumento da taxa de juro de referência nos EUA, que tem dado força ao dólar, tornando as matérias-primas denominadas na nota verde menos atrativas para quem negoceia com outras moedas.
Desde o pico de março, o metal amarelo já registou uma queda de cerca de 15%.
Petróleo e gás deslizam de olhos postos na reunião da UE
O petróleo desliza, numa altura em que os investidores avaliam a onda de novos casos covid-19 na China – com potencial para reduzir a procura do maior importador do mundo – assim como os riscos de recessão nos EUA. O mercado continua também a acompanhar as discussões em Bruxelas sobre o limite a impor às compras de petróleo russo.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – cai 0,56% para 77,50 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, desliza 0,64% para 84,86 dólares por barril.
Esta quarta-feira, os ministros da Energia dos 27 Estados-membros da UE estiveram reunidos em Bruxelas para discutir a fixação de um preço máximo a impor ao petróleo russo. O valor apresentado, entre os 65 e os 70 dólares por barril, gerou discórdia entre os países, com os representantes a reunirem-se novamente esta quinta-feira.
No mercado do gás, o TTF – negociado em Amesterdão e que serve de referência para a Europa – cai 1,3% para 128 euros por megawatt-hora.
Europa à procura de tendência. Ásia fecha maioritariamente a verde
A negociação de futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanece quase inalterada nas primeiras horas desta quinta-feira, o alemão DAX sobe 0,1% e o FTSE britânico cai 0,1%.
A sessão promete ser marcada pela reação à divulgação das atas da Reserva Federal norte-americana (Fed), num dia em que também vão ser divulgados os relatos do último encontro do BCE.
As atas da Fed revelam que a maioria dos responsáveis da autoridade monetária concorda que poderá justificar-se um abrandamento na dimensão das subidas das taxas de juro diretoras, uma vez que a inflação já dá sinais de recuo.
Os investidores antecipam agora que a próxima subida das taxas de juro seja de 50 pontos base. A concretizar-se, será um aumento mais leve do que os últimos quatro consecutivos, que foram de 75 pontos base.
Na Ásia, pela China, Xangai caiu 0,3% enquanto em Hong Kong o Hang Seng somou 0,6%. Pelo Japão, o Topix cresceu 1,2% e o Nikkei valorizou 0,95%. Pela Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1,02%.
Pequim anunciou esta quarta-feira que o Banco Popular da China vai recorrer às ferramentas monetárias "de maneira oportuna e adequada" de forma a manter a liquidez. Para tal as autoridades disponibilizaram-se a cortar na quantidade exigida de reservas que os bancos devem salvaguardar, em nome do financiamento da economia.