Notícia
Stoxx 600 pôe fim a maior série de ganhos desde 2021
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira
Dow Jones já sabe o que é ser "quarentão". Índice estreia-se acima dos 40 mil pontos
O industrial Dow Jones, um dos três principais índices em Wall Street e do qual fazem parte 30 grandes empresas norte-americanas, chegou esta quinta-feira a negociar acima dos 40 mil pontos - em território nunca antes alcançado.
Tocou precisamente nos 40.051,05 pontos, ao valorizar 0,36%, o culminar de um "bull market" que começou em outubro de 2022. A esta hora segue a somar 0,2% nos 39.985,85 pontos.
Este é um dos saltos de mil pontos mais rápido deste índice que demorou menos de três meses a passar dos 39 mil aos 40 mil pontos e cerca de três anos e meio para avançar dos 30 mil aos 40 mil pontos
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Europa no vermelho. Stoxx 600 pôe fim a maior série de ganhos desde 2021
Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em baixa esta quinta-feira, com o sentimento dos investidores a arrefecer depois de um "rally" em Wall Street que levou na quarta-feira os três principais índices - Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq Composite a máximos históricos.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recuou 0,21% para 523,62 pontos, depois de ter valorizado de forma consecutiva nas últimas nove sessões - a mais longa série de ganhos desde 2021 - e atingido máximos históricos.
A comandar as perdas estiveram os setores automóvel, industrial e o das "utilities" (água, luz, gás), que recuaram mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado esteve a Siemens, que desceu 1,13%, depois de as vendas alcançadas no primeiro trimestre terem ficado abaixo do esperado devido a menores níveis de procura pela China.
Em sentido positivo destacou-se a Roche, que ganhou 3,21%, após a empresa ter divulgado resultados positivos nos experimentos iniciais de um fármaco que está a ser desenvolvido para a obesidade e diabetes de tipo dois.
Também a Watches of Switzerland pulou 18,71%, depois de ter divulgado as contas do trimestre, com as receitas a ficarem acima do esperado.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perdeu 0,69%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,63%, o britânico FTSE 100 cedeu 0,08% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,56%.
Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,02% e o italiano FTSEMIB somou 0,12%.
Agravamento de juros nos EUA contagia Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta quinta-feira, o que significa que os investidores estiveram a apostar menos em obrigações. A região foi contagiada pelo sentimento que vem dos Estados, onde a inflação abaixo do esperado aumentou a expectativa de que a Reserva Federal (Fed) corte os juros diretores ainda este ano.
A perspetiva está a alimentar o apetite pelo risco nos Estados Unidos. Em reação, a "yield" das Treasuries a 10 anos aumentava 3,1 pontos base para 4,371%. Já a referência para o mercado europeu, as Bunds alemãs com a mesma maturidade, viram o juro aumentar 3,7 pontos base para 2,458%.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos avançaram 2,8 pontos base para 3,066%, enquanto a "yield" da dívida espanhola a 10 anos valorizou 2,5 pontos base para 3,214%.
A rendibilidade das obrigações italianas, com maturidade idêntica, subiu 2,4 pontos base para 3,753% e a da dívida francesa avançou 3,4 pontos base para 2,936%. Fora da Zona Euro, as "gilts" do Reino Unido agravaram 1,4 pontos base para 4,077%.
Inflação abaixo do esperado sustenta ganhos do petróleo
Com dados da inflação nos EUA mais baixos do que o previsto pelos analistas, o petróleo caminha em sentido contrário ao registado na última sessão e está a subir.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,56% para 79,07 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança 0,39% para 83,07 dólares por barril.
O número de norte-americanos que apresentaram novos pedidos de subsídio de desemprego caiu na semana passada, o que sinaliza um mercado de trabalho mais robusto. Este fator, aliado à inflação mais baixa, fez aumentar as apostas dos "traders" num corte das taxas de juro em setembro, tornando o "ouro negro" mais apelativo aos compradores estrangeiros.
A sustentar os ganhos está também o relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que revelou que os "stocks" de petróleo bruto nos EUA caíram 2,5 milhões de barris na última semana, para 457 milhões de barris, contra a previsão dos analistas de 543 mil barris, segundo dados da Reuters.
Ouro derrapa à medida que dólar sobe
Os preços do ouro estão a negociar em baixa, já que o dólar norte-americano segue a valorizar, após a queda acentuada registada na última sessão. O dólar index spot, que mede a força da nota verde face a dez divisas reais, sobe 0,16% para 104.5070 pontos.
O metal amarelo recua 0,47% para os 2.374,74 dólares por onça, horas depois de ter atingido máximas de quase um mês e ter acumulado ganhos de 1,2%.
A sustentar a queda do metal precioso estão ainda comentários "cautelosos" do presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, que diminuíram o entusiasmo dos investidores num possível corte de juros para breve, já que John Williams disse que "notícias positivas", ou seja, a queda ligeira da inflação, "não são suficientes para exigir" uma descida dos juros, de acordo com a Reuters.
Até novas mudanças, os investidores aguardam com atenção os discursos de Christopher Waller e Adriana Kugler, Membros do Conselho da Fed.
Noutros metais preciosos, a prata, a platina e o paládio seguem a mesma tendência de queda, em 0,65%, 1,48% e 2,05%, respetivamente.
Dólar retoma ganhos depois de ontem a inflação nos EUA ter pressionado a moeda
O dólar voltou a ganhar terreno esta quarta-feira, depois de ontem ter recuado com os números surpreendentemente baixos da inflação dos Estados Unidos a pressionarem a nota verde.
O dólar aumenta 0,24% para 0,9205 euros. Já em relação à libra sobe 0,2% para 0,7897. Contra o iene sobe 0,65% para 155,2855, depois de ontem ter chegado a perder 1%.
Se os preços retomarem a trajetória de abrandamento no segundo trimestre, a Reserva Federal poderá vir a cortar juros ainda este ano. O movimento pode deixar os investidores com mais apetite pelo risco e penalizar o dólar, que é visto como um ativo refúgio.
Wall Street sem tendência definida, após máximos históricos do S&P, Dow Jones e Nasdaq
Os principais índices em Wall Street abriram em ligeira alta esta quinta-feira, um dia depois dos três principais índices terem tocado máximos históricos, num dia em que foi conhecida a inflação de abril que ficou abaixo do esperado pelos analistas.
Os investidores estão hoje focados no número de pedidos de subsídio de desemprego que desceram na semana passada, abaixo das estimativas.
O índice de referência S&P 500 soma 0,07% para 5.312,02 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,07% para 16.754,64 pontos. Ambos alcançaram máximos de fecho na quarta-feira. Já o industrial Dow Jones desliza 0,03% para 39.897,12 pontos.
O abrandamento da inflação e os sinais de menor robustez do mercado laboral voltaram a fomentar expectativas de que a Reserva Federal possa proceder a dois cortes de juros este ano. Os "traders" apontam que a primeira descida possa acontecer em setembro, segundo a ferramenta CME FedWatch, citada pela Reuters.
Em destaque está a Walmart, que sobe 3,33% para 63,16 para dólares, após ter apresentado as contas do primeiro trimestre. A retalhista também reviu em alta as perspetivas em termos de vendas e lucros para o atual ano fiscal.
As ações da seguradora Chubb também valorizam 4,12% para 263,38 dólares, depois de a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, ter revelado que detém uma participação de 6,7 mil milhões na empresa - uma informação que ainda não tinha sido divulgada a pedido do conglomerado.
A GameStop, por sua vez, continua em trajetória de correção e afunda 16,92% para 32,89 dólares, depois de ter disparado 74% na segunda-feira e 60,1% na sessão de terça-feira, com especulação em volta do retorno de Keith Gill, considerado um dos responsável pelas "meme stocks" em 2021.
Ex-dividendos invertem ganhos do setor dos seguros e deixam Europa no vermelho
As bolsas europeias abriram a sessão desta quinta-feira em terreno negativo, numa altura em que vários pesos-pesados da indústria automóvel e da energia entraram em ex-dividendo, contrariando assim os ganhos no setor dos seguros.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, inverteu a tendência de valorização verificada à nove sessões consecutivas, desvalorizando 0,08% para 524,28 pontos. O setor automóvel é o mais prejudicado ao registar uma queda de 1,11%, seguido do da energia, que se encontra a cair 1,09%. Já do lado das valorizações, o crescimento é mais comedido, com o setor de "basic resources" a valorizar 0,42% e o do imobiliário 0,37%.
A Bayerische Motoren Werke e a Daimler Truck chegaram a recuar, ao longo da sessão, 5,6% e 3,1%, respetivamente. As duas empresas entraram, esta quinta-feira, em ex-dividendo, mas, entretanto, já conseguiram reverter as quedas, estando a primeira a valorizar 0,43% e a segunda 2,24%.
No setor da energia, a britânica BP está a cair 2,02% para 4,87 libras. A petrolífera também entrou, esta quinta-feira, em ex-dividendo.
Já as seguradoras Zurich Insurance e a Swiss Re viram as suas ações escalarem, depois de terem apresentado contas trimestrais acima do esperado pelos analistas. A primeira encontra-se a valorizar 1,74% para 461,20 francos suiços, enquanto a segunda cresce 3,95% para 107,80 francos suiços.
Os principais índices da Europa Ocidental estão todos a desvalorizar. O alemão Dax subtrai 0,17%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,41%, o italiano FTSEMIB perde 0,02%, o britânico FTSE 100 desce 0,37%, o espanhol IBEX 35 recua 0,19% e o holandês AEX retrai de 0,36%.
Juros continuam a aliviar após países europeus regressarem ao mercado obrigacionista
Os juros da Zona Euro registam o segundo dia consecutivo de alívios, depois de vários países europeus terem regressado ao mercado para contrair dívida e a inflação nos EUA ter registado uma contração.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos recuaram 0,3 pontos base para 3,035%, num dia em que o país emitiu 1.250 milhões de euros em duas linhas de dívida a curto prazo, com juros superiores a 3%.
Já a "yield" das Bunds alemãs - referência para o mercado europeu -, aliviou 0,3 pontos base para 2,418%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola, a 10 anos, desvalorizou 0,8 pontos base para 3,182%.
A "yield" das obrigações italianas, com maturidade idêntica, retraiu 0,8 pontos base para 3,721% e a da dívida francesa desceu 0,6 pontos base para 2,896%.
Dólar estabiliza depois de queda acentuada
O dólar começou a estabilizar depois de perder força na sessão de quarta-feira. Os novos dados da inflação, que demonstraram uma desaceleração da mesma no mês de abril, prejudicaram a moeda, com os investidores a esperarem um corte de juros já em setembro.
A "nota verde" avança 0,18% para 0,9199 euros, ao passo que o índice do dólar, que mede a força da moeda contra as suas seis principais concorrentes, aumentou 0,11% para 104,32, segundo a Reuters.
Em contraciclo, encontra-se o iene, que regista o segundo dia de valorização contra a divisa norte-americana. O dólar encontra-se a cair 0,15% para 154,65 ienes, depois da moeda japonesa ter registado uma queda de 9,5% durante 2024. Espera-se que, com a diminuição das taxas de juro nos EUA, a diferença entre o iene e o dólar reduza, uma vez que a divisa nipónica tem-se revelado extremamente sensível a este fator.
Ouro continua a valorizar com descida da inflação nos EUA
Os preços do ouro continuam a subir, depois de na sessão de quarta-feira terem registado uma valorizações acentuadas, numa altura em que os novos dados da inflação nos EUA alimentam as expetativas dos investidores de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana pode começar a cortar nos juros já em setembro.
O metal amarelo valoriza 0,16% para 2.389,90 dólares por onça, depois de ter registado máximo de três semanas na sessão anterior. Com o dólar a desvalorizar, a compra de ouro torna-se mais atrativa para mercados que compram noutras divisas.
"Com a inflação a diminuir, o ouro continua com o seu lugar ao sol e prepara-se para alcançar a meta dos 2.400 dólares por onça", avisa Tim Waterer, analista da KCM Trade. No entanto, os preços do ouro enfrentam ainda ameaças com uma potencial valorização do dólar e uma maior rentabilidade do Tesouro norte-americano, completa Waterer.
Petróleo valoriza com diminuição de "stocks" nos EUA
Os baixos "stocks" de crude nos EUA continuam a valorizar os preços do petróleo. A Energy Information Administration (EIA) revelou que as reservas norte-americanas diminuíram em 2,5 milhões de barris na semana passada, o número mais baixo em mais de um mês. A desvalorização do dólar, impulsionada pela diminuição da inflação nos EUA, também tornou a compra de crude mais apetecível para mercados que compram com outras divisas.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,58% para 79,09 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança 0,56% para 83,21 dólares por barril.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduziu a procura para 2024 em 140 mil barris por dia para 1,1 milhões de barris diários, justificando a decisão com menores níveis de procura nos países da OCDE. Os preços do crude continuam em níveis elevados, o que se deve, em larga parte, ao facto da OPEP+ ter decidido manter as restrições à produção de petróleo.
Ásia valoriza à boleia de Wall Street e Europa aponta para ganhos
O otimismo em Wall Street, impulsionado pelos novos dados da inflação dos EUA, contagiou as bolsas asiáticas, que fecharam a sessão desta quinta-feira a valorizar. Na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura pintada de verde.
O índice de preços no consumidor recuou para 0,3% no mês de abril, depois de se ter fixado em 0,4% nos meses anteriores, o que aumentou as expetativas dos analistas de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana poderia cortas as taxas de juro no país duas vezes durante o resto do ano - a começar já em setembro.
Pela China, Xangai valorizou 0,5% e Hong Kong subiu 1,6%, também impulsionados pela decisão de Pequim de apoiar a compra de casas a construtoras em dificuldade.
Já no Japão, o Topix contrariou o sentimento das suas congéneres asiáticas e desvalorizou 0,1%, depois da economia nipónica ter encolhido 2% no primeiro trimestre de 2024, contra a expetativa de um recuo de 1,5% antecipada por analistas.
No resto da Ásia, destacam-se ainda as subidas do Kospi da Coreia do Sul, que valorizou 0,9%, e do S&P/ASX 200 da Austrália, que cresceu 1,6%.