Notícia
Regresso dos "caçadores de pechinchas" anima Europa. Ouro avança com queda do dólar. Juros agravam-se
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Petróleo sem rumo em dia de feriado nos EUA e em que o dólar perde face ao euro
O petróleo percorre a sessão a oscilar entre ganhos e perdas, num dia em que é feriado nos EUA, por ocasião das comemorações do fim da escravatura no país e em que o dólar está em queda face ao euro, tornando as "commodities" denominadas em "green cash", como é o caso do ouro negro, mais baratas.
Esta é também uma altura em que os investidores avaliam se o endurecimento da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed) poderá ter impacto nas compras de ouro negro e em que o mercado digere a notícia de que a Líbia conseguiu recuperar a produção diária de barris de petróleo.
O West Texas Intermediate, referência para os EUA, valoriza 0,32% para 109,91 dólares por barril, depois de ter tombado mais de 5% na sexta-feira, devido ao temor de que as subidas agressivas das taxas de juros nos EUA possam diminuir o apetite pelo mercado de ouro negro. Na semana passada, o banco central liderado por Jerome Powell subiu a taxa de fundos federais em 75 pontos base, como não era visto desde 1994.
Por sua vez o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, sobe 0,42% para 113,59 dólares por barril.
Esta segunda-feira mercado recebeu a notícia, avançada pelo ministro da Energia da Líbia, Mohamed Aoun, de que o país recuperou a produção diária de petróleo para 800 mil barris, depois de recentemente ter caído para entre 100 mil a 200 mil barris por dia.
Regresso dos "caçadores de pechinchas" anima Europa
As bolsas europeias fecharam no verde esta segunda-feira após a pior semana desde março para o Stoxx 600, o "benchmark" europeu. Hoje, todos os setores do índice, com exceção da construção, tiveram um desempenho positivo.
Os ganhos de hoje foram impulsionados com o chamado "buy the dip", em que alguns investidores apostam em ações que consideram estar baratas.
O Stoxx 600 avançou 0,96%, para 407,14 pontos.
Os ganhos mais tímidos pertenceram ao parisiense CAC40, que subiu 0,64%, e ao italiano FTSEMIB, que ganhou 0,99%.
O londrino FTSE avançou 1,5%, enquanto o alemão DAX30 subiu 1,06% e o espanhol IBEX35 valorizou 1,72%.
Lisboa liderou os ganhos com um avanço de 2,01%.
Juros agravam de forma expressiva na Zona Euro
Os juros agravam de forma expressiva na Zona Euro, horas depois do discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, na Comissão de Política Económica e Monetária do Parlamento Europeu.
A yield das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agravaram 8,2 pontos base para 1,735%. Desde o dia 5 de maio que os juros das obrigações alemãs a dez anos negoceiam acima de 1%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos registaram o agravamento mais expressivo da Zona Euro, subindo 10,3 pontos base para 3,670%.
Na Península Ibérica, a yield da dívida nacional a dez anos somou 9,4 pontos base para 2,774%, mantendo-se no entanto longe da fasquia dos 3% alcançada na semana passada.
Desde o dia 29 de junho, que os juros das obrigações portuguesas negoceiam acima de 2%. O "spread" face ao "benchmark" está em 103,9 pontos base.
Por sua vez, a yield da dívida espanhola aumentou também 9,4 pontos base, mas para 2,829%.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou esta segunda-feira durante um discurso no Parlamento Europeu, a necessidade de subir as taxas de juro diretoras em julho e em setembro, conforme já tinha sido anunciado pela autoridade monetária na última reunião ordinária de política monetária.
Ouro cede ligeiramente com desvalorização do dólar
O preço do ouro recua ligeiramente esta segunda-feira pressionado pelo recuo do dólar.
Os contratos à vista (spot) do ouro cedem 0,07%, para os 1.838,17 dólares por onça. Já a prata vê o seu preço cair 0,45%, para 21,58 dólares por onça.
Em sentido contrário, a platina avança 0,21%, até aos 935,91 dólares por onça, e o paládio ganha 1,74%, cotando nos 1.850,25 dólares por onça.
Euro ganha terreno ao dólar com foco no BCE
A moeda única europeia avança perante a divisa norte-americana esta segunda-feira, num dia em que é feriado nos Estados Unidos.
Os investidores centraram-se na nova ferramenta anti-fragmentação - as diferenças no custo de dívida entre os vários países da Zona Euro - anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE).
O euro ganha 0,36%, para os 1,0537 dólares.
A moeda europeia valoriza também perante a libra, com uma subida de 0,23%, bem como face ao iene (0,42%).
Europa negoceia no verde, à exceção de Paris
As principais praças europeias estão a negociar em terreno positivo, mas com ganhos pouco expressivos, depois de terem registado as maiores perdas desde março na semana passada. O facto de ser feriado nos Estados Unidos pode fazer com que o volume de ações negociado seja menor.
O índice de referência para o Velho Continente, Stoxx 600, valoriza 0,42% para 404,94 pontos. A sustentar estão setores como a banca, retalho e petróleo e gás que ganham mais de 1%. A negociar em terreno negativo, estão apenas quatro setores, indústria, recursos básicos, serviços financeiros e o setor alimentar.
Esta semana os investidores vão estar atentos aos discursos de membros tanto do Banco Central Europeu, como da Reserva Federal norte-americana, à procura de mais pistas sobre as medidas que poderão ser tomadas pelas autoridades monetárias.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 subiu 0,73%, seguido do espanhol IBEX 35 a somar 0,68% e do alemão Dax que pula 0,41%. A registar ganhos está ainda o índice de Amesterdão AEX, que regista um acréscimo de 0,21%.
O único que perde é o francês CAC 40, a desvalorizar 0,06%, isto depois do atual presidente Emmanuel Macron, ter perdido este domingo a maioria absoluta no parlamento, o que poderá dificultar a governação no país.
Confiança na nova ferramenta do BCE mantém juros a aliviar
Os juros estão a aliviar na Zona Euro, numa altura em que o anúncio da nova ferramenta do Banco Central Europeu (BCE) para combater a fragmentação entre os países parece estar a acalmar os ânimos.
O mecanismo vai ser acionado se a diferença ("spread") entre as taxas de juro das dívidas soberanas dos países do bloco, em comparação com o "benchmark" alemão, excederem determinados limites.
A yield sobre a dívida germânica a dez anos é a que mais alivia, 3,8 pontos base para 1,614%. Por sua vez, os juros sobre as obrigações italianas a dez anos subtraem 3,7 pontos base para 3,530%.
Na Península Ibérica, a yield da dívida espanhola a dez anos reduz 2,4 pontos base, para 2,711%. Já a yield da dívida portuguesa a dez anos perde 1,5 pontos base para 2,666%.
Ainda assim, vários analistas, incluindo do Goldman Sachs, não esperam nenhuma atualização do novo programa do BCE até julho.
Em dia de feriado nos Estados Unidos, dólar perde e ouro regista ganhos
O ouro está a negociar com ganhos, depois de na semana passada ter registado uma queda superior a 5%, à medida que várias autoridades monetárias aumentam os custos de empréstimo para reduzir a inflação.
Ainda assim, a volatilidade de outros mercados continua a sustentar o ativo seguro por excelência. O metal amarelo ganha 0,03% para 1,839.97 dólares por onça, já o paládio valoriza 1,72% e a platina cresce 0,72%.
"É feriado nos Estados Unidos hoje, o que significa que a liquidez - e também a volatilidade - devem ser mais baixas, fazendo com que movimentos no ouro sejam difíceis sem um novo catalisador", indica Matt Simpson, analista da City Index, à CNBC.
O dólar vai ajudando, uma vez que desvaloriza 0,22% em relação ao euro, que apesar da perda da maioria absoluta por parte de Macron, continua a registar ganhos.
Já em relação ao iene japonês, tanto o dólar (0,47%), como o euro (0,23%) estão a registar perdas. Isto numa altura em que o banco central japonês tem mantido as taxas de juro de curto prazo nos -0,1% e o alvo da yield da obrigação soberana a 10 anos perto de zero.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força do "green cash" em comparação com 10 divisas rivais – perde 0,24% para 104,4440 pontos, numa altura em que a mensagem da Fed sobre uma política monetária agressiva "não podia ser mais clara", adianta Rodrigo Catril, analista do Banco Central Australiano, à CNBC.
Petróleo negoceia em alta, com manutenção da procura
Depois de ter registado perdas de mais de 7% na sexta-feira, o petróleo está a negociar em alta neste início de semana.
O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,27% para 109,86 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – valoriza 0,50% para 113,69 dólares por barril.
Durante o fim de semana, a secretária norte-americana para a energia, Jennifer Granholm, avisou os condutores de que vai existir "uma continuada subida da procura" nos Estados Unidos e que é por isso esperado que os preços se mantenham.
Apesar das preocupações com a economia estarem a impactar os mercados desde a subida das taxas de juro por parte da Fed, as preocupações com a oferta vão continuar enquanto a guerra na Ucrânia continuar, adianta à Bloomberg, Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights.
Europa aponta para arranque da negociação com perdas
Depois de as principais praças da Ásia terem encerrado a primeira sessão de negociação da semana no vermelho, é esperado que as bolsas da Europa ocidental sigam o mesmo caminho e arranquem a manhã a desvalorizar.
Isto numa altura em que os investidores vão medindo o peso da incerteza económica. Depois da Reserva Federal norte-americana ter indicado um aumento as taxas de juro em 75 pontos base para julho, as atenções viram-se esta semana para o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, que vai ao senado na quarta-feira e ao congresso na quinta-feira.
Pela Europa, esta segunda-feira vai ser também marcada por um foco na política, isto depois do atual presidente francês, Emmanuel Macron, ter perdido este domingo a maioria absoluta no parlamento e terá agora de negociar com outros partidos para conseguir governar.
O Euro Stoxx 50 caía no "pre-market" 0,4%.
Na Ásia, as praças registaram perdas pelo oitavo dia consecutivo, na maior sequência de quedas desde fevereiro de 2020. No Japão, o Nikkei cedeu 1,3% enquanto o Topix recuou 1,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 2%. Já pela China, Xangai subiu 0,12% enquanto o Hang Seng somou 0,02%.